[ | Noah Urrea tinha uma vida até então perfeita, mas após a morte da mãe tudo começa a dar errado em sua vida. Noah vê seu mundo virar de cabeça para baixo da noite para o dia, e agora ele se vê sozinho.
Com contas se acumulando ele procura desesp...
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Minutos depois de tentar me concentrar no trabalho e falhar miseravelmente, desço as escadas, totalmente focado em meu celular, resolvendo os mesmos problemas na empresa. Ao chegar na cozinha, vejo que Noah já está tomando o seu café. Me aproximo, sentando ao seu lado na cabeceira da mesa, quando o mesmo percebe minha presença, ajeita a postura e fica vermelho como um pimentão. Esse garoto sabe como se fingir de garoto inocente como ninguém, mas não me engana, não mais.
Enquanto Nany serve meu café, fico o encarando seriamente, sem desviar o olhar uma vez sequer, Noah não retribui o olhar, longe disso, o moreno olha para todos os lados, menos para mim. Confesso que tô começando a gostar desse jogo, moleque.
- Onde está Luna? - pergunto sério
- E-está brincando no quarto. - diz gaguejando tentando levar um pedaço de pudim até a boca mas falhando logo em seguida que faço a pergunta.
- Você poderia olhar para mim quando eu lhe faço uma pergunta, por obséquio?! - tomo um gole do meu café enquanto mantinha um sorriso dentro de minha boca.
- S-sim senhor. Me desculpe. - Pede e em seguida abaixa a cabeça mas logo levanta.
- E pare de gaguejar, eu odeio isso. - nossos olhos se encontram rapidamente, vejo o moreno morder os lábios, se contendo e apenas assente, voltando sua atenção para o prato.
Ótimo. Se melhorar, estraga.
- Sabia que você quase me convenceu hoje mais cedo? - volto a falar depois de algum tempo, Noah volta a me encarar confuso, se eu não conhecesse seu tipinho, até cairia em seus joguinhos de bom moço.
- Convenci do quê?
- Ah, você sabe. Daquela farsa toda. O shampoo nos olhos, a toalha caindo acidentalmente. - digo sorrindo cínico, lembrando do episódio.
- Espera. O senhor está achando que eu fiz aquilo por querer? - me pergunta mudando de expressão, parecia chocado.
- Não precisa fingir mais para mim, Urrea. Eu já saquei tudo. Sei muito bem reconhecer pessoas como você de longe.
O mais novo arregala os olhos e se levanta tão rápido, que a cadeira onde ele estava sentado, tomba para trás. Encaro o mesmo confuso, vendo ele caminhando em minha direção. Não conseguia distinguir a expressão em seu rosto, não sabia se estava feliz, triste ou com raiva com meu comentário mas isso logo muda quando o vejo parar em minha frente e simplesmente me dar um soco na cara.
Me levanto rápido, completamente chocado e com os olhos arregalados pelo feito dele, logo um misto de raiva se forma dentro de mim, nunca ninguém havia ousado tanto na minha frente antes, como esse garoto.
- Mas que porra é ess... - sou interrompido por ele que levanta o dedo em frente a minha boca, me impedindo de falar.
- Eu lhe avisei que na próxima vez que você me ofendesse, eu iria quebrar a sua cara. - diz sorrindo em deboche mas logo sua cara se fecha em uma expressão raivosa e me dá as costas.
