𝕮𝖍𝖆𝖕𝖙𝖊𝖗 𝖔𝖓𝖊

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"Casa, um lugar onde posso ir, para tirar o peso dos meus ombros. Alguém me leve para casa..."
Home / Machine Gun Kelly - (feat. Bebe Rexha & X Ambassador)

𝐌𝐞𝐠𝐡𝐚𝐧 𝐖𝐨𝐨𝐝𝐰𝐚𝐫𝐝

Naquela manhã fria de Chicago, meu celular tocou mais uma vez. Em meio aos inúmeros caos da cidade, carros passando enfileirados e sons de buzinas ensurdecedoras, homens correndo para chegar a tempo em seus trabalhos... Mulheres esbeltas provando roupas nas lojas e rindo uma com as outras... Ônibus parando para pegar os passageiros e crianças rindo pelas calçadas, umas correndo loucamente em direção às lojas de brinquedos Sabemos que isso é um meio de atrair clientes e principalmente as crianças. As crianças ficam desejando a ponto de pedir que os pais comprem aquilo que elas tanto querem. Já passei por isso. Aliás, acredito que todos.

Porém, diante de tudo isso há uma quebra de expectativa: As mães sempre aparecem com as suas desculpas antigas: "Na volta a gente compra." Os pequenos até tentam mais uma vez: "Todo mundo tem." E mais uma outra desculpa das mães que os ferem: "Você não é todo mundo."E a partir dali surge o choro. Por que as mães têm que fazer isso? Acho que vou entender quando eu realmente for uma...

Rapidamente eu paro de observar tudo e coloco minha mão na bolsa para retirar meu celular que ainda toca. Observo o número que ao reconhecer atendo de forma instantânea.

- Meghan Woodward. - Digo. De repente surge uma voz masculina do outro lado da linha, grave o suficiente para me deixar atenta.

- Olá Sta. Woodward, quem fala é Scott, assistente pessoal do Sr. Liam Laurent. É da empresa em que a senhorita entregou seu currículo recentemente. Vejamos que você tem grande capacitação para o cargo. Ainda está interessada no emprego proposto?

- É... Claro que sim. - Respondo.

- Ótimo. O Sr. Laurent a aguarda para entrevista. Pode ser às 15 hrs? Ele estará em reunião durante todo o período da manhã.

Retiro o celular da orelha para verificar a hora e ver se há tempo de arrumar tudo para estar do outro lado da cidade. Lugar longe do cacete. Vejo que são 10:56 am. Apresso-me para respondê-lo.

- Estarei aí às 15. É necessário levar algo? Documento? - Pergunto para estar ciente logo e organizar as coisas ao chegar em casa.

Certamente meu apartamento estará virado do avesso com Lolita. Ela tem estado ao meu lado desde que concluí o ensino médio, o que já faz seis longos anos desde a minha graduação. Sempre se mostrou uma companheira leal, mesmo sendo apenas um animal.

Como dizem por aí, "um animal é o melhor amigo do homem". Sou abruptamente tirada dos meus pensamentos ao escutar a voz do tal Scott.

- Não será necessário. Tudo já está com o Sr. Laurent. - Afirma.

- Ok - digo sem mais delongas. E logo em seguida ouço ele desligar o telefone. Retiro o celular da orelha e ponho novamente em minha bolsa.

Começo a vasculhar meu guarda-roupa mentalmente e logo um pensamento me domina: não tenho roupa para essa entrevista.
Obviamente, tenho que causar boa impressão e não ir com as roupas que se fazem presentes em meu guarda-roupa. Literalmente, panos de chão.

Estendo a mão para chamar o primeiro táxi que aparece em meu campo de visão. Lolita pode esperar mais um pouco em casa. Penso. Abro a porta do táxi e vejo que do outro lado um homem entra comigo:

- Para o Centro, por favor - diz ele com o celular no ouvido e uma voz de autoridade. Alguém está na linha, pois consigo ouvir os berros de uma mulher completamente descontrolada.
Talvez seja a namorada dele, ou ex-. Supostamente, ela deveria ter sido deixada para trás, em outras palavras, um pé na bunda. Acho curioso.

Destined For Me Where stories live. Discover now