Capítulo 4

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• Diana 🐚

Se passou uns dias e eu continuo de castigo, o único lugar que eu tô indo é pra escola, um saco isso.

Eu já estava de boa com meu pai, mas fui pedir pra ir comprar umas coisas no shopping e ele negou, voltei a ficar com raiva de novo.

Só ia comprar algumas coisas e viria embora, nem iria passear e nem nada, mas mesmo assim ele negou.

Desde aquele dia eu tô evitando meu pai, só falo o básico com ele, eu não queria tá com raiva dele, mas juro que não consigo.

Tô obedecendo ele direitinho, não tô mentindo, parei de falar com a Érica, não sei o que mais ele quer.

Hoje é sábado, e se tem uma coisa que eu odeio, é ficar em casa no dia de sábado, é deprimente.

A única coisa que fiz de útil até agora foi uma hidratação e dei uma geral no meu quarto.

Tava deitada na minha cama, embrulhada dos pés a cabeça, tava um frio da porra no meu quarto.

Ouvir batidas na porta, mas nem respondi, continuaram batendo, pensei até que fosse meu pai.

Mas ouvir a voz do tal RL, nem sei o que esse ridículo faz aqui.

Coloquei o celular de baixo do travesseiro, me virei de bruços fingindo que tô dormindo.

A porta foi aberta e ele continuou me chamando, que merda, esqueci de trancar a porta.

RL: Bora, levanta aí, não acredito que você tá dormindo. — segurou no meu pé e me sacudiu.

Deu vontade de rir quando ele segurou, basta um toque meu pé e eu automaticamente começo a rir.

RL: Bora, pirralha, não tenho o dia todo não.

Pirralha? quem ele pensa que é pra falar assim comigo? Ah mas ele vai me ouvir.

Diana: Pirralha? vai a merda seu idiota, quem te deixou entrar no meu quarto? Aliás, na minha casa, você não é bem vindo aqui.

Levantei furiosa da cama, ficando frente à frente com ele.

RL: Tô nem ai, só tô cumprindo ordens. Teu pai mandou tu se arrumar aí, vou te levar até ele.

Diana: Não vou pra lugar nenhum, aonde ele tá? eu quero falar com ele.

RL: Só faz o que eu te disse, beleza? depois tu se resolve com ele.

Diana: Não vou me arrumar, diz pra ele que não vou pra lugar nenhum. Agora sai do meu quarto. — Segurei no braço dele e fui puxando ele pra fora do quarto.

RL: Ou tu se arruma, ou vai ficar mais um mês sem sair de casa, tu escolhe.

Que golpe baixo, meu pai tá passando dos limites.

Diana: Eu não ligo, posso passar até um ano, eu não vou sair daqui!

RL respirou fundo, colocou a mão no meu pulso segurando firme, impedindo que eu continuasse puxando ele.

RL: Ou se arruma, ou te levo do jeito que está.

Olhei minha blusa que cobria meu short e fiz cara feia, não estava desarrumada, mas não gosto de sair assim.

Diana: Tá bom, vou me arrumar, agora sai daqui, xô. — fiz um gesto com a mão e ele revirou os olhos.

Antes que eu fechasse a porta, ele ficou entre ela, bufei já ficando irritada, queria amassar ele nessa porta.

RL: Não tenta me passar a perna, faz o que eu te pedir, vai por mim, você não vai querer que seu pai venha aqui resolver isso.

Diana: Tá bom, já entendi, agora você pode sair? — ele me encarou sério e eu fiz cara de tédio. — Por favor.

RL: Te dou 30 minutos, nem um minuto a mais. — assenti e fechei a porta.

Pensei em não fazer o que ele pediu, mas se eu não fizesse, só iria piorar toda a situação com meu pai.
E a verdade é que eu já tô cansada, só quero voltar a minha rotina de antes e ficar de boa com ele.

Como eu já tinha tomado banho, só fiz passar um hidratante no corpo e fui escolher minha roupa.

Vestir uma saia jeans preta e um top faixa lilás, no pé eu coloquei uma rasteirinha com brilho, coloquei uns acessórios e finalizei botando minha bolsa e passando perfume.

Abrir a porta do quarto e quase fiz o Rael cair em cima de mim.

Diana: Caramba, não tinha outro lugar pra se encostar não? Quase você me derruba.

Falei séria e ele sorriu falando um "foi mal".

Fomos até o carro que já estava na frente de casa, abrir a porta do passageiro e entrei, ele entrou logo em seguida.

O caminho foi um silêncio só, queria botar música, mas do jeito que ele é, é capaz de ficar enchendo o saco com o meu gosto musical.

Queria perguntar a onde a gente ia, mas meu orgulho é maior, então decidi ficar na minha e nem olhar pra ele.

Fiquei mexendo no meu celular o tempo todo, só parei de mexer quando ele parou o carro, levantei a cabeça e reparei que estamos no morro do Alemão.

Se estamos aqui, então quer dizer que eu vou pra casa da minha madrinha. Foi dito e certo, ele continuou dirigindo e paramos em frente a casa dela, eu sorrir toda animada.

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⏰ Last updated: Dec 29, 2023 ⏰

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Nosso LanceWhere stories live. Discover now