Capítulo 1

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Diana 🐚

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Olhei pra Ashlley através do espelho e ela me olhava com uma expressão nada boa, isso já tava me irritando.

Diana: O que foi agora, Ashlley? — me virei encarando ela.

Ashlley: Nada, só tô te olhando, não posso mais? — neguei. — Estressadinha hein.

Diana: Você me olha como se tivesse julgando todos os meus pecados, não gosto.

Ashlley: Foi mal, parei. — pegou o livro e colocou na frente do rosto dela.

Revirei os olhos e voltei pra posição de antes, terminei de passar o gloss e por fim coloquei um saltinho preto.

Pedir pro meu pai pra vim dormir aqui na Ashlley, pedir pra poder sair, já que sou proibida de sair pra vários lugares.

Nunca fui mentirosa, comecei a mentir tem uns 2 meses, quando eu comecei a me interessar pra sair e sempre recebia um "não"  como resposta.
Não gosto de mentir pra ele, mas ele também não me ajuda, só deixa eu sair se o local ficar na favela, as vezes nem deixa.

Acabei de completar 17 anos, sou uma adolescente querendo descobrir coisas novas e quero aproveitar, não quero passar todo o meu tempo estudando ou trancafiada em casa.

Ashlley: Espero que isso não sobre pra mim, você sabe como meu pai é. Você também sabe como a Érica é, ela é encrenca em pessoa, só atrai confusão.

Diana: Relaxa, se me descobrirem, eu vou assumir toda a culpa, vou dizer que você não sabia. — levantei e sentei ao lado dela. — As 3h eu tô em casa, tá bom?

Ashlley: Tenta chegar mais cedo, amanhã temos prova, não quero que você tenha problemas.

Diana: Tá bom, bom descanso, te amo, bebê. — dei um beijo rápido na bochecha dela.

Ashlley: Te amo, toma muito cuidado por favor.

Concordei e mandei beijos pra ela, o quarto dela é o primeiro, o dos pais é o último, então é de boa pra sair, é só não fazer barulho.

Sair e o carro do Fábio já me esperava bem em frente ao portão, olhei pra todos os lados e entrei rápido no carro.

Fábio é um dos vapores do meu pai, nos aproximamos quando ele virou segurança lá de casa e depois virou meu segurança. Já ficamos algumas vezes, mas nada sério.

Binho: Tá linda. — me olhou pelo retrovisor e eu sorrir. — Tá indo pra onde?

Diana: Obrigada, em um barzinho, vou encontrar com alguns amigos. — ele balançou a cabeça em negação. — O que foi?

Binho: Não tem medo do teu pai descobrir? porra, se o teu pai pega a gente, eu não sei nem o que ele é capaz de fazer. — passou a mão na cabeça, nervoso. — Na verdade eu sei, ele vai me matar.

Diana: Ele não vai fazer isso, eu não vou deixar.

Binho: Você só vai saber quando eu tiver a sete palmos da terra, ou ver eu jogado em uma vala qualquer. — olhei horrorizada pra ele. — Eu tô falando sério, tu ainda não deve ter visto teu pai com raiva.

Diana: Não fala besteira, já disse que ele não vai fazer nada. E outra, essa é a última vez que você vai me ajudar, não quero meter ninguém em confusão.

Binho: Beleza, mas eu te ajudo porque eu quero, faço isso pela nossa amizade. — concordei e ele ficou calado.

Passamos pra buscar a Érica, ela entrou no carro toda animada, chegou a dar em cima do Fábio, mas ele nem ligou pra ela.

Quando chegamos na barreira ele teve que parar o carro, eu fiquei escondida, rezando pra ninguém me ver ali.
Agradeci depois que passamos dali, voltei pro meu lugar e fomos o caminho conversando.

Paramos em frente ao bar, por ser uma terça, não tinha muita gente, a Érica foi a primeira a sair do carro.

Binho: Manda mensagem quando quiser ir pra casa, venho te buscar na hora, não vou subir agora pra favela.

Diana: Obrigada, Fábio. — sorrir.

Ele piscou pra mim e eu sair do carro, ele esperou eu entrar no bar e deu partida. Entrei no local e fui até a mesa que a Érica está com dois amigos.

Era a primeira vez que eu estava saindo com eles, não conhecia nenhum dos dois homens, eles me pareciam tá chegando na casa dos 40 anos.
Não curtir, não gostava de sair com homem muito velho, ainda mais em local público,  morria de vergonha.

Só tinha aceitado porquê a Érica me disse que eles eram mais novos, só por isso.

Bebi apenas uma caipirinha e pedir uma porção, eu não bebia quase nada, e como daqui algumas horas eu tenho aula, não posso abusar.

A Érica tinha sumido com o outro homem, me deixou sozinha com o "desconhecido", ele não era chato, na verdade ele é muito gentil e inteligente.
Me contou um pouco sobre a vida dele, com o que ele trabalha. Já eu contei uma única verdade sobre mim, que foi o meu nome, o resto eu mentir.

O tal do Leandro tava super interessado em mim, mas eu tava zero interessada nele. Nem assunto em comum nós temos, o que uma garota de 17 anos vai conversar com um homem de 38? nada, não tem nada pra conversar.

2:34 da manhã e nada da Érica, já tava preocupada, olhei o celular e me assustei quando ela mandou um áudio.

"Érica: Amiga, pode ir pra casa, eu vou de carona, não se preocupe comigo, aproveite sua noite, beijo."

Respondi com um "ok" e mandei mensagem pro Fábio, ele respondeu que em cinco minutos chegava, sinal de que ele estava por perto.

Diana: Foi muito bom conhecer você, mas já tá na minha hora. — levantei e ele levantou junto.

Leandro: Tá cedo ainda, não quer uma carona? Eu posso te levar, ou posso pedir um uber pra você.

Diana: Muito obrigada, mas meu irmão já vem me buscar, ele já tá chegando. Mas obrigada pela noite, foi divertida. — sorrir.

Leandro: Não vou ganhar nem o seu número? — sorrir sem graça, não queria passar. — Tudo bem, espero encontrar com com você em breve.

Diana: Isso aí é com Deus, se ele quiser nós vamos nos encontrar. — ele sorriu e nos despedimos com um selinho rápido.

Sair do estabelecimento e o carro do Fábio já estava lá na frente, entrei e ele deu partida indo pra favela.

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Diana Araújo, 17 anos.

Nosso LanceWhere stories live. Discover now