– Que dedo duro! – Acompanhada de um riso leve, DeLuca virou o rosto alguns centímetros para conseguir beijar a testa da loira. – Mas, agora falando sério... – A italiana sussurrou contra a pele de Bishop. – Eu realmente senti sua falta.

– Foi bem de viagem? – o rosto avermelhado da mais nova não ajudava muito a esconder os sentimentos, mas ignorou a sensação das bochechas queimadas.

– Sim. O voo atrasou, mas cheguei bem. E você? Como ficou essas semanas sem mim?

– Foi um saco!

Afastando-se para se debruçar ao lado da namorada, Maya começou a contar sobre os dias que passou sem sua companhia. Narrou principalmente as manhãs que acordou mais cedo do que o necessário para ver o nascer do Sol, quando tirava o tempo para pensar e acabava sentindo uma falta maior ainda dela.

Concentrada nas palavras, DeLuca olhava em seus olhos ao ouvir tudo que Bishop tinha a dizer. Adorava ser sua principal ouvinte. E também adorava poder acariciar seu rosto e cabelo enquanto fazia isso.

– Mas e você? O que fez na Itália? – Maya sorria sentindo os dedos delicadamente contra sua pele, também mantendo o contato visual.

– Ah, nada de uau. Meus pais tiraram férias pra ficar comigo nos primeiros dias, mas logo voltaram a trabalhar. Acabei ficando entediada a maior parte do tempo... Seria melhor não ter ido.

Maya continuava apoiada sobre os cotovelos enquanto a ouvia falar. Realmente prestava atenção, porém não podia negar que parte dela estava bem longe. Ou talvez nem tanto.

– O que foi? – A italiana riu fraco ao notar que não foi respondida nos segundos seguintes.

– Você é tão linda.

O rosto de Carina avermelhou em questão de instantes. Puxando o outro travesseiro da cama para se esconder, escutou a risada de Maya abafada, mas ainda sim podia ouví-la. Deixando que ela se cobrisse por um certo tempo, Bishop levantou o objeto lentamente até que roubasse sua atenção.

– Eu falei sério – sussurrou franzindo o nariz.

Antes que pudesse ser retrucada, afundou o rosto sob o travesseiro extra junto de Carina, finalmente conseguindo beijá-la. Entre selinhos, DeLuca aproximava o corpo ao de Maya enquanto a loira desviava os beijos por suas bochechas até que se cansasse, voltando a deitar-se ao lado da mais velha.

– Você estava há quanto tempo aqui antes de vir me acordar? – questionou com medo da quantidade de horas que Bishop pudesse ter passado conversando com o DeLuca mais velho.

– Duas horas – a resposta surgiu em um volume quase nulo.

– Maya! – Sentindo os ouvidos serem tomados pela gargalhada da outra, Carina sequer conseguiu fingir estar brava.

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Outras duas horas se passaram até que Maya e Carina descessem até a sala de estar, onde Marte assistia a uma partida de basquete da seleção italiana. Quase passando despercebidas, o mais velho apenas as notou quando DeLuca tentou bagunçar o pouco cabelo do homem.

Surf's UpWhere stories live. Discover now