segundo capítulo

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quando bater as metas,
lanço o próximo capítulo :)

Muitas pessoas chegaram, mais do que eu imaginava, a resenha íntima que o Apollo me deu a entender que seria tinha virado uma festa, tocava Matuê, meu irmão e a namorada dele, Triz, estavam dançando e eu estava sentada com o Guri e o Brennuz próximo ao local em que tinham bebidas alcoólicas. Eu bebia uma caipirinha enquanto Brennuz tomava cerveja e o Guri tomava uma coca-cola.

— Você tem rimado por lá? – Brennuz perguntou, eu neguei com a cabeça.

— Virei mais paty do que eu já era – respondi e ele riu.

— O movimento cresceu bastante por aqui, tem chegado muita gente nova no movimento e pá.

— Sério? Eu só vi que o Tavin voltou a rimar, ouvi falar de um tal Xamuel e vi que você melhorou bastante, mas é meio difícil pra mim acompanhar essa vida de vocês de tão longe.

— Você sumia bastante no começo – Guri fala e eu franzo o cenho – nós achávamos estranho e sentíamos a sua falta, você se desligou da gente muito rápido, até do Apollo.

— É que, sei lá, é doloroso ver vocês curtindo a vida sem mim.

— Mas agora isso não é mais um problema – Brennuz fala tentando cortar o clima triste que estava se estabelecendo – agora você tá aqui, com a gente.

— Temakinha – escutei uma voz mais que familiar, olhei para trás lentamente e vi o Bask. Não sei ao certo o porquê, mas eu larguei meu copo na bancada e abracei ele com força, escutei o homem soltar um riso nasalado e ele beijou o topo da minha cabeça – eu jurava que você ia voltar fria da Europa.

— Te choquei? – perguntei rindo e ele concordou com a cabeça.

— Definitivamente não estava esperando por isso, não achei que você ia sentir tanto a minha falta, você me odiava.

— Lógico que não, Jorginho, você é melhor amigo do meu irmão, te odiar seria te dar muita relevância na minha vida.

— Boa jogada, Japa.

— Você sabe que esses apelidos são meio racistas, né?

— Você quer mesmo me chamar de racista, Clarice? – perguntou rindo e eu acabei rindo também – os colonizadores mexeram com a sua cabeça, né?

— Você sabe, se não consegue ir contra eles, junte-se a eles.

— Vocês conversaram mais nesses cinco minutos do que a vida toda – Guri diz rindo.

Ele falou algo que fez sentido, não lembro de ter tido diálogos longos com o Bask quando eu morava aqui, ele sempre manteve uma distância de mim e vice-versa, no começo era porque eu tinha uma queda por ele quando eu tinha uns quinze anos, imagino que ele soubesse, mas, de qualquer forma, depois ela passou e eu me aproximei do Otávio, a Sofia começou a gostar dele e, por fim, acho que a diferença de idade também colaborou para esse distanciamento.

Mas, no meu último dia aqui, nós conversamos, não foi tanto, mas acho que foi o suficiente para estabelecer entre nós dois que agora éramos colegas. Acho que era algo que eu comecei a evitar reparar, mas agora era inegável, Bask estava mais bonito que antes, mesmo que eu achasse aquela barbicha dele horrível.

— A Temakinha agora tem idade para interagir comigo.

— Fala isso como se você não vivesse de fofoquinha com o Nicolas.

— Quem é Nicolas?

— Um pirralho novo, ele é tipo uma mistura entre Thiago e Tavin só que ele tem tipo doze anos então ele é foda – Guri responde – você vai achar ele gente boa.

Escutei "Maldita Ex" do Mc Leozin começou a tocar, olhei para o lado e vi a Sofia ao lado de Maria vindo na minha direção, minha primeira reação foi ir até elas para que nós pudéssemos dançar juntas.

— Você fez muita falta – Maria disse sorrindo para mim e senti meu coração derreter.

— Vocês não fazem ideia de como é bom estar de volta! – respondi com um sorriso de orelha a orelha.

A Inglaterra foi difícil no começo, mas eu diria que, a partir do momento em que eu me adaptei, eu acabei ficando bem. Meus colegas eram bem festeiros, mas as resenhas eram similares às resenhas que eu já tinha aqui, ir para casa de alguém, música alta, bebidas, cigarro e algumas drogas aqui e ali, nada fora do comum.

Mas eu senti falta dos meus amigos, aqueles com quem cresci juntos, que eu não tinha vergonha de passar vergonha na frente ou ser nojenta, era bom estar próximo a Maria e a Sofia de novo.

Depois de dançarmos umas cinco músicas, fui ao bar novamente, lá estava meu ex e o Bmo conversando. Eu nem tinha visto o Bernardo chegando. Eles estavam bebendo Skol Beats, o Bernardo usava uma blusa do flamengo e uma bermuda preta com a logo do flamengo, fui até ele para comprimentar e ganhei o beijo no canto da boca, depois olhei para o Otávio, ele estava com fogo nos olhos, ele sempre foi ciumento, só não sabia que ele ainda tinha ciúmes.

— E aí? – Bernardo falou e deu um gole na sua bebida – como você está?

— To bem, passei um tempo sumida, mas to aqui de volta.

— Para sempre? – perguntou e eu neguei com a cabeça.

— Mas vou ficar aqui por bastante tempo.

— Que bom, você fez falta. Todo mundo esperava que o Tavin fosse ficar meio perdido sem você, mas, definitivamente, quem ficou pior foi o Bask.

Franzi o cenho, o Bask?

— Sério? – perguntei e, não somente ele, mas o Otávio concordaram, como se fosse uma coisa que todo mundo notou.

— É, ele ficou muito baqueado, coitado – Tavin murmurou e deu um gole na própria bebida.

— Ele nunca nem me mandou mensagem para saber como eu estava, nunca imaginei que ele tivesse sentido tanto a minha falta.

— É o Bask, ele não sabe demonstrar muito bem as coisas.

— Eu quero beber – falei.

A primeira coisa que o Bernardo fez quando eu acabei a frase foi abrir a geladeira, eu peguei uma skol beats de lata em uma embalagem azul, eu abri e dei um gole longo, sentindo a minha língua formigar com aquele líquido gelado entrando em contato com ela. Preferia tomar um vinho branco, mas, definitivamente não tinha essa opção aqui.

Eu acabei ficando mais um tempo ali, com os meninos, o Bernardo me atualizou um pouco sobre o que aconteceu em que eu estive fora e também sobre as pessoas que decidiram voltar a batalhar, inclusiva se citando entre elas, fiquei feliz por isso, eu voltei numa era legal em que todo mundo estava voltando ou tinha planos de voltar a batalhar, então, isso significava que, se eu quisesse, eu também poderia voltar a brincar um pouco.

Tinha muito tempo que eu não me sentia em casa como estava me sentindo agora.

como tudo deve serWhere stories live. Discover now