Capítulo 8

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°°° Avle °°°

Preston entra na cozinha e me encontra sentado ao balcão, comendo qualquer coisa.
Ele faz todo o ritual dele de chá com biscoitos e eu continuo apenas observando. Me sinto derrotado, a sensação que dei duzentos passos atrás com ele não sai da minha cabeça.
Observo ele lavar a louça e guardar o pote dos biscoitos de volta no armário. Então falo suavemente: "Boa noite, Bichinho..."
Ele pára no final da cozinha, em direção ao quarto dele, gira o corpo e fica quase de frente pro balcão. Ele começa a amassar as mãos, uma na outra.
Levanto de um pulo da cadeira e seguro as mãos dele com as minhas, pra parar o movimento.
"Ei, Bichinho, por que tá castigando suas mãos?"
Ele permanece imóvel, com as mãos nas minhas, cabeça abaixada.
Falando baixinho ele começa a apertar minhas mãos:
"Hã... Posso... Você acha que posso..."
Trago ele pra perto de mim, abraçando ele, minha mão alisando o cabelo macio.
"Pode o que Bichinho?"
Ele demora um pouquinho e volta a falar: "É.. Acha que posso... Dormir no seu quarto hoje?" - O final da frase foi dita num sussurro tão fraquinho que fui chegando o ouvido pra perto dele.
Quase não acredito no que ouvi! Nem espero pra saber se era verdade mesmo, pego ele no colo e já vou em direção ao meu quarto.
Páro, novamente sem reação quando escuto uma gargalhada, uma gargalhada! O som faz meu corpo todo arrepiar.
"Haha preciso escovar os dentes antes..."
Volto a andar com ele no colo, um sorriso imenso, que chega a doer meu rosto: "Tenho escova nova extra no meu banheiro!"
Ele ri de novo e se deixa levar no meu colo, a cabeça apoiada no meu ombro.

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°°° Preston °°°

Já fiz ao todo 4 sessões de terapia com a de ontem. Aos poucos estou ficando mais confortável com Dra Ana Luiza. Ela nunca força uma resposta, várias vezes já fiquei em silêncio após uma pergunta, mas nos últimos dias com a ajuda dela e o incessante cuidado de Avle, tenho sentido um pouco menos de compulsão em ver meu sangue correr. Menos sendo a palavra chave.
Minha rotina acabou mudando drasticamente e algo que acabou sendo naturalmente incorporado nela, foi dormir no quarto do Avle.
A melhor hora do meu dia é quando ele acaba. Quando deito nos braços dele, sentindo o cheiro maravilhoso da pele dele, com meu nariz enterrado no pescoço do Avle. E a mão dele sempre mexendo no meu cabelo.
Não acredito que acabei pedindo pra dormir com ele aquele dia, ainda sinto vergonha da minha cara de pau.
No dia seguinte quando eu terminei o chá ele levantou a mão com a palma pra cima e só disse: "Vamos?" com o sorriso mais lindo no rosto.
No banheiro dele agora tem a minha escova, junto à dele.
É estranho pensar em quão fácil foi deixar ele mexer com minha rotina, que era a mesma desde o começo da faculdade.
Mesmo essa calmaria não me faz esquecer que ele ainda não me "puniu" pelos cortes recentes. É estranho ficar receoso e eufórico ao mesmo tempo?

Já terminei minha janta e lavei minha louça. Avle está sentando ao balcão e consigo literalmente sentir o olhar dele acompanhando cada movimento meu, mesmo sem olhar pra ele.
Escuto a voz dele baixa e suave: "Pres, venha ao meu quarto às 20:30."
Sinto um ligeiro tremor passar pela minha coluna. Respondo um "Ok" baixinho e vou pro meu quarto.
Às 20:25 saio do quarto, não aguento mais pensar no que poderia ser a tal punição dessa vez.
Meu cabelo ainda está ligeiramente úmido do banho, tentei parecer o mais casual possível, mesmo sabendo que ele não vai comprar por um segundo minha calma.
Bato na porta dele de leve e ele abre quase que imediatamente.
Ele pára na porta, sério e indica com a cabeça pra que eu entre. O clima é eletrizante.
Olho de relance pelo quarto e já fico mais nervoso quando vejo algumas coisas em cima da cama.
Ele não me deu nem tempo de pensar muito sobre, com os braços em volta da minha cintura, ele me abraçou por trás, apoiando o nariz na curva do meu pescoço: "Bichinho, você lembra da palavra de segurança?"
" Uhum... Abacaxi." respondo de olhos fechados, aproveitando a sensação do abraço e do rosto dele no meu pescoço, a respiração quente enviando choquinhos pelo meu corpo.
"Bom garoto. Você deve usar a palavra ao sentir algum desconforto ou se quiser parar imediatamente o que quer seja..." - ele continua falando bem baixinho perto do meu ouvido: "Não vamos fazer nada que te deixe alarmado, nada relacionado à dor. Só vou tirar um pouco do seu controle. E se você se sentir confortável vamos continuando, até onde você quiser... Posso tirar sua blusa, Pet?"
A voz dele e a respiração contra minha pele, mais as mãos grandes ao redor do meu corpo já me deixaram todo molinho. Só balanço a cabeça em um 'sim' tímido.
Então ele me solta lentamente e usa aquele tom de voz que me faz virar uma marionete:
" Tira a blusa e senta no centro da cama, Pet." - Sem nem pensar duas vezes faço o que ele mandou. Observo ele pegando uma pulseira gigante de couro e sentando na cama ao meu lado.
"Vou tirar seu relógio, Pet."
Ele tira com todo cuidado, deixando o esparadrapo e coloca o relógio na mesa de cabeceira. Ele então senta atrás de mim e fala no mesmo tom: "Mãos atrás do corpo, Pet."
Na mesma hora coloco as duas mãos pra trás, meu coração batendo enlouquecido no peito.
Ele então prende minhas mãos atrás do meu corpo com aquela pulseira gigante.
"A sua punição vai ser sempre sobre perder o controle, então hoje você não pode usar as mãos, Pres. Lembrando que você deve usar a palavra de segurança ao menor desconforto, entendeu?" - ele falou num tom de voz calmo, quase hipnótico.
Respondo um "Ok" que mais parece um miado.
Então ele se move e senta de frente pra mim, empurrando meu corpo levemente pra trás, me fazendo deitar na cama, barriga pra cima. Ele colocou um travesseiro atrás do meu pescoço e começo dos ombros, a posição é estranhamente confortável.
"Algum desconforto, Pet?"
Faço um não com a cabeça e sinto meu corpo todo pinicar de antecipação.
Não vou dizer que a mão amarrada não é estranho, mas ao mesmo tempo me dá uma sensação de liberdade, saber que no momento ele que tem o controle.
Ele sorri e abaixa o corpo em direção ao meu, ele roça o lábio na minha orelha e sussurra: "As palavras chave de hoje são: VERDE e VERMELHO. Quando quiser que eu continue, Verde e quando quiser parar, Vermelho. Tudo bem, Pet?"
Falo um sim meio estrangulado, essa coisa sensorial da respiração + voz dele está me fazendo subir pelas paredes. Sinto o sorriso dele contra meu pescoço e ele ronrona um "Bom menino... " contra minha pele que faz meu pau pulsar.
Ele então começa a beijar meu pescoço e orelha, mordiscando e lambendo a pele por onde passa. Eu só sei me contorcer e deixar escapar pequenos ruídos. Ele continua, intensificando a força das mordidinhas e então começa a chupar a pele sensível. Um arrepio corre meu corpo todo, a sensação deliciosa mais o pensamento de que depois vou ver todas essas marcas que ele deixou, enviam uma onda elétrica pro meu cérebro.
"Verde ou Vermelho?" - ele fala contra o canto da minha boca.
Sussurro um "Verde!" desesperado.
Sinto novamente o sorriso satisfeito dele contra minha pele. Então começa uma tortura de beijo super devagar, passando a língua na minha boca, mordiscando meu lábio inferior, sugando entre os dele... Sem fôlego falo um 'verde' meio afoito... Ele não perde tempo e aprofunda o beijo. Ele repete os movimentos e eu saboreando cada sensação. Ele desce pro meu pescoço de novo, beija e chupa mais um pouco, então desce com a língua, abaixo dos ossos da clavícula. Ele faz círculos com a língua e levanta a cabeça pra me olhar, a sobrancelha ligeiramente arqueada.
Respondo sem fôlego "Verde."
Ele sorri e volta a passar a língua, beijando e sugando todo o caminho até parar com a língua sobre meu mamilo, sem tocá-lo.
Nem espero ele me olhar e já falo" Verde!"
Novamente ele sorri e finalmente pega meu mamilo na boca, sugando e soltando, passando a extensão da língua por ele. Não consigo mais controlar meu gemidos. Ele continua 'castigando' o mesmo mamilo e então vai pro outro e faz o mesmo. Ele desce a língua pelos gominhos do começo do meu abdomen e pára.
"Verde." - não perco tempo.
Ele continua descendo, lambendo e chupando cada músculo, toda minha pele vai ficar marcada e só consigo pensar nisso, nas marcas que vou ver depois, passar o dedo nelas e lembrar das sensações.
Ele pára na barra da minha calça, com as mãos no cós.
"Verde ou Vermelho, Bichinho?"
Nesse momento eu fico imóvel, minha cabeça confusa se falo verde ou vermelho. Quero tanto sentir a boca dele em mim, mas se ele tirar minha calça, minhas coxas vão ficar expostas. Solto um gemido alto e taco a cabeça pra trás, quando ele passa a língua ao longo de todo cós da minha calça.
"Verde ou vermelho, Bichinho?"
Fico apenas olhando pra ele, respiração desregulada e na minha cabeça uma batalha contra o verde ou o vermelho.
Ele sabe exatamente o que faz e como faz, dou um grito de "VERDE!! " entre os dentes, quando ele passa a língua lentamente pelo meu pau, sobre a calça de moletom.
Ele faz um som estrangulado e fala "Bom menino..." passando a língua novamente sobre a calça, enquanto abaixa o cós com as mãos. Ele tira minha calça por completo, fico só de cueca, extremamente consciente de que ele pode ver a parte interna da minha coxa. Ele não faz nenhum comentário e volta a passar a língua, dessa vez por cima da cueca. Pelo cós e pela extensão toda do meu pau que já está estatelado e vazando há muito tempo.
Ele segura a cabeça entre os lábio por cima da cueca, uma tortura deliciosa, mas quero mais, preciso de mais.
"Verde, muito verde!" - falo sem fôlego.
Ele ri alto dessa vez e fala entre lambidas em cima da minha ereção: "Quão verde, Pet?"
Respondo mordendo a boca pra tentar conter os gemidos cada vez mais altos: Super verde, todo verde possível!"
Ele ri mais ainda, as covinhas aparecendo tanto que sinto vontade de passar a língua por elas.
Ele puxa minha cueca pra baixo ao mesmo tempo que pega meu pau com a boca, me fazendo soltar um som doido, uma mistura de gemido, com grito, um soluço por mais.
Ele começa a chupar e lamber toda a extensão, circulando a cabeça com a língua e voltando a colocar na boca. Já mencionei que sou quase do tamanho ele, então ver meu pau esticando toda a boca dele quase me faz gozar. Ele parece que não tem reflexo de engasgo, ele leva meu pau tão fundo na garganta que sinto o movimento quando ele engole a mistura de saliva com pré gozo. Não vou aguentar mais três dessa. Ele solta meu pau com um 'Pop' e olha pra mim, a boca a milímetros da minha pele. Ainda me olhando ele pega um tubo de lubrificante com uma das mãos e pergunta num sussurro: "Verde ou Vermelho, Pet?"
Nem pisco : "Verde!"
Novamente ele sorri e trás o frasco pra perto. Ele retira minha cueca por completo e fala no tom de comando que já me derrete: "Afasta as pernas, planta dos pés na cama, Pet."
Faço o que ele manda e sinto outro arrepio de antecipação.
Ele coloca lubrificante na mão e abaixa a cabeça, pegando meu pau na boca novamente. Ele começa a chupar com um pouco mais de força, me fazendo quase distrair do dedo circulando a entrada do meu cu. Quase... Ele começa a enfiar devagar, ao mesmo tempo que continua me chupando e lambendo.
Ele continua me distraindo até que dois dedos estejam enfiados em mim até a base.
Então ele pára de me chupar e começa a mover os dedos dentro de mim, me fudendo num movimento de vai e vem. Ele entorta os dedos lá dentro e  dou um grito, sinto estrelas explodindo atrás dos meus olhos.
A voz dele um sussurro: "Achei..."
Ele continua o movimento, sempre mirando o mesmo ponto, começo a balbuciar qualquer coisa, uma mistura do nome dele e 'verde'.
Ele não pará de acertar minha próstata, até que gozo sacudindo o corpo em espasmos violentos, jogando a cabeça pra trás e gritando
"Avllleeeee".
Ele espera os meus espasmos pararem e retira os dedos devagarinho, a sensação enviando outra onda de choque no meu corpo. Os dedos dele são grossos, a sensação maravilhosa.
Sinto meu corpo todo leve e gelatinoso. Não tenho força nem pra abrir os olhos. Sinto ele limpando todo meu corpo com algo que parece lenço umidecido. Ele limpa com um cuidado tão grande, que sinto lágrimas atrás dos meus olhos fechados.
Sinto ele levantar meu corpo e ficar atrás de mim. Ele solta meus braços da pulseira gigante e depois começa a massagear eles, sinto a circulação voltando, a sensação me faz ficar ainda mais molinho, se é que isso é possível.
Ele massageia por um longo tempo, sentado atrás de mim, minhas costas apoiadas no peito dele. Meu coração aos poucos acalmando.
Sinto ele sair de trás de mim pra colocar minha roupa de volta. A blusa, a cueca e ele faz um carinho tão leve nas cicatrizes da minha coxa, que começo a chorar. Ele beija elas suavemente e escuto ele falar meu nome. Ele coloca minha calça e deita ao meu lado, me abraçando apertado. Ele começa a afagar meu cabelo e a beijar meus olhos, nem percebi que ainda estou chorando. Aos poucos sinto meu corpo ficar cada vez mais aéreo, me perdendo nas sensações de estar nos braços dele de novo, todo o controle é dele...

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