1 - Pesadelos

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Doflamingo acordou com o som e a sensação da porta do quarto se abrindo, audível sobre o barulho da chuva lá fora. Com o mínimo de movimento possível, ele olhou para a porta. Se fosse um intruso, eles não precisavam saber de sua consciência.

Ao lado dele, a respiração de Crocodile era uniforme, sem pausa em nenhum momento, então o alfa presumiu que seu ômega ainda estava dormindo.

Não havia ninguém na porta quando Doflamingo olhou. No entanto, um momento depois, ele ouviu o suave tamborilar de pezinhos descalços aproximando-se do seu lado da cama, o mais próximo da porta.

Seu coração apertou quando ele ouviu o sussurro suave e vacilante de "Papai" em suas costas, após o estrondo de um trovão. Removendo o braço da cintura de Crocodile, ele rapidamente se virou, ficando cara a cara com Luffy choroso. Ele estendeu a mão, permitindo que o filhote a pegasse e subisse no ninho.

O que aconteceu, Luffy? — Ele perguntou em um sussurro, puxando-o para perto enquanto Luffy tentava se enterrar em seu peito.

O menino ômega choramingou, uma mão apertando seu peito e a outra no polegar de Doflamingo. Com a mão livre, Doflamingo puxou as cobertas em volta deles e deu um tapinha reconfortante em suas costas.

Pesadelo — Luffy fungou. Ainda embalando o menino perto, Doflamingo rolou para trás, de modo que ficou mais uma vez de frente para Crocodile.

Tente voltar a dormir — Sugeriu o alfa em um sussurro. Luffy muitas vezes não gostava de falar sobre o que o assustava, pelo menos não à noite, quando ele sentia que ainda poderia alcançá-lo.

Luffy acenou com a cabeça e rolou, mantendo as costas pressionadas contra o peito de Doflamingo enquanto alcançava Crocodile. Por ser um que já tinha passado noites em claro protegendo seus filhotes de possíveis ameaças em terra, o ômega tinha um sono leve e acordou, olhando para seu filho.

Luffy? — Ele perguntou em um sussurro rouco de sono.

Mamãe — Luffy sussurrou de volta, estendendo a mão para tocá-lo. Crocodile se aproximou para que Luffy ficasse imprensado entre o calor deles.

Pesadelo? — O ômega perguntou sonolento, os olhos se fechando. Atrás de Luffy, Doflamingo estava quase dormindo novamente. Luffy acenou com a cabeça contra o peito de Crocodile e farejando o cheiro de sua mãe. — Quer conversar sobre isso? — Crocodile perguntou, como sempre fazia, acariciando o cabelo de Luffy e dando um beijo ali. Como sempre, Luffy balançou a cabeça.

Quero ficar com você — ele respondeu.

Ok, meu amor — Crocodile murmurou. — Você vai conseguir dormir?

Sim, mamãe — Luffy sussurrou de volta. — Você e papai vão ficar até eu acordar, certo?

Claro que vamos, querido — Crocodile arrulhou. Ele moveu o braço, agarrando a mão de Doflamingo e colocando-a sobre os dois. Mesmo dormindo, Doflamingo agarrou a cintura de Crocodile e puxou os dois para mais perto, de modo que Luffy quase ficou esmagado entre eles. — Melhor? — Crocodile perguntou, colocando o queixo no peito para olhar para Luffy. Luffy riu baixinho.

Melhor — ele concordou. — Papai nunca vai deixar os bandidos nos pegarem. — Seus olhos se fecharam com um bocejo sonolento e ele se aconchegou mais fundo no peito de Crocodile.

Isso mesmo, querido — Crocodile sussurrou. — Papai e mamãe manterão os monstros afastados.

Um relâmpago iluminou os milhares de fios afiados espalhados pelo quarto, fazendo parecer que era composto de centenas de imagens fragmentadas.

The new Royal Family of AlabastaWhere stories live. Discover now