Capítulo 33

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Os dias em Pinhal eram tranquilos. Lily passou o dia com seu pai cozinhando e conversando. A noite resolveu ir ao barzinho da cidade com seu pai e sua madrasta. Assim que entrou lembrou da última vez que tinha estado ali onde tudo tinha começado.

Para sua sorte, o bar estava com música ao vivo. Os três sentaram, pediram petiscos e ficaram conversando sobre banalidades.

A banda ao fundo tocava.

🎷 Foi pouco tempo
Mas valeu
Vivi cada segundo
Quero o tempo que passou 🎸

Nem a banda estava ajudando Lily a não lembrar naquele dia. Ela ficava pensando se Margot estava jantando em casa, se estava indo em festas todos os dias e como andaria o leilão beneficente que ela queria fazer?

Ela não tinha mais direito de saber da vida de Margot e era melhor assim, para evitar mais sofrimento.

A banda continuou tocando agora a música em homenagem a cidade.

🎷 E agora o pinhal
Não tem mais
A gente lá
Eu volto pra lembrar
Que a gente cresceu
Na beira do mar 🎸

A banda era ótima, mas estava maltratando o coração de Lily naquele momento.

Rita pediu licença e foi ao banheiro e fez sinal para Cesar conversar com Lily.

- Filha, tudo bem? - perguntou Cesar

Lily assentiu.

- Eu sei que não tá, eu vejo nos seus olhos. - disse Cesar.

- Eu tô tentando seguir em frente. - disse Lily.

- Você deixou claro os seus sentimentos para ela? - perguntou Cesar.

- Ah pai é complicado demais a vida dela é complicada demais. - disse Lily.

- Quando duas pessoas se amam elas dão um jeito nos problemas. - disse Cesar.

- Esse é o problema eu era a única que a amava. - disse Lily.

- Tem certeza? Ela não parecia uma pessoa que desprezava você na formatura. - disse Cesar.

- Ela se importa comigo assim como eu me importo com a Antonella nada além disso. - disse Lily.

- Vocês ainda se falam? - perguntou Cesar.

- Não, e é melhor assim. - disse Lily

- Querida, eu não quero me meter na sua vida, mas as vezes é bom desabafar para nós mesmos entendermos o que sentimos. - disse Cesar.

- O senhor quer a verdade? Então lá vai. Isso tudo começou como uma brincadeira e eu acabei me apaixonado e agora tô aqui sofrendo por alguém que nunca vai me amar do jeito que eu a amo e que também não se importa comigo - disse Lily com lágrima nos olhos.

- Eu sinto muito querida. Mas uma pessoa que não se importa com você não iria na sua formatura depois de vocês terminarem. - disse Cesar.

- Ela só quis ser gentil. Quem se importa de verdade com a gente, manda mensagem, lembra do aniversário, manda flores. Essa pessoa sim se importa com a gente. - disse Lily.

Cesar não entendeu muito bem a referência.

- Querida eu sinto muito mesmo. - disse Cesar.

Lily assentiu. Aquela conversa não estava fazendo bem para ela, e a música ao fundo só piorava ainda mais a situação que não era boa.

- Pai, obrigada pela companhia, diga o mesmo para a Rita, mas preciso dar uma volta, ficar um pouco sozinha.

🎸 Minhas lágrimas não caem mais
Eu já me transformei em pó
E os meus gritos não se escutam mais
Estão na direção do sol🎷

Cesar assentiu e Lily saiu do bar e foi a praia. Tirou as sandálias e foi caminhar na praia.

Ela nunca havia sentido aquilo por ninguém, era intenso e forte, e ela não conseguia parar de pensar em Margot. Nos outros relacionamentos que ela teve, ela ficou mal por um tempo, mas depois de uma semana ela estava bem. Mas com Margot era diferente, era um sentimento diferente,mesmo sabendo que Margot nunca a amaria da mesma maneira ela rezava todas as noites para que Margot conseguisse ser feliz.

Era impossível para Lily ignorar os últimos seis meses, as jantas juntas, o café da manhã, a maneira como Margot a provocava quando queria sexo e a felicidade que ela viu nos olhos de Margot quando seus pais apareceram para visitá-la.

Lily não conseguiu segurar e deixou todas as lágrimas saírem de dentro de si. Doia e doia muito, mas ela sobreviveria. E o que doía mais ainda foi ter visto Margot beijando pessoas diferentes.

Talvez o que Lily precisava era de um banho de mar, um ponto final naquela relação que só aconteceu na cabeça dela. Precisava se livrar daquele sentimento para conseguir viver e não sobreviver que era o que estava acontecendo até aquele momento.

Lily entrou no mar de roupa e tudo e deixou todo aquele sentimento, toda aquela energia negativa sair dela. Precisava seguir em frente, precisava esquecer Margot, desejou com toda a sua força que ela conseguisse.

Mergulhou mais algumas vezes e saiu do mar completamente encharcada, não tinha toalha, mas pelo menos estava calor. Sentou na areia mais um pouco e voltou para casa caminhando.

Se sentia mais leve, tinha tirado um pouco o peso dos seus ombros.

Voltou para casa tomou banho e dormiu finalmente teve uma boa noite de sono.

No dia seguinte, estava em todas as páginas de fofocas, como cada uma superava o término. Lily na praia chorando e Margot em uma balada beijando várias bocas diferentes.

Os comentários estavam massacrando Margot. Lily não acreditava que alguém a tinha pego naquele momento tão vulnerável nem em Pinhal ela conseguia ter paz. Será que era tão difícil assim deixar alguém em paz?

Cedo da manhã arrumou suas malas não adiantava nada tentar descansar em Pinhal se havia alguém sempre cuidando a sua vida. Tava na hora de voltar a San Andreas e tomar as rédeas da sua vida

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