Capítulo 18

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Lily e Margot no outro dia desceram para tomar café da manhã, e várias pessoas ficaram olhando para as duas. Margot percebeu um burburinho na frente do hotel e várias funcionários corriam de um lado para o outro.

Terminaram de tomar café e Heloísa ligou. Margot fez sinal para Lily e a duas foram até o quarto.

- Oi Heloísa. - disse Lily.

- Já reservei os voos. Vocês estão saindo daí no próximo voo. - disse Heloísa.

- Mas por quê? - quis saber Lily.

- O hotel é um resort eles não tem seguranças para tanta demanda. A imprensa quer invadir o hotel para entrevistar vocês. Precisamos tira-las daí. Falando nisso, excelente Margot, só li elogios a respeito da sua atitude. - disse Heloísa.

Margot e Lily se olharam e Lily fez sinal de positivo.

- Vocês duas transaram? - perguntou Heloísa.

- Não. - Lily disse rapidamente.

- Jamais, negócios são negócios.- Margot disse em seguida.

- De onde saiu aquela informação de gozar três vezes? - perguntou Heloísa.

- Vai ser a quantidade de vezes que eu vou fazer sexo, quando eu sair desse maldito contrato e conseguir sair da seca. - disse Margot.

E lá estava a velha Margot de volta, porque Lily sentia que aquela fala a machucava? Ela estava sentindo uma série de sentimentos conflitantes que ainda não conseguia explicar nem para si mesmo.

- Margot você tem umas sacadas ótimas. Bom meninas o voo está esperando, vocês fizeram um bom trabalho no México, até San Andreas. - disse Heloísa.

- Ela não pode saber que a gente transa nas horas vagas. - disse Margot.

- A gente não transa nas horas vagas, a gente transou uma vez, bêbadas. - disse Lily.

- A gente bem que podia. - disse Margot.

- O que? - quis saber Lily enquanto arrumava as malas.

- Nem pensar, eu não faço sexo casual. - disse Lily.

- Mas você fez aquele dia. - disse Margot.

- Eu tava bêbada e com vontade. - disse Lily.

- E quando eu estiver com vontade? - quis saber Margot.

- Você tem vontade todos os dias. Isso não muda nada entre nós eu continuo te odiando. - disse Lily.

- Eu também. As regras continuariam valendo, eu não vou me apaixonar por você agora não sei se o contrário é recíproco. - disse Margot.

- Você se acha né? Você não faz o meu tipo de mulher, você é arrogante, prepotente, dona de si. - disse Lily.

- Eu sei, você gosta das sem graça, sem sal como a Lucya hernandez. - disse Margot.

- Como você adivinhou? - debochou Lily.

- Agora falando sério, a gente podia estabelecer uma data, pra gente se ajudar mutuamente. Vai fazer quase 1 mês da última vez e eu já tô subindo pelas paredes e ainda temos 4 meses pela frente. - disse Margot.

- O que você tá sugerindo que a gente transe com hora marcada? - perguntou Lily.

- A gente podia transar uma vez na semana, seria ótimo.

- Nem pensar, uma vez a cada dois meses. - disse Lily.

- Uma vez no mês então? Foi o máximo de tempo que eu consegui ficar sem sexo. - disse Margot.

- Que tipo de proposta é essa? - quis saber Lily.

- A gente transa uma vez no mês e você pode me pedir qualquer coisa que eu tenho que fazer. - disse Margot.

- Tipo ir em algum lugar que eu queria sem reclamar? - disse Lily.

- Sim, mas olha bem onde você vai me levar. - disse Margot.

- Feito. - disse Lily.

- Podemos começar agora? - disse Margot.

- Regra número dois, além de não se apaixonar por mim, só faremos sexo em segurança na nossa casa. Tem um fotógrafo no quarto da frente tentando tirar fotos nossas. - disse Lily.

- Merda. - disse Margot.

As duas terminaram de arrumar as malas e foram direto para o aeroporto.

Chegaram a noite em casa, cansadas, tinham feito três conexões porque os voos tinham sido cancelados.

- Banho e sexo? - disse Margot assim que largaram as malas.

- As coisas não funcionam assim, não sou um animal irracional preciso criar um clima antes. - disse Lily.

- Você e essas bobagens é só tirar a roupa e gozar. - disse Margot.

- Meus termos são esses, pegar ou largar. - disse Lily.

- Tá, vamos pedir comida de onde? - quis saber Margot.

- Lugar nenhum eu vou cozinhar. - disse Lily.

- Você não tá cansada? - disse Margot.

- Sim, mas a cozinha para mim é uma terapia. Vou tomar banho e depois começo a preparar - disse Lily.

Margot assentiu e foi tomar banho também.

Lily chegou na cozinha e começou a cortar os legumes iria fazer um escabeche. Ficou lembrando toda a confusão que havia acontecido no México, seria possível uma pessoa mudar tanto em dois meses? Margot jamais defenderia alguém de homofobia, talvez ela realmente estivesse mudando.

Aquela zona que elas estavam entrando era perigosa. Sexo era uma troca de energia muito grande, se elas mantivessem o combinado iam transar mais 4 meses até o contrato acabar.

Margot era linda e gostosa, pensava Lily talvez ela pudesse aproveitar e apenas se deixar pelo sexo casual, não podia?

Lily saiu dos seus pensamentos quando sentiu o cheiro do perfume de Margot. Ela vestia uma camisola minúscula que mal tapava a polpa da bunda.

Será que ela tá usando calcinha? Foi o primeiro pensamento que veio a mente de Lily.

Margot se aproximou da bancada onde Lily estava cortando os legumes.

- Quer ajuda? - perguntou Margot cínica.

- Você já cortou algum legume na vida? - perguntou Lily.

- Não esquece que eu ajudava meu avô quando era adolescente. - disse ela.

- Bem lembrando, corta essa cenoura então. - disse Lily.

Margot ficou parada ao lado de Lily na bancada enquanto começou a cortar lentamente.

Margot cortou um pedaço de cenoura e deu na boca de Lily. Lily tirou um pedaço para conseguir mastigar e o outro Margot pegou dos seus dedos.

Lily ficou observando enquanto Margot lambia os dedos de Lily.

- Eu tô sem calcinha. - Margot disse por fim.

Lily desligou a panela do fogo.

- Você pediu você vai ter. - disse Lily.

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