Um sorriso ilumina meu rosto, transbordando gratidão. Amália, a luz que guia meu caminho; por ela, eu enfrentaria o inferno.

Agora chega de falar de mim e meus planos malucos, vamos falar sobre você e aquela noite!

Aperto os meus olhos, eu sabia que não escaparia desse seu interrogatório.

— Ai, Jesus, é a Amália Mikaelson falando?

— Você não vai sair tão cedo das minhas garras, Faith Salvatore.

Juntas, compartilhamos risos, cúmplices em meio às nossas piadas internas. Em público, nossa sintonia única nos une, gerando especulações sobre sermos mais do que simples amigas.

Me conta vai... Como foi domir com Hades? Ele tem mesmo a pegada que várias dizem por aí?

— Ah, eu não vou responder isso.

Claro que vai. Me deixou sozinha com aquelas pessoas e foi para a cama... — Amália para de falar, como se lembrasse de mais alguma coisa. — Sua safada, agora que me lembrei, era para você ter ido para a cama com Lucca, não com Hades.

— É uma história longa...

Pilantra, ia me deixar de fora desse babado quentíssimo?

Meus ouvidos captam o perturbador estilhaçar de vidro vindo do andar inferior. O que meu pai está fazendo? Outro barulho de vidro ser quebrado.

— Mais tarde eu te ligo.

Você não vai escapar de mim...

Desligo a chamada e deixo o celular na cama quando me levanto e ando até a porta. Chamo meu pai e o silêncio se estala na casa. Observo que as lâmpadas estão todas acesas. O meu coração se acelera, enquanto desço apressadamente.

— Pai? — chamo novamente, quando finalmente cheguei ao final da escada. — Se isso for algum tipo de brincadeira, está me assustando...

Nas pontas dos pés, ando pela sala de estar, a TV está ligada no canal preferido dele. Pego o controle e desligo.

— Pai?

Caminho tenso em direção à cozinha, minha pulsação ecoa no silêncio. O coração bate descontrolado, prestes a escapar pela boca. Paro abruptamente ao deparar-me com uma poça de sangue, manchando impiedosamente o piso que ela tanto ama. Meus olhos se dilatam em choque, lágrimas se unem na tristeza.

— Pai! — grito assim que o vejo todo coberto de sangue caído no chão. Corro ao seu encontro, me ajoelhando ao seu lado. — Não, não, não, não...

Seu rosto distorcido, sua camisa encharcada com seu próprio sangue incessante. Isso não pode estar acontecendo. Lágrimas de desespero fluem como torrentes dos meus olhos, enquanto minhas mãos trêmulas lutam desesperadamente para conter a hemorragia.

— Pai, não se preocupe, eu-eu vou ligar para a emergência, você vai ficar bem...

Ao tentar erguer-me, um aperto firme em minha mão me detém. Reluto a encarar seu rosto, seus olhos permanecem cerrados, mas seus lábios se movem. Aproximo-me, ansiosa para captar suas palavras sussurradas com dificuldade.

— Me-me desculpa, minha filha... — fala.

— Poupe suas forças... Você vai ficar bem.

— Eu... Eu tentei te proteger do mal, Faith, mas eu não posso te proteger dele...

— Ele quem pai? — pergunto, confusa.

Encaro o seu rosto, lágrimas saem de seus olhos fechados e isso quebra o meu coração. Aperto mais a sua mão, entrelaçando nossos dedos.

— Você precisa se proteger... Precisa fugir dessa cidade e nunca mais voltar.

— Pai, eu não entendo...

— Eu-eu estou morrendo, minha filha, eu preciso que você prometa que vai sair dessa cidade...

— Para! Você não está morrendo... Você vai ficar bem... — falo, forçando um sorriso. — Quando você melhorar, podemos sair da cidade e viajar o mundo, podemos ir conhecer o Brasil como você sempre quis... — paro de falar quando seu aperto se torna frouxo. — Pai?

Entro em completamente desespero, chamado o seu nome várias vezes, sinto o seu batimento cardíaco... Nada. Não tem nada batendo.

As minhas lágrimas não param de cair dos meus olhos. Agora estou oficialmente sozinha, sem ninguém do meu laço de sangue...

Meu pai morreu?
Ele morreu.

Como a única pessoa que me fazia sentir viva morreu? Como eu posso seguir em frente com isso? Por que?

Me permito chorar por cima de seu corpo, meu corpo já coberto com o seu sangue. Observo para o seu rosto, sua boca, saia sangue excessivamente.

Olhando para a sua camisa, encontro um rasgo enorme. A fúria tomou o lugar da tristeza, quando observei as iniciais H.G escrito em sua pele.  ̶F̶i̶l̶h̶o̶ ̶d̶a̶ ̶p̶u̶t̶a̶.̶  Passo meus dedos sobre a escrita.

Me volto a olhar para o rosto de meu pai. É fácil descobrir quem o matou pelas iniciais deixadas. Hades Gunnar.

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"Se dê permissão para sentir raiva, dor e ressentimento. Depois relaxe e deixe que o amor te ajude a esquecer."

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