Capítulo 2

144 9 1
                                    

- JULIE VOLKERS

Era hoje a final da minha maratona e teria que correr com um tal de Rafe Cameron aí, pesquisei um pouco sobre ele, e não vou mentir..ele é realmente muito bom no que faz, segue invicto desde sua primeira corrida. Faria de tudo para ganhar essa de hoje, a grana envolvida era muito alta, era tipo 500 mil para o ganhador! Se eu levasse a boa hoje com certeza iria gastar tudo em carros, mas isso não vem ao caso.

Não me preocupo nem um pouquinho com esse tal Rafe, eu sou a melhor dessas maratonas, do mesmo jeito que ele sigo invicta desde o começo, não quis facilitar para ele, mando nessa porra toda mesmo, fiz ele viajar 3hrs pilotando até aqui, talvez ele esteja muito cansadinho... own que dó hahaha

não nos conhecemos ainda mas já sei bastante coisas ao seu respeito, assisti alguns vídeos de suas maratonas e prestei muita atenção detalhadamente em cada uma de suas manobras, seus pontos fracos e fortes, seus acertos e seus deslizes. Eu tinha tudo para levar a boa, eu não me identifico nessas corridas, afinal ninguém pode saber que sou eu, meu pai não pode nem sonhar que eu participo dessas corridas clandestinas! Então tudo lá é muito sigiloso, a pista é totalmente afastada da cidade, não permitimos a entrada de celular para não correr risco de vazarem mídias de quem não quer ter sua identidade revelada.

o fato de eu não me identificar me favorece muito nessas corridas, o adversário vai correr com alguém que ele não faz ideia de quem seja, não sabe nenhuma de suas estratégias de jogo, não sabem se podem abusar de suas estratégias, não sabem se podem jogar sujo... afinal o seu adversário pode até mesmo se tratar de um traficante e no final da corrida você acabar derrotado e sem vida.

minhas amigas sempre me perguntam como eu tive coragem de me meter nesse meio, como eu consegui ser respeitada lá, até vocês aí devem está se perguntando, não é? A resposta é simples, eu sou simplismente a dona de todas as pistas clandestinas que existem nessa cidade, eu não tenho respeito atoa!

me levanto da cama e vou escolher minha roupa de hoje, confesso que a minha segunda parte favorita dessas corridas é o meu look, porque a primeira é fazer meus adversários comerem poeira.

entro no meu enorme closet e vou até a parte escondida que ficam todas as minhas roupas de corrida, às quais ninguém ver, muito menos toca! Elas são meus xodós e só eu posso ter a honra de vestir. Hoje optei pelo meu macacão preto com leves brilhos e com um decote nos seios, não muito grande para não me deixar desconfortável.

entro no banheiro, tomo um banho completo da cabeça aos pés, lavo meu cabelo e faço uma skincare pré maquiagem.

saio do banho e visto minha roupa, fico me admirando na frente do espelho por uns minutos vendo o quão gostosa eu sou, simplesmente a vadia mais gostosa dessa cidade.

finalizo meu cabelo com um óleo reparador e faço minha maquiagem apenas com base, corretivo, rímel, delineado e gloss.

termino de compor o meu look com minha bota preta, minha jaqueta e meu capacete combinando perfeitamente com meu look.

já eram 22:30 e a corrida começava às 23:00, nunca pontualmente! mas eu preferia chegar cedo para aquecer e checar a minha bebê antes de colocá-la a todo vapor na pista.

saio bem devagarinho e dando passos leves, por sorte o quarto do meu pai é do outro lado do corredor, a essa hora todos já estavam dormindo, a casa estava completamente vazia, por pura sorte mesmo.

e quanto as câmeras de segurança? elas são programadas para excluir qualquer imagem que envolva o meu reconhecimento facial. Os alarmes eu desativo antes de sair e o luke não late na minha presença. Tudo aqui conspira ao meu favor, como deve ser!

retiro minha bebê da garagem fazendo o mínimo de barulho possível, por sorte as paredes dessa casa são todas anti-ruídos e isso é uma mão na roda para mim.

finalmente dou partida em minha moto e sigo em direção a pista.

The Inevitable - Rafe CameronWhere stories live. Discover now