Capítulo 9

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"E toda essa neve está caindo (ooh), posso te deixar caidinho de amor também (caidinho de amor também). Então me diga o que você tem na sua lista de desejos, quero fazer eles se tornarem realidade (não). O Papai Noel (não, não, não, não), não te conhece como eu conheço (oh, não, não, não)", Santa Doesn't Know You Like I Do, Sabrina Carpenter.

*

Observando nossos cartões de natal, eu pude ver minha total felicidade, e entender o que o Corey quis dizer algumas semanas atrás sobre eu estar mais feliz esse ano. Eu assinei mais um, antes de colocar mais um na pilha. Eu comecei enviar cartões de natal três anos atrás quando me mudei para o meu apartamento vintage em Nova Iorque. Na foto do cartão estava Corey e Joey sentados no chão, agarrados a um urso de pelúcia, eu estava sentada no colo de Milo e nós dois estávamos usando uma toquinha de papai Noel, e nós quatro estávamos usando pijama de natal. Eu ainda não entendia a mim mesma muito bem, às vezes, eu não estava infeliz ano passado, mas olhando para essas fotos era quase como se eu fosse uma outra pessoa, uma outra Sabrina e ainda sim, eu sou a mesma. Isso era loucura.

Milo estava ao meu lado assinando qualquer merda nos cartões, nós não estávamos escrevendo nada inspiracional, só um monte de besteira, quem achasse um que dizia feliz natal ou boas festas seria o premiado! Toda a minha família conhecia o meu senso de humor, então ninguém ficaria realmente surpreso se pegasse um cartão que tudo que tinha escrito era "foi para isso que depilei minhas pernas?" Milo simplesmente achava isso genial, ele não conseguia entender a ideia de que você não precisa escrever nada sério ou sentimental para sua família. Eu separei um que dizia: "eu sentei no colo do papai Noel e lidei com o negócio dele, eu sem roupas, estou na sua lista de desejos", para minha amada e adorada sogra. Eu ri com o pensamento de ela receber isso com sua falsa aristocracia britânica, eu queria muito poder ver isso.

- O que foi, Brina? - Milo me perguntou colocando mais um cartão na pilha de prontos.

- Nada. Só estava imaginando sua mãe tendo uma síncope por causa do cartão que eu separei para ela.

Milo riu e beijou a ponta do meu nariz. - Sua diabinha.

- Ela merece, ela merece - eu cantarolei -, falta muito para acabar, amor?

- Não - ele disse pegando mais uns cartões e jogando na mesa de volta -, você vai mandar algum específico para o seu pai.

Eu enrijeci sem querer. Já fazia alguns meses que eu não falava com o meu pai não sabia muito bem se eu queria, ainda sentia o peso das escolhas dele em meus ombros. Talvez essa fosse uma das razões pela qual eu não estava feliz ano passado nessa época do ano.

- Ei - Milo me puxou para o colo dele e beijou meu rosto -, quer me contar o que aconteceu?

Relaxei nos braços de Milo e me inclinei para trás para lhe dar um beijo nos lábios, na última semana nosso relacionamento falso saiu de "relacionamento falso" para "relacionamento falso com benefícios", nem eu, nem Milo tocamos no fato de que estamos nos beijando um pouco demais para apenas amigos que se ajudam com mães difíceis no Natal. Com o adicional de que eu estou sim apaixonada por ele, mas não posso dizer, não posso arriscar, então tudo está bem do jeito que estamos. Por enquanto.

A presença constante de Milo na minha vida tinha sido muito bem vindo e me feito sentir segura, não era algo que estava tentando lutar contra, mal consigo me lembrar a razão pela qual eu estava evitando relacionamentos... Até agora. Até falar do meu pai. Falar do meu pai me faz lembrar do meu ex namorado, o que me faz sentir quebrada e arruinada, alguns pós términos são uma merda e cheios de trauma.

- Nada.

- Confia em mim, Cindy Lou. Acima de qualquer coisa eu sou seu namorado falso de mentira favorito.

A Nonsense Christmas Where stories live. Discover now