Cap 3✨

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Henne Durand

Henne... Escutei sua voz e rapidamente me encolhi na cama, debaixo do meu edredom. Eu tremia e tentava controlar minha respiração descompensada. Escutei o ruído da porta e seus passos se aproximarem, meu coração estava acelerado, como sempre fica toda vez que o sinto se aproximar.

Ele vai fazer de novo...

Ele vai tocar em mim novamente...

Senti seu tão conhecido toque, que me causa tanto nojo, repulsa. Meu estômago embrulhou. Minha respiração pesou, quando senti ele puxar o cobertor lentamente de mim.

— Não finja que está dormindo! Isso não funciona comigo, você sabe! Sente-se e abra as pernas para mim. O meu dia hoje foi bem estressante, sabe... E só você pode melhorar meu dia. — Rosnou contra mim. Eu suspirei em desistência, me levantando e me sentando na cama.

— É incrível... cada dia que passa você fica mais lindo. — Disse vindo até mim, tocando o meu rosto e rapidamente me afasto, com nojo de seu toque. Ele me olhou sem entender, frisou a testa e logo sorriu de canto.

— Olha meu amor... me desculpa, tudo bem?
— Balancei a cabeça negando, rapidamente.

— Oh meu amor! — Exclamou impaciente, passando as mãos em seu cabelo.

Ele se aproximou de mim, tocando novamente meu rosto. Ia me levantar depressa mas ele foi mais rápido que eu e segurou minha cintura, me jogando contra a cama. Rapidamente me encolhi, respirando profundamente. — Você sabe o que acontece quando me rejeita não é?!

— Exclamou, sorrindo de canto. Coçou a cabeça, desviando o olhar e, me olhando em seguida.

— Olha aqui, pirralho insolente. Quando você vai colocar nessa sua cabecinha que você pertence a mim! Somente a mim e demais ninguém! — Se aproximou segurando meus cabelos com força e com a outra mão livre apertou meu pescoço. Meus olhos se arregalaram e um misto de medo, ansiedade, nojo, repulsa, tomou conta de mim. Meu coração acelerado e meu peito subindo e descendo, tentando procurar o ar que me faltava. Ele tirou a mão de meu cabelo e afrouxou o aperto no meu pescoço, tirou a calça e cueca box que eu vestia, ele me devorava com os seus olhos.

— Delicioso, como sempre — Disse, o que fez meu estômago revirar. Tentei me livrar de seu aperto, mas ele me agarrou firme pela cintura, balançando a cabeça em forma de negativo. Ali foi meu alerta para que eu não tentasse mais nada. Suspirei fundo, com os olhos marejados, minha garganta tinha um nó subindo e descendo. Ele me puxou para baixo, fazendo com que eu deitasse completamente na cama. Retirou minha camisa, e sua roupa. Novamente agarrou meu cabelo com mais força do que da última vez. Eu já chorava. Novamente me encontrava em lágrimas. Senti quando ele me estocou de uma vez e conti o meu grito pela dor. Ele sempre fazia isso, nem sequer se preocupava se estava doendo ou não. Na verdade ele nunca se preocupou. Suas estocadas começaram, com força, fazendo com que meu corpo subisse e descesse.

— De quatro! — Ordenou, não esperando uma resposta minha e me girando na cama, me deixando de quatro e mais exposto para ele. E novamente me estocou de uma vez, segurando minha cintura. Eu me remexia, tentando me soltar, mas não adiantava. Eu chorava descontroladamente e não sentia mais minha respiração adentrar e sair do meu pulmão. Minha garganta estava seca, meu estômago vazio e mesmo assim ainda tinha vontade de colocar para fora o que eu não comia a mais de duas semanas.

Ele me girou novamente, me deixando de barriga para cima e ficando entre minhas pernas, procurou minha boca mas eu levei minha mão até minha boca, lhe impedindo de encostar sua boca na minha. Ele rosnou, mas não parou suas investidas. Ele gemia descontroladamente e resmungava o por quê de eu não sentir a mesma coisa que ele.

— Amor..., eu quero escutar seus gemidos... — Disse, com a voz falha por causa de suas investidas. Revirei os olhos, e em seguida o olho com ódio, com muito ódio e cuspi em sua face. Ele rosnou saindo de cima de mim, me olhando com ódio e me agarrou pelos cabelos. — Seu moleque, estúpido. Eu te trado com amor e é dessa forma que você retribuí?! — Gritou, me jogando contra a parede. Me puxou pelo braço, me sacudindo novamente na cama, ficando entre minhas pernas.

— VOCÊ VAI APRENDER A ME RESPEITAR, SEU RESTO DE ABORTO! — Agarrou meu pescoço apertando com as duas mãos. Minha respiração acelerou, e senti meu pulmão se esvaziar, sentindo uma sonolência incomum. Ele me xingava de tudo que era ruim, com uma mão livre me batia. Soltou meu pescoço o que me fez tossir descontroladamente, levando minhas mãos para o meu pescoço, massageando. Jogou meu corpo contra o chão, me chutando incontroláveis veze. Subiu em cima de mim e agarrou meu fios bateu minha cabeça contra o chão. Virei o rosto para o outro lado, fechando os olhos e novamente pedindo a Deus que me ajudasse, que ele me tirasse desse inferno, inferno que mais parece um ciclo repetitivo que nunca acaba.

— VÁ PARA O INFERNO. — Fechou o punho para me socar e rapidamente fecho meus olhos com força, esperado o ardor vim.

E nesse momento escutei gritos e vozes diferentes, barulhos de tiros e pedidos de súplica. O homem que se diz ser meu pai levantou, assustado. Vestindo sua calça rapidamente e quando ele tocou a maçaneta da porta ela se abriu sozinha com um forte chute.

— Porquê não vai você para o inferno! — Exclamou um homem alto que não consegui vizualizar o rosto. Minha cabeça doía e minha visão estava turva, passei minha mão atrás da minha nuca e quando vi minha mão estava manchada de sangue.

— Capo Sueco?! — Papai arregalou os olhos, assustado. Se ajoelhando aos pés do homem. Pela primeira vez o vi fazer tal ato, ele nunca abaixo a cabeça para ninguém antes. Porquê para ele?

— Seu estúpido, miserável! Como teve coragem de roubar minhas cargas!! ACHOU QUE EU IA DEIXAR VOCÊ SAIR ILESO DESSA, SEU DESGRAÇADO?!
— Gritou, agarrando os fios de cabelo do meu pai. Meu corpo doía por inteiro e logo os gritos e os disparos foram ficando longe. Não conseguia mais raciocinar o que estava acontecendo em minha volta. Sinto uma sonolência tomar conta de mim. Eu estou cansado. Minha visão cada vez mais embaçava, meus olhos pesaram e foram fechando lentamente.

Senti meu corpo ser erguido por alguém, mas não consegui visualizar a figura que tocava meu rosto, balbuciando algo. Minha visão pesou de vez, fazendo com que eu apagasse.

Destino Implacável - Seu Amor É A Cura Para A Minha Dor/ Romance GayWhere stories live. Discover now