Professora Stacy finalmente consegue a guarda de sua filha, Sienna Stacy, que vem morar em Avonlea e acaba enfrentando uma nova realidade, e é claro, um amor.
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ೃ⁀➷𝒮𝒾𝑒𝓃𝓃𝒶'𝓈𝓂𝒾𝓃𝒹
Eu acredito que pelo menos metade da população mundial já tenha se imaginado de vestido branco alguma vez.
Nós estamos prontas, com o véu para frente e o nosso pai ao lado, nervoso ao entregar seu presente à outra pessoa.
E essa pessoa seria sua. Você olha em seus olhos e enxerga tudo o que farão juntas. Você vê seus defeitos perfeitos, suas qualidades, seus medos, mas acima de tudo, você vê o amor da pessoa por você.
Mas, naquele momento, nada daquilo era assim.
Eu não estava totalmente arrumada. Meu pai mal esperava a hora de me entregar para Dash que com certeza, em meio a todas as suas mais incríveis qualidades e mais perfeitos desejos, não era para mim.
Entretanto, se tem uma coisa que a vida me ensinou nesse último ano, é que nada sai do nosso jeito.
Demorei exatos cinco minutos no banheiro com as mãos apoiadas nas bordas da pia ao ficar pronta. Começava a suar como uma porca, e não queria que isso estragasse minha aparência.
Me dando um susto, ouvi batidas apressadas na porta.
— Sienna, vamos. Voce já precisa ficar no portão com o seu pai. — minha tia falou com sua voz incrivelmente irritante.
— Já estou indo — disse ao abrir a porta de uma maneira tão brusca que a fez recuar.
Tive que passar por alguns corredores dos fundos da igreja até encontrar a sala onde os homens se arrumavam.
Ouvi uma voz e, mesmo que Dash devesse estar já no altar nesse exato momento, sabia que era sua.
— Eu já disse para você que não sei como isso aconteceu! — a voz grossa de meu pai falou, e pude espiar sua silhueta andando pelo quarto. — Você tem certeza que ele vem?
— Quase cem por cento. — Dash respondeu. — Olha, se ele vier, isso acabou. Isso não pode acabar.
— Você sabe que não é só você que tem as coisas em jogo.
O loiro suspirou, passando a mão pela cabeça.
— Eu não sei como descobriram — papai disse. — Mandei o endereço alterado para eles.
— Não acredito nisso. — ele falou, mexendo em uma caixa pequena. — Ela não pode ver ele. Vai estar tudo acabado para mim.
Minha cabeça começou a doer, tentando desvendar o que quer que isso fosse.
Não demorou muito para que eles saíssem do quarto, me obrigando a me esconder atrás das decorações dos outros casamentos seguintes.
Algo em mim dizia que eu devia entender aquela conversa, como se um alerta estivesse ligado.
