Capítulo 2: A garota, um gato e meu professor de história

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Após alguns minutos caminhando cheguei à porta da biblioteca ela era bem grande tinha aquele design grego com pilares brancos e uma enorme porta de vidro, lá dentro era bem iluminado e havia muitas mesas de madeira marrom com cadeiras para se sentar e ler, não tive problema com a devolução dos livros, pois a senhora Dott era bem gentil e sabia que eu sempre devolvia os livros em tempo, então resolvi dar uma olhada na sessão de mistérios para pegar algo para as férias, ao virar em uma das estantes de livros me deparo com o senhor Jones sentado em um canto de uma mesa com um livro "o médico e o monstro" dizia na capa, assim que os seus olhos me viram ele o fechou e veio em minha direção me cumprimentando com uma palmadinha nas costas.

— Olá Henry meu garoto! — disse em tom baixo devido ao lugar

— Olá senhor Jones, achei que estaria aproveitando as férias hoje-tentei manter o tom baixo.

— Ah! Mas eu estou, sabe como eu amo um bom livro.

Ele me olhou de cima a baixo encarou meu colar e fez uma cara como se estivesse pensando em algo, mas logo continuou a falar

— Aliás, eu tenho um muito bom comigo, está ali na escola gostaria de vir buscar comigo?

Como eu não tinha planos para antes de anoitecer acabei aceitando, a escola ficava a uns 15 minutos da biblioteca, a rua estava muito movimentada e o senhor Jones parecia um pouco descontente enquanto observada as muitas pessoas andando em todas as direções, passamos por alguns lugares e nos distraímos observando o movimento na cidade.

Chegando na escola entramos pelo portão da diretoria, eram quase meio-dia então supus que alguns professores estivessem almoçando ou coisa do tipo, pois não havia nenhum deles ali, até chegarmos na sala dos professores onde sentada à longa mesa quadrada dos professores estava a senhora Teresa. Teresa era minha professora de matemática e por mais que eu fosse péssimo na matéria ela era uma boa professora, embora muito brava tinha uns 50 anos e um longo cabelo preto e uma pinta na ponta do nariz a pele era bem branca quase pálida usava óculos redondos e grosso com uma camisa branca de botões e uma longa saia roxa que cobriam até os pés, eu tenho certeza de que ela deveria ter sido muito linda quando mais jovem

— Ora! O que você está fazendo aqui senhor Aznik? — disse ela me olhando por cima dos óculos redondos.

— Ah! Eu o convidei aqui apenas para pegar um livro Teresa, não precisa ralhar com o menino-disse o senhor Jones com um tom amigável.

Ela coçou a cabeça levemente e se levantou da mesa dos professores.

— Tudo bem então! Está na minha hora de almoço já terminamos de fechar as notas e alguns professores foram para casa começar as férias, devo voltar em cerca de uma hora, Jones tranque tudo quando sair

Jones foi até a sua mochila que estava no canto da sala ao fundo e mexendo nela retirou um livro sobre folclore europeu e foleou algumas páginas como se procurasse algo até parar e coloca o livro sobre a mesa e me fazendo um gesto para ler, dizia o seguinte

"Ogros: Ogro ou ogre é uma criatura mitológica do folclore europeu. Quase sempre, é retratado como um gigante de aparência grotesca e ameaçadora, que se alimenta de carne humana. A palavra ogro vem do latim orcus que significa inferno. Eles vivem invadindo, saqueando e matando por comida e prazer. Um espécime adulto padrão tem entre 2,70 e 3 metros de altura e pesa aproximadamente 500 quilos. Temperamento Furioso. Os ogros são notórios por seus temperamentos voláteis, que se inflam com a menor percepção de ofensa."

Embaixo do texto havia a figura de um monstro verde e musculoso, cabelos loiros e unhas enormes, usava um colar de dentes afiados e um tacape de madeira na mão direito e tinha cara de poucos amigos, ou melhor, de quem devorava os amigos

O espírito da AguaOnde histórias criam vida. Descubra agora