Yuri Novel -Capítulo 11

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Depois da cena que vira Dani só pensava em sair daquela situação, pensava o quanto se enganara com Luiza, agora entendia quando disse "Não tem nada a ver você me dar explicações". Realmente não tinha mesmo, Luz já estava em outra, tão rápido quanto pode, ela pensara erroneamente que ferira o coração de seu amor, mas na verdade seu coração é que fora ferido.

Daniela correu até o estacionamento só parou uns instantes para tomar fôlego, assim que encostou na moto BMR R1200 ST. Foi quando lágrimas silenciosas caíram pela sua face delicada. Dani nunca fora de chorar, todavia a frustração, a tristeza e a vergonha a derrubara naquela noite fria.

A jovem motoqueira saiu dali para um caminho sem destino, não queria ir para lugar nenhum, escolheu ruas aleatórias, correndo pela cidade tentando deixar a tristeza para trás, acelerando mais e mais. O vento chegava a gelar os braços nus. As lágrimas já não eram mais visíveis, pois o vento gélido as secou sem demora. Dani não colocara o capacete, que se dane pensou ela, que se danem tudo e todos!!

Foi quando correndo por uma avenida, onde avistou um chafariz enorme bem no centro daquela praça deserta, ela então parou a moto e sem demora correu para perto da bela fonte. Dani adorava chafarizes, achava-os maravilhosos, o movimento da água, o barulho que acalmava sempre seus nervos a encantava não importava o momento. A jovem de cabelos negros respirou fundo o ar dali que parecia mais limpo e reconfortante.

As estrelas,como sempre, brilhavam no céu e ela Daniela como sempre sofria a dor do amor, a dor da rejeição... Chegou a rir de sua vida estúpida de sua péssima sorte no campo do amor. Pensou que tudo se resolveria se gostasse de garotos, eles sempre se apaixonavam por ela, seria tão mais fácil pensou. Poder amar Daniel assim como ele a amava. Não existia nenhum casal de amigos mais entrosados do que eles, do tipo que é para a vida toda, mesmo depois do que houve nada de pior poderia destruir a relação deles, que apesar de tudo era forte e resistente. Como seria fácil, como seria bom amá-lo! Abraçou-se tentando em vão aquecer-se.

Dani que aquele momento estava sentada na beirada do chafariz escorregou para o chão, se encolhendo e chorando agora pra valer. Com o celular desligado ninguém pode manter contato, nem sua mãe histérica e famosa, nem ninguém que valesse a pena ouvir. A noite se arrastou silenciosa aos embalos do choro sofrido de Daniela. E então sem perceber alguém veio em sua direção e se prostrou em sua frente, Dani só pode ver os sapatos, um tênis da marca Nike.

Foi quando Daniel entrou em seu campo de visão agachando-se junto à amiga. Com um ar aliviado tocou-a com a mão quente e disse:

-Até que enfim eu te encontrei garota. Sua mãe está louca atrás de você, sabe que horas são?

Ela nem se moveu, fingindo que ele não existia.

-Tá legal, ainda não me perdoou... Vou ligar para sua mãe então?

Ele apertou o botão de ligar depois de selecionar o nome na agenda do celular e a jovem ainda ressentida não fez menção em se mexer. Dani podia ouvir os gritos histéricos da mãe feliz e irada ao mesmo tempo ao ouvir a boa nova.

Passaram-se vinte minutos até a mãe de Dani aparecer, vinte minutos esses silenciosos. Daniel queria dizer algo bonito que a fizesse ficar bem, mas ele não era um poeta, nem um sábio por isso apenas ficou ali plantado com as mãos nos bolsos encostado naquele chafariz, que para seu azar o molhava com o chafariz. Quando a mãe de Dani surgiu no horizonte, acenava e gritava escandalosamente no meio da noite eliminada pelos postes de luminárias ovais. Mesmo de salto altíssimo correu rapidamente até a filha, e com seu batom vermelho deixou várias marcas na testa da filha. De repente como nunca fizera antes, Daniela abraçou forte sua fútil mãe que retribuiu abraçando-a ainda mais forte contra o peito de silicone.

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