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  — Seungmin, acorda.  — Balancei o corpo do garoto ao meu lado. Não estava conseguindo dormir, e diferente de mim, Kim dormia feito pedra e roncava feito um trator.

Estava sonhando com HyunJin novamente, mas desta vez não houve sexo, apenas carícias que deixa com frio na barriga. Eu estava gostando de seus toques, do seu sorriso enquanto os fazia e de sua respiração quente batendo contra meu rosto.

Para que existe a carência?

Exatamente para te fazer duvidar do que realmente você quer. Eu não quero ter relacionamento cedo, mas imaginar coisas desde tipo não ajuda. Querer ser o centro do mundo de alguém é de derreter o coração, uma pena existir apenas em livros e seriados.

Tomei um susto com o tapa de Seungmin em meu rosto, o olhei rapidamente e o vi mexer seu corpo sem parar. Sua bunda ficou empinada para mim.

  — Seungmin, pelo amor de Deus. — Devolvi o susto chutando-o da cama e ele acordou resmungando.

  — O que você tem? — Kim volta para a cama limpando seus olhos, o rostinho fofo meio amassado pelo sono. — Sentiu alguma pontada no ânus? Quer que eu faça massagem?

  — Quero que me leve à um lugar.

  — São duas da manhã, Jeongin.

  — Preciso ir na loja de conveniência do B.J. — Minha fala o fez despertar e o mais velho balançou a cabeça negando. — É algo importante.

  — Você sabe que não gosto daquele cara.

  —  Pelo menos me deixe próximo do local, depois você volta para cá. Hyuuuung. —  Pedi manhoso. O mais velho sente arrepios só ao ver B.J, pois sempre foi apaixonado pelo meu melhor amigo. — Por favor.

  — Se forçar mais vai acabar defecando na cama. — Bufou irritado, dando-se por vencido.

Vesti algo mais quente enquanto Seungmin ligava seu carro. Tranquei a casa me certificando que não havia riscos de invasão e pulei no carro de Kim. Ele dirigiu até o começo da estrada onde estacionou, o resto eu teria de ir a pé.

  — Irei te esperar. — Seungmin avisou.

Continuei o trajeto na estrada até avistar a loja de B.J. Senti calafrios pela loucura de estar num lugar tão silencioso e iluminado apenas por alguns postes.

É a única loja aberta vinte e quatro horas, me pergunto se B.J não sabe o que é dormir.

  — Jaebeom! — Toquei a campanhia da bancada sentindo um dejavu tenebroso. Saí do local e fui para os fundos onde ele costuma fumar. — Jae... — Meu corpo caiu com um impacto que senti em minhas costas.

  —  Não é hora de criança estar aqui. —  A voz que ouvi me deixou ofegante de medo, de alguma forma, eu já havia escutado-a. Virei-me para ver quem era o dono, porém foi inútil lembrar dele. —  Ora, ora. Então você está vivo?

  — Nos conhecemos?

  — Me sinto ofendido por não lembrar de mim, mas irei perdoá-lo porque sei a razão. — O encaracolado sorriu. — Hiro apenas apagou algumas lembranças suas, me pergunto qual seria o motivo.

CORAÇÃO VALENTE | hyuninWhere stories live. Discover now