15.

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🇧🇷

Diana Pereira

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Levanto às 5:00 da manhã para minha corrida matinal da ansiedade, ou melhor, caminhada matinal da ansiedade. Sempre que estou ansiosa com algo me levanto e saio para caminhar.

Visto minha calça legging preta, minha camiseta dry fit, meu casaco — pois o outono em Madrid chegou — e meu tênis. Pego meu fone de ouvido e meu celular, já abrindo na playlist aleatória do spotify.

Saio de casa e começo a caminhar pela rua do meu prédio, então, decido ir para a cafeteria mais próxima, o que vai levar mais ou menos uma hora e meia, pois é preciso passar pelo parque para chegar até lá.

30 minutos depois e eu chego na entrada do parque, já cansada, espero eu chegar perto de uma fonte e sento na borda da mesma, buscando fôlego.

Sinto uma mão apertar meu ombro, por puro reflexo, me viro bruscamente e dou um soco em que fez isso.

— Aí. — geme de dor, caindo no chão e levando a mão ao nariz. — Você. Meu nariz. Aí.

Jonas.

— Ai meu Deus. — digo, pausadamente e levo minhas mãos a minha boca vendo o sangue jorrar do nariz do rapaz.

Me agacho, ajudando-o a levantar e tiro meu casaco para estacar o sangue que jorra do seu nariz.

— Obrigado. — responde, meio abafado pelo meu casaco cobrir metade do seu rosto.

— Vamos para uma cafeteria aqui perto, lá nós cuidamos do seu nariz. — falei, tentando transparecer calma nas minhas palavras, mas internamente eu estava surtando. Jonas assentiu lentamente, mas quando deu o primeiro passo, cambaleou. — Consegue andar até lá? — o rapaz negou com a cabeça.

Peguei um de seus braços e o levei o mais rápido possivel para a cafeteria.

Passando pela porta da mesma, puxei Jonas até o banheiro e tirei o casaco do seu rosto, vendo que seu nariz não sangrava mais, porém, o seu rosto e roupa estavam ensanguentados.

Encostei Jonas na pia do banheiro, peguei o rolo de papel higiênico, enrolei em minhas mãos e molhei um pouquinho. Depois passei por todo seu rosto, várias vezes.

Metade do papel higiênico já tinha ido embora. Enrolei minha mão no mesmo pela última vez, só para secar o rosto do rapaz que já estava quase que completamente limpo, só suas roupas que ainda estavam um pouco sujas, mas elas eram pretas então mal dava para ver.

— Pronto. — taquei o último papel usado na montanha da pia.

— Obrigado. — respondeu, colocando suas mãos na minha cintura.

— De nada. — tirei elas do local e me afastei. — Já que estamos aqui, podemos tomar café da manhã. O que acha? — perguntei.

— Pode ser, vou pedir um saco pra guardar isso aqui. — disse, se referindo ao meu casaco ensanguentado. Assenti.

— Beleza, só vou limpar isso aqui. — apontei para a montanha de papeis ensanguentados. — e já vou. Jonas assentiu e saiu do cômodo.

𝐻𝑜𝑤 𝑌𝑜𝑢 𝐺𝑒𝑡 𝑇ℎ𝑒 𝐺𝑖𝑟𝑙, 𝐽𝑢𝑑𝑒 𝐵𝑒𝑙𝑙𝑖𝑛𝑔ℎ𝑎𝑚.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora