9° | Can't Do Better

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No, I can't leave
No, It's not a possibility
Oh, you can't do better

—Kim Petras

Posso dizer que o sonho mexeu comigo

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Posso dizer que o sonho mexeu comigo. Posso dizer que, mexeu tanto, que nem os assuntos depreciativos conseguiram me tirar do foco, que eram os olhos de William e a sua boca carnuda. Posso dizer que meu coração estava sobressaltando, depois que eu arrumei fôlego para dizer o que eu queria.

Ele me encorajava.

Eu não sabia porque, mas, quando ele estava por perto, eu consigo fazer coisas que eu, normalmente, me restringiria.

Afinal, não havia vergonha em estar perto de Will. Receio, com certeza. Incertezas, um monte. Mas... vergonha não.

Ele já tinha uma das piores reputações que existiam, e não poderia me julgar, por fazer aquilo que eu sentia vontade. Ele não poderia me julgar, por apertar o braço dele com a minha mão esquerda, e encarar aqueles olhos profundos, enquanto o meu coração saltava.

—O que quer com isso? -ele questionou, e a sua voz era tão profunda, que era capaz de me fazer tremer.

O que eu queria com aquela frase? O que eu queria, desde o segundo em que o chamei para me assombrar? O que eu queria, desde que eu era adolescente, e ouvia o meu pai bufar sobre um garoto perturbado, irmão de uma das suas futuras clientes...

Um pouco de aventura. Ser um pouco errada. Me entregar para um sentimento que eu não deveria ter. Para um desejo que eu deveria conter.

Eu queria ter ele em minha banheira, como em meu sonho. Queria ter ele.

Um homem que poderia me entregar mais, do que os outros com quem estive. Um homem que mexia comigo. O... fantasma de algumas noites, que me colocou para dormir, da última vez, e foi tão gentil, que me fez arfar.

Will deu um passo. Eu não conseguia parar de olhar para o homem. Eu não conseguia me desvencilhar, então, acabei deslizando para o quarto do meu pai, junto a alguém que ele jamais aprovaria.

—O que você quer comigo? -ele sussurrou, bem em meu ouvido, quando me agarrou para si- Sou eu quem te pergunto, agora, Grace.

Ele não soube responder, quando a pergunta lhe foi feita. Mas eu sabia. No fundo da minha alma, aquilo era claro, como a luz do dia...

—Fazer algo... errado.

Will, que antes não exercia nenhum toque sob o meu corpo, apertou os meus quadris contra ele. E, naqueles instantes, nossos olhares se conectaram, tal qual nossas respirações. Ele também estava arfando. Não era apenas eu quem conseguia me impressionar com facilidade.

Uma das suas mãos passou levemente pela parte interna da minha coxa, quando ele me pressionou, na beirada da cama do meu pai. Uma pulsação me atingiu, bem no centro...

Desejo Cruel (+18)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant