não somos os únicos

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O grupo se levanta animado - a adrenalina de seguir em frente, atravessar o riacho, alimentar-se, aquela sensação de que se perderia alguma coisa se ficassem parados. Mas, ainda sem a experiência de caminhantes naturais, a mudança de paisagem é desafiadora.

Elizabeth continua a pressionar

—queria ser o primeiro. agora pare de enrolar.— Mas mesmo com o incentivo, a atitude de Finn continua hesitante e indecisa.

—Já que é assim, vamos lá!— diz Jasper, tentando animar o parceiro. —.segure- se até o apogeu e ficará bem— Os dois se olham, um segurando a pulga atrás da orelha e o outro tentando proporcionar a melhor atitude possível.

—Ah tá, apogeu, tipo... essas coisas de índios, né?—Finn, meio perplexo com o termo, pergunta.

—Não, não! É apogeu, com U final!—Jasper, paciente, corrige.

—É tipo o cume de uma montanha?—O outro fica confuso

Dessa vez é a vez de Jasper ficar confuso, enquanto tenta explicar.

—Pô, mano, é mais sobre... alcançar o auge, chegar no ponto mais alto, o momento mais crítico!

—Ah sim, sim! Então é tipo o cume da montanha mesmo, só que pra qualquer coisa!—E Finn diz, com um sorriso meio tonto.

—vocês vão ficar de papinho furado mesmo— Elizabeth cruza os braços.

Quando a escutam, os dois caras param a brincadeira e ficam sérios.

—Aí, foi mal, a gente deixou a piada fugir um pouco de controle—Jasper, meio sério, responde.

—Eu sei que vocês são os melhores, mas não deixa o foco escapar, hein!—. Clarke, na sua postura, fica também sem paciência. Finn faz aquela careta.

Jasper mostra todo o seu empenho pedindo para finn deixar ele ser o primeiro, tentando se colocar em destaque diante do grupo.

—sabia que tinha um casca grossa dentro de você.— Finn diz e dá dois tapinhas no peito do amigo.

Quando o cipó sai das mãos de Finn e vai para as de Jasper, a tensão do momento fica no ar. Clarke dá um apoio. Jasper dá um grito de bravata.

—Ah, quem é que é o casca grossa aqui! Vou fazer essa passagem como ninguém viu antes!— Octávia, também ali, dá um sorriso e deseja sorte.

seguido por risadas aliviadas. Jasper, montado na corda, grita.

—ISSO MESMO, AQUI É APOGEU!

Jasper levanta a placa e comemora, mas a comemoração vem a calhar. Uma lança, saindo de não se sabe onde, atravessa seu peito de lado a lado, projetando-o para trás e obrigando a equipe a entrar em pânico. Octavia, com a boca aberta de choque, vê Jasper, sem reação, tombar no chão.

A escolha era desesperadora e a situação, caótica. A respiração toda mundo ficava ofegante e todos tentavam correr na direção oposta de Jasper, tentando fugir do perigo, mas o pânico parecia ser o único plano. A situação ficou tensa e nenhum deles parecia saber o que fazer. Era um jogo difícil.

Monty, cai no chão soprando forte, com dificuldade de recuperar o fôlego. Ele tenta se levantar, mas o corpo está tão fraco que ele mal consegue se manter direito. Elizabeth o ajuda, colocando a mão no ombro dele.

Os ossos eram nítidos na terra, estavam ali há muito tempo e, mesmo os jovens se sentindo sobrecarregados de choque, esperavam estar delirando. Mas não, os ossos eram verdadeiros e não deixavam dúvidas de que eles não estavam sozinhos. Como se a tragédia que aconteceu com Jasper não fosse o suficiente, a descoberta dos ossos parecia uma ameaça. Eles tinham de se mover rápido.

radioactive love - bellamy blakeWhere stories live. Discover now