Mon Doux Renard | Wolfstar

02 • emmène-moi là-bas

02. emmène-moi là-bas.

Assim que saíram o ômega começou a correr.

Ele pode até não ser grande e forte, mas ele é rápido.

O ômega ouviu o rosnado do alfa, mas não parou, continuando a correr o mais rápido possível.

Depois do rio ele daria um jeito de despistar o alfa.

Sirius correu o máximo que pode, mas logo sentiu a pata do alfa bater na sua pata traseira e saiu rolando.

Quando ele parou o lobo se pôs em cima do ômega mostrando os dentes de forma ameaçadora.

"Não fuja", rosnou contra o rosto da raposa e Sirius choramingou.

"Não rosne pra mim", falou bravo.

"Não precisa ser meu companheiro ainda, se aceitar vou te cortejar, mas minha mãe foi uma ômega sem alfa e isso é difícil, me deixe cuidar de vocês", grunhiu e Sirius piscou os olhinhos cinzas brilhantes.

"Não pode reinvindicar um ômega que não conhece e esperar que ele aceite", grunhiu de volta.

"Estou tentando ajudar, você é pequeno demais, seu filhote é alfa, uma hora ele vai precisar comer mais do que você vai conseguir caçar", falou e Sirius choramingou, não quer pensar em não conseguir cuidar do seu filhote.

"Não preciso de um alfa pra cuidar do meu filhote", falou bravo e o alfa farejou o rostinho do ômega.

"Você cheira bem", falou e Sirius ronronou.

"Não deixei que me cheirasse", falou, mas não tentou se mexer.

"Desculpe, ômega", falou se afastando com o rabo entre as pernas. "Vai deixar eu ajudar vocês?" perguntou e Sirius bufou, se estivesse na sua forma humana estaria fazendo biquinho.

Apesar dos pesares o alfa tinha razão, seu filhote precisa de um alfa.

"Ajudar, iremos embora em breve e não diga que é nosso alfa", falou e o alfa assentiu.

"Como quiser acreditar, ômega", falou saindo de cima do ômega.

Sirius saiu na frente guiando o alfa.

Isso era uma completa loucura, ele estava mesmo levando um alfa estranho e ainda por cima um lobo para sua toca, para onde seu filhote estava, era estúpido.

"Consigo sentir sua angústia, não vou machucar você ou o filhote, meu alfa quer protegê-los", falou e Sirius o olhou de canto.

Eles fizeram o resto do caminho em silêncio, Sirius pensou em correr, mas não parecia muito inteligente.

Eles poderiam fugir se o alfa fizesse algo, parecia uma boa decisão, o alfa não cheirava a maldade e intenções ruins, mas Sirius ficaria cauteloso.

"Qual seu nome?", questionou depois de um tempo. "Não lembro se já se apresentou", falou e o alfa o olhou com tédio.

"Pra que quer saber meu nome?", perguntou e Sirius o olhou indignado.

"São coisas básicas, eu te disse meu nome e agora você me diz o seu", falou e o alfa revirou os olhos passando na frente do ômega.

Esse estúpido nem sabe para onde eles estão indo, troglodita.

Sirius rosnou pulando no alfa que bufou se chacoalhando.

Sirius mordeu as costas do lobo que rosnou jogando a raposa longe.

"Que porra foi essa?", rosnou olhando para a bolinha de pelos vermelhos estirada no chão.