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MILLENA

acordo mais cedo do que o normal após Giullia insistir que a gente fosse juntas hoje, e o que ela me pede sorriso que eu não faço chorando? Chorando mesmo maior sacrifício pra mim.

Minha mãe me olha de cima a baixo, 6:30 eu acordada é estranho mesmo.

— que milagre é esse que levantou essa hora, Luiza?

— Giullia quer que eu vá junto com ela.

— então come logo que ela jájá chega por aí e tu sabe o quanto ela é apressada.

Isso é um fato. Pra acordar é uma negação que nem eu, mas quando acorda é um pique que eu não tenho nem um pouco e ainda fica perturbando a vida dos outros. Me manda mensagem pra saber se já saí de casa e por aí vai...

Termino de me arrumar e já aviso a ela.

— milagre dos fortes aconteceu pra Millena ter acordado uma hora dessas. Foi pesadelo, filha? — meu pai acorda

— não, Eldon, uma amiga dela falou pra irem juntas hoje.

— milagre tem nome então...

Termino o café e pego a mochila me despedindo dos meus pais.

— até mais tarde, beijo.

.....

Eu e a Giullia conseguimos chegar atrasadas e surpreendentemente a culpa não foi minha. Assim que chegamos fomos direto nos nossos armários para ver as aulas de hoje e pegar os livros.

— que isso, que isso, gente? — fala com um papel na mal

— sei lá, mas no meu também tem — falo encarando ela com um olhar confuso

Li do que se tratava e vi que era uma festa de Halloween da sem sal lá.

A dias que estava rolando burburinhos sobre essa tal festa fantasia da Larissa, a famosa marmitex da escola mas é claro que nem todo mundo sabia, tipo o crush supremo da Giullia que é o corninho do Daniel.

— mas é claro que ela iria nos chamar, aquela faz de tudo pra ter a atenção de todos. — diz

— eu não perco essa festa por nada, vai ser foda.

— não queria ir não, né, mas já que tu vai... — da de ombros

Ainda bem que ela sabe que não tem escolha.

Fomos andando pelo corredor e cada pessoa que passava estava com o bem dito papelzinho na mão, isso vai é lotar viu? Sei nem se ela vai ter espaço para abrigar tenta gente, vai ser uma esparramado pelo sofá, outro no quarto, cozinha.... Tem que ter coragem.

Até eu ver Eduardo com o convite na mão também.

— cara, do nada fiquei animada pra festa — falo fazendo uma dançinha do lado dela — tô sentindo que vai dar o que falar.

— tu é sonsa, não é? Só porquê viu o menino ali. — balança a cabeça em negação — e gosta de uma treta.

— claro, não tendo eu no meio eu amo. — falo debochando — em contar que vai ter uns gatinhos lá. — pisco

— tu não tá pegando nem gripe, garota

— mentira que semana passada fiquei gripadona, já começa por aí.

— mas realmente, eu sei que tu tá cheia dos contatinhos. E eu reparei ontem no condomínio o Eduardo olhando pra tu, o Daniel que parecia fugir da cruz.

— que lusa! — exclamo rindo

— não tô mentindo não, oh maluca.

— nem pra me contar na hora, pô. — dou um tapa nela

— claro que não, você já não queria arredar o pé dali, imagina se te contasse? Nem tinha como.

— agora, esse papo de que Daniel tava fugindo do teu olhar é um caroço no angu. Ele claramente só não te olhou porque sabe que você é uma gostosa e tem rabo preso com a pirua da Larissa.

E hablo sem medo. Ele tem respeito a namorada mas não é só isso, ela é possessiva maluca, papo de não deixar o menino respirar perto de outra pessoa na rua.

O SOL E A LUAWhere stories live. Discover now