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MILLENA

Hoje é o dia da tão falando festa fantasia da Larissa.

Sendo bem sincera eu não gosto dela. O motivo é que desde sempre ela é oferecida, metida e acha que o mundo gira em torno da bunda cheia de celulites dela. Ou seja, por isso me sinto no direito de odiá-la e fazer a Giullia odiar também, o que não precisa de muito já que ela é namorada do Daniel.

E a cobrinha da amiga dela não é diferente, sempre se oferecendo pro Eduardo. Não que eu me importo, longe disso, sou mais eu sem contar que brigar por macho pega feio.

Essa festa vai dar o que falar.

Minha irmã coloca umas músicas na televisão do nosso quarto e eu continuo deitada querendo colar a cama nas costas para onde eu for eles irem junto.

Maria Vitória sai do banheiro de biquíni com o Sol que estava estralando lá fora e eu enrolada na coberta por causa do ar-condicionado e ventilador ligados ao mesmo tempo, nem parece que essa família é assalariada e paga luz.

— mulher, Sol lá fora e tu aí dormindo? A piscina deve tá gelada a beça esperando a gente, por Deus.

— oh, cara, tá bom viu? Vou tomar banho e te encontro lá, agora vaza.

— Deus me proteja dessa tua ignorância, visse? — passa pela porta

Eu me jogo na cama de novo e bufo vendo que não conseguiria dormir de novo.

Tomo um banho rápido e desço vendo os meus pais ajeitando as coisas para fazer um churrasco e bem que esse tempo estava pedindo.

— pensei que tu ia ficar dormindo com um tempo desses, ia te acordar na baldada. — painho fala

— se dependesse de mim estaria lá até agora, mas Maria Vitória fica ouvindo esses brega dela na televisão nem se importando com quem está dormindo, aí eu tive que levantar.

— claro, Sol desses a preguiça vai embora rapidinho. Eu, teu pai e tua irmã não somos tão preguiçosos assim não vou te levar numa benzedeira. — minha mãe exagera negando

Saio dali e vou pra área da piscina. Vitória parecendo uma estrela do mar jogada na água e ouvindo música de novo, ninguém merece não minha gente.

Entro na água e ela percebe a minha presença nem se abalando.

.....

vim pra casa de Giullia para se arrumar juntas e até que tô animadinha com isso. Minha irmã ficou de encontrar com a gente lá, estávamos nos maquiando e na verdade eu estava tenrando porque sou uma negação nisso.

— cara, nossa fantasia tá pica — fala fazendo a maquiagem dela

Era uma saia tule rosa com glitter e um top branco bem básico e um tênis com a tiara muito princess que a gente tinha comprado, e tudo igualzinho.

— super combina com a gente. Perguntinha básica, tu vai beijar nessa festa, dona Giullia?

— pretendo, só não sei se vai acontecer.

— linda desse jeito? Só não te pego pq sou hetero — pisco pra ela

— eita porra, esse papo tá meio estranho. — para de passar o pó e me encara

— deixa disso, estranho é o fato de tu ser linda pra caralho e não aceitar isso.

— relação de amodeio com esse teu lado. Esse é meu papel na relação, o seu é ser preguiçosa, irresponsável, linguaruda e negativa..

— teu rabo, termina logo essa maquiagem.

E disso pra pior, nossa amizade é a base da humilhação mas tem raros momentos fofos. Até a gente terminar de se arrumar imagina o tanto que batemos boca, tu perde as contas de como a gente sai de um momento amoroso prum de ódio em dois minutos.

O SOL E A LUAOnde histórias criam vida. Descubra agora