Leo estava completamente ensopado de sangue, mas mesmo assim ele deu um sorriso e foi em direção à Maia. Ele disse baixinho para ela "desculpa" e então a beijou. O que era pra ser um beijo rápido e provocativo, acabou se tornando um beijo demorado e intenso, que só acabou porque Matheus deu outro soco em Leo.
- Você está bem? - ele perguntou para Maia que estava um pouco confusa. Ela olhou para Leo que estava olhando para ela sem fôlego. Ela precisou correr de volta para seu quarto, antes que o impulso dela de se jogar em cima de Leo e o beijar, a traísse.
Ela escorregou lentamente até o chão depois que fechou a porta.
Ela não sabia como fazer seu coração se acalmar. Aquele beijo tinha sido tão bom que tudo o que ela queria era beijá-lo mais uma vez. Ela se assustou quando ouviu uma batida em sua porta. Ela olhou para o relógio do celular e viu que eram três horas da manhã.
Abriu a porta e deu de cara com Leo, que estava só de calça em sua frente. Ele entrou no quarto dela apressado.
- Desculpa, mas eu preciso te beijar novamente! - ele disse rápido. Ela não esperou nem ele fechar a porta direito e já se jogou em cima dele.
Os dois ficaram se beijando até que precisaram de ar para respirar. Ele se jogou na cama dela e jogou a cabeça para trás, rindo. Ela foi lentamente até onde ele estava e ficou olhando para ele. Ele enlaçou as pernas dele ao redor dela e se sentou na cama, fazendo com que ficasse mais fácil de beijá-la.
Então ele a beijou. Ela estava tão concentrada naquele beijo que nem percebeu quando ele a deitou na cama. Ela se assustou quando percebeu o quão perigoso aquele beijo estava sendo.
- Espera. - ela disse sem ar.
Ele percebeu o que estava fazendo e se levantou rapidamente
- Desculpa. - ele disse bagunçando seu cabelo.
- Tudo bem. - ela se levantou e deu um selinho nele. - Mas agora você precisa ir embora.
- Ok. - ele deu um último beijo nela.
Maia sabia que ao ir morar naquela casa, sua vida iria se tornar um inferno e ela estava certa. Sua cabeça estava a mil. Ela estava pensando em fugir dali, mas a imagem de Leo ficava invadindo sua mente. De repente o desejo de voltar para seu apartamento não era maior do que ver Leo. Antes de dormir ela percebeu o erro que tinha cometido. Leo era um playboy e ia só brincar com ela e depois iria partir o coração dela. Mas mesmo assim ela não podia ignorar aquele sentimento que estava cada vez mais consumindo ela.
Ainda nem tinha amanhecido, mas Maia desceu as escadas e foi até o jardim. Ela estava desenhando aquele local quando ouviu passos vindo na sua direção. Era Matheus. Ela sorriu para ele.
- Bom dia. - ela disse.
Ele se sentou do lado dela, sem falar nada.
- O que foi? - ela perguntou preocupada.
Ele continuava sem dizer nada.
Lentamente, ela levou a mão dela até o rosto dele e passou delicadamente os dedos pelos machucados que estampavam o rosto dele.
- Está doendo?
Ele fez que não com a cabeça.
- Desculpa.
- Para de pedir desculpas, por favor. - ele disse com a voz rouca. - Isso não é sua culpa.
- Mas eu sinto que é. - ela disse triste. - Talvez eu deva ir embora daqui, sabe? Voltar para o meu apartamento.
- Nunca mais diga isso. - Matheus disse com raiva. - Você não pode mais fugir, entendeu?
- Eu gosto do meu apartamento. Lá é tranquilo. - ela disse pensativa. - Lá eu não preciso me incomodar em agradar alguém.
- Você não precisa agradar ninguém.
- Você sabe o quão difícil foi para mim, depois do acidente, ter que responder todas aquelas perguntas que as pessoas faziam e mentir para elas, dizendo que estava tudo bem, quando na verdade não estava? - ela disse quase chorando. - Eu precisava agradá-las de alguma forma para que elas parassem de me perturbar.
- Você já pensou que essas pessoas talvez só quisessem o seu bem? Se você tivesse dito que não estava bem, talvez elas pudessem ajudar você.
- Ninguém pode me ajudar! - ela disse com a voz rouca, quase em prantos.
- Você não sabe disso, não é? - Matheus pegou a mão esquerda de Maia. - Se você tivesse dito o que sentia desde o começo, não precisaria se esconder no seu apartamento ou embaixo de um capuz. - ele apontou para o capuz vermelho que Maia estava usando, o que ele havia dado para ela.
- É difícil. - ela disse.
- Tente. - ele enxugou a lágrima que escapou do olho dela. - Tente me dizer como você se sente e eu vou tentar te salvar.
- Eu não posso ser salva. - ela disse desesperada.
- Maia. - ele abriu um sorriso. - A alguns dia atrás você mal saia daquele sótão e mal falava alguma coisa e olhe só para você agora... Você precisa acreditar em mim e me deixar salvar você.
- E se você não consegui? - ela olhou bem no fundo dos olhos deles.
- Eu vou. - ele disse confiante.
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Amor Fati - Um Amor Inevitável
العاطفية"Maia estava tendo um pesadelo. Nele ela tentava subir para superfície, mas havia algo – ou alguém - que a segurava e cada vez mais ela ficava sem ar. Lentamente, ela sentia a morte cada vez mais perto. Ela queria gritar por socorro, mas para o maio...