- Você viu para onde ela foi? – Leo perguntou.
- Naquela direção. – Luquinha apontou para onde ela tinha ido, confuso.
Maia se deitou no chão e ficou tentando tirar a imagem daqueles garotos da sua cabeça. Ela queria tanto voltar para o seu apartamento.
Leo, Matheus e Luquinha observaram ela ali deitada e ficaram receosos em interromperem os pensamentos dela. Foi Luquinha que tomou a iniciativa e se deitou do lado dela.
- Oi. – ele disse.
- Oi. – ela disse assustada.
- Você... – ele respirou fundo. – Você não sente falta de ser como antigamente? Como você costumava ser antes?
- Eu não gosto de falar sobre isso, desculpa. – ela disse triste.
- Desculpa tocar no assunto. – Luquinha disse triste.
- Tudo bem. – Maia se sentou. – Eu só não gosto de lembrar, sabe? Se eu me lembrar como eu era, eu vou ter que me lembrar do que aconteceu e é simplesmente muito difícil para eu lembrar.
Luquinha, Leo e Matheus ficaram surpresos porque era primeira vez que ouviam Maia falar tanto.
- Você sabe a história da chapeuzinho vermelho? – Luquinha perguntou para ela. – Você meio que me lembra ela.
Maia sorriu.
- Eu? Porque?
- Porque você está sempre escondida embaixo de seu capuz.
- Só por causa disso? – ela sorriu. – Meu capuz não é nem vermelho, se ao menos fosse vermelho, tudo bem, mas você é meio louquinho, sabe?
Luquinha sorriu. Ele tinha conseguido conversar, normalmente, com Maia, sem que ela fugisse.
- Talvez eu seja. – ele disse. – Mas me diga, porque você estava fugindo?
Maia ficou sem jeito. Foi quando Leo interrompeu a conversa.
- Ora Luquinha, você não pode fazer perguntas bobas assim para uma garota tão linda. – Ele piscou para Maia o que a fez abaixar a cabeça novamente, envergonhada.
- Desculpa. – Luquinha disse.
Matheus estava encarando Maia quando ela notou a presença dele. Havia algo nele que a incomodava, ele estava sempre a encarando, ela se perguntava se ele a odiava.
- Você quer ficar sozinha? – Matheus perguntou para ela, a deixando confusa.
Ela queria dizer que sim, mas ela apenas se levantou.
- É a casa de vocês, eu não posso simplesmente expulsá-los, só porque eu quero ficar sozinha.
- Não seja boba. – Leo ficou na frente dela, a impedindo de sair de lá. – Não tem problemas se você quiser ficar sozinha.
Ela olhou bem no fundo dos olhos dele e era como se ele estivesse pedindo desculpas para ela por ter a assustado.
Mesmo depois que eles foram embora, Maia ainda não conseguia tirar aquele olhar de Leo da sua cabeça.
Ela adormeceu ali mesmo. Como era de costume, ela teve o mesmo pesadelo. Era sempre o mesmo desde o acidente.
Ela acordou sem fôlego e se assustou quando viu que alguém estava correndo em sua direção.
- O que aconteceu? – Leo perguntou preocupado. – Eu ouvi você gritar.
- Só foi um pesadelo. – ela disse enquanto tentava recuperar o fôlego. – Desculpa.
Ela percebeu que ele estava muito bem arrumado, como se estivesse preste a sair para algum lugar.
- Tudo bem. – ele foi até ela e estendeu o braço para que ela se levantasse e diferente da primeira vez, dessa vez ela aceitou a ajuda dele.
- Foi só um pesadelo. – ela repetiu para si mesma.
Leo não só a surpreendeu, como também se surpreendeu quando a abraçou bem forte.
- Está tudo bem. – ele disse enquanto a tinha em seus braços.
Maia ficou sem reação. Ela se sentiu protegida ali nos braços dele, tanto que dessa vez ela não queria fugir e apenas ficar nos braços dele até aquela imagem do pesadelo sair de sua cabeça, mas ela afastou ele.
Leo a segurou pelo braço, a impedindo de fugir.
- Não. – ele disse a puxando novamente para perto dele. – Não vai não, por favor.
Aquilo fez o coração de Maia disparar. Leo parecia o príncipe perfeito, mas ela estava tão assustada que fugiu novamente.
- Sinto muito. – ela disse enquanto saia correndo de lá.
Maia se trancou rapidamente em seu quarto. Ela colocou a mão no peito, tentando recuperar a consciência.
- Eu preciso sair daqui. – ela disse fechando os olhos com força.
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Amor Fati - Um Amor Inevitável
Romance"Maia estava tendo um pesadelo. Nele ela tentava subir para superfície, mas havia algo – ou alguém - que a segurava e cada vez mais ela ficava sem ar. Lentamente, ela sentia a morte cada vez mais perto. Ela queria gritar por socorro, mas para o maio...
Capitulo 4
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