FINAL ALTERNATIVO

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Henry

Annelise foi um raio de sol que iluminou minha vida. Ela apareceu quando eu mais precisava e agora estava indo embora. Quando Anne me contou que vinha do futuro, eu quase não acreditei. Se não fosse pelos seus modos, eu não iria mesmo acreditar, mas confiei nela e no seu amor.

No nosso amor!

Porque nos amamos e nossos corações batem numa mesma sintonia. E me doeu vê-la partir. Como vou viver num mundo sem a Anne agora que a conheço?

Meu coração se partiu em mil pedaços ao me despedir dela, eu não queria deixá-la, mas era preciso, pois o lugar dela não é aqui, assim como o meu não é onde ela vive. Porém, aprendi que o nosso lugar é onde o nosso coração estiver...

E o meu coração estava com ela!

Não há nada que me prenda aqui nesse século, meus pais morreram e eu não tenho família. A única coisa que tenho é o condado, mas se eu fosse embora poderia passar para um primo distante. Eu me daria uma chance de ser feliz.

Mas hoje, no dia do seu aniversário, ela estava indo embora. Para sempre!

Nunca mais irei vê-la outra vez, nunca mais...

— Adeus, minha Anne!

Saio do seu quarto sem olhar para trás porque, se fizesse isso, iria correr de volta para ela, segurá-la em meus braços e não deixá-la ir. Eu iria beijá-la e apertá-la forte contra meu corpo.

Por isso, tive rapidamente que sair daquele lugar, bati a porta e sentei no corredor encostado na porta do quarto dela, em Aubrey Hall.

Será que ela já havia partido?

Será que verdadeiramente sentirá minha falta, como eu morrerei sem ela aqui?

Não sei quanto tempo me mantive ali sentado no chão, olhando para o nada, tendo meu coração destruído pela dor da perda. Quando tomei coragem de levantar, decidi entrar pela última vez em seu quarto, a essa hora ela já devia ter sumido. Mas quando giro a maçaneta e olho para a cama, tive uma deliciosa surpresa de vê-la ali, sentada olhando para um ponto fixo no chão.

— Anne? — chamei seu nome com a voz embargada. Um bolo havia se formado em minha garganta, é mesmo a Anne aqui?

Ela olhou para mim, com seus olhinhos castanhos brilhantes e úmidos pelas lágrimas, e disse:

— Eu não consegui partir.

Aos poucos me aproximei, com medo de ela ser só uma miragem e que, se eu chegasse muito perto, sumiria. Quando cheguei até a cama, ajoelhei-me aos seus pés e segurei suas mãos.

— É mesmo você, meu amor? — apertei seus dedos delicados com os meus. — Eu não acredito.

— Não pude ir embora, Henry, eu... — disse, abaixando o tom de voz, quase sussurrando. — Não consegui deixá-lo.

Essa foi a deixa para que eu a tomasse nos braços em um abraço firme e forte. Seu pequeno corpo contra o meu, aquele cheiro delicioso de baunilha, me inebria. Sou louco por essa mulher, e fico feliz que ela tenha decidido ficar comigo.

No passado com os Bridgertons - livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora