O Vilão

Capítulo 58

- Não precisei, Helion sabia o livro que eu queria - ela disse.

Ele subiu na cama, ambas as pernas ao lado do corpo dela, enquanto se posicionava em cima da fêmea, usando os antebraços para segurar o peso de seu corpo.

Amélia o encarou, seus olhos descendo pelo rosto perfeitamente esculpido.

Lindo.

Aleksander é lindo.

Ela não estava brincando quando falou que ele é o macho mais lindo que ela já tinha visto, provavelmente todos pensavam assim.

Uma áurea sedutora emanava dele, ele é o tipo de macho que todos acham atraente.

Ela imagina quantas pessoas ele já conquistou sem saber.

E agora estava aqui, após tê-la conquistado e implorado pelo perdão dela, mesmo sendo quem é, mesmo sendo alguém acima de qualquer ser existente.

Mesmo podendo ter todos aos seus pés.

Ele escolheu ela, para amar.

- Como convenceu eles? - questionou, se inclinando para deixar um selinho casto em seus lábios.

Amélia fechou os olhos, as mãos indo para as costas largas, seus dedos passando suavemente por cada cicatriz.

Ele não ficou tenso, não mais.

Aleksander tinha mostrado seu verdadeiro eu, ele não tinha mais o que esconder dela.

Mas Amélia escondia dele, escondia que eram parceiros.

E escondia sobre o ataque, ela esperava conseguir impedir.

Ela tentaria.

- Eu menti, mas disse sobre sua magia estar em mim, por isso eles acreditaram - ela explicou - Amren está desconfiada.

- Ela não poderá fazer nada se não tiver certeza - ele diz.

- Espero que não.

Ele assentiu, franzindo o cenho.
- Encontrou algo? - questionou.

Amélia negou com a cabeça.
- Eu acabei de chegar no capítulo que fala sobre criaturas antigas e acredito que seja mais fácil encontrar algo nesse capítulo, por isso vou continuar.

- Quer que eu procure? - ele pergunta.

Ela nega.
- Não tenho nada para fazer, tudo bem - dispensa.

Ele assente, beijando-a novamente, dessa vez o beijo é mais longo e Amélia aproveita o contado de suas bocas.

Quando se afastam ele deixa outro beijo na ponta do nariz dela.
- Trago seu jantar - avisa e ela assente.

Ele se levanta, saindo do quarto e deixando a fêmea ainda com um sorriso no rosto.

Pelo caldeirão, como ela amava ele.

Amélia o amava, mais do que poderia admitir para si mesma.

Ela o amava como nunca achou que pudesse amar.

E se algo acontecer com ele...

Ela não permitiria.

Não deixaria que o atacassem, impediria antes que eles pensassem nisso, se ela conseguisse devolver o poder para ele, Aleksander não poderia mais ser preso e destruiria a adaga.

Ela se sentou na cama, encostando na cabeceira e pegando o livro novamente.

Continuaria sua leitura, até que encontrasse algo.
       
                           {...}