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Era um dia chuvoso de outono, as gotas de água batiam com força na janela, criando uma melodia que se misturava perfeitamente com as notas do violão de Izzy Stadilin. S/n, sua namorada estava deitada na cama, observando o músico enquanto soltava uma fumaça cinzenta pelo quarto bagunçado.
A mulher sentia-se cansada de estar sozinha, de passar noites em claro sentindo um vazio em seu peito. Ela admirava a destreza com que Izzy dedilhava as cordas do violão, como se cada nota tivesse um poder mágico de preencher todos os espaços vazios daquele quarto.
Com um suspiro, S/n decidiu chamar Izzy para se juntar a ela na cama. Ela sabia que a presença do músico trazia um consolo inigualável, e naquela noite ela estava faminta por esse abraço.
── Venha aqui, meu amor. ─ s/n murmurou abrindo seu braço para receber o guitarrista.
Izzy prontamente deixou o violão em um canto do quarto e foi até a cama. Os olhos do músico brilhavam intensamente ao contemplar a figura de S/n deitada na cama, com aquele cigarro em mãos. Ele se aproximou lentamente e acariciou seus cabelos, fazendo-a sentir-se amada e protegida.
Os sentimentos que nutriam um pelo outro eram tão fortes, mas ao mesmo tempo tão confusos, que eles ainda não haviam encontrado coragem para se declararem.
S/n envolveu Izzy em seus braços, suas pernas entrelaçadas, enquanto compartilhavam um carinho silencioso. Os dedos do homem traçavam caminhos invisíveis pelas costas de S/n, deixando uma trilha de arrepios por onde passava. Eles sentiam paz no meio daquela tempestade.
── Você sabe, né? Que eu farei de tudo para ter você sempre ao meu lado. ─ disse Izzy de forma tímida, rompendo o silêncio.
S/n o olhou com ternura, acariciando as bochechas do músico com suas mãos delicadas.
── Eu sei, Izzy. Eu farei de tudo também, meu amor. ─ disse a mulher sorrindo, e logo deixou um selinho longo nos lábios quentes e macios de Izzy.
O homem se sentia tao bem de conseguir falar seus sentimentos para S/n, mas mesmo assim suas canções ainda eram o único meio de expressão que conseguia encontrar, uma maneira de exteriorizar todo o amor, a saudade, a paixão e a tristeza que emolduravam sua alma.
Eles permaneceram assim, abraçados, sentindo o calor um do outro como um refúgio contra a solidão do mundo lá fora. O cheiro do cigarro e o som da chuva lá fora se misturavam, criando uma atmosfera única, como se estivessem em seu próprio universo.
──Amanhã, quando o sol nascer, vamos fugir daqui. Vamos para um lugar onde estejamos apenas nós dois, sem preocupações, sem medos. Só o seu amor e o meu violã. O que acha?. ─ sugeriu Izzy, com um brilho de esperança nos olhos.
S/n olhou para ele, seus olhos reflexivos, estava disposta a embarcar nessa aventura, a deixar para trás todas as amarras e se entregar ao amor que sentia por Izzy.
── Eu acho maravilhoso, amor. Eu quero estar com você para sempre.
Eles se beijaram calorosamente, seus lábios dançaram em sincronia, como se fosse a primeira e a última vez. As melodias do violão ecoaram pelo quarto, embalando o amor que florescia naquele momento mágico.
Enquanto a chuva lavava o mundo lá fora, Izzy e S/n se conectavam em um nível mais profundo, explorando suas almas e encontrando a plenitude que tanto ansiavam. E, naquela noite, as notas do violão e o cheiro do cigarro se tornaram a trilha sonora de um amor que era impossível de ser apagado.
