≀ ꒰ EG ꒱ ៹ ﹫chapter six, hospital ⋆◝﹆

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001 -
Então, nas horas vagas um dos nossos personagens trabalha como cupido.

002 - Não esqueçam de comentar muito.






"Hospital"

Spencer Reid


SE DEPENDESSE DE MIM, MARTINA nunca teria servido de isca para pegar o alvo, mas uma vez que ela decidia algo, era quase impossível a fazer mudar de ideia. Tudo aconteceu rápido demais e quando eu percebi, o corpo dela estava no chão e Aaron Hotchner estava atirando em Jackson.

Corri na direção de Martina, pedindo desesperadamente por uma ambulância.

Quando terminei com ela, foi unicamente por não querer que ela fosse colocada em perigo por causa do meu trabalho, eu queria que ela ficasse segura e tivesse uma vida boa, podendo aproveitar e fazer tudo o que desejava. Nunca imaginei que chegaríamos naquela situação, onde o corpo desacordado dela estava em meus braços e eu sentia seu sangue escorrer.

A equipe de emergência chegou e eu senti Derek me agarrar, me puxando para longe para que eles pudessem trabalhar.

Eu não podia a perder.

O pânico subia pelo meu peito de uma forma que nem as palavras de Derek era capaz de compreender.

De alguma forma, havia chegado no hospital e agora me encontrava em uma sala de espera toda branca que fazia meus olhos arderem. Martina estava em cirurgia e as enfermeiras se recusaram a dar notícias até o procedimento terminar, eu estava perdendo todo o controle sobre mim mesmo.

— Ela é forte — Derek disse, ao meu lado — a garota vai sobreviver.

Lembrei da primeira vez que a conheci, a garotinha que havia acabado de passar por um evento traumático e ainda perdido sua família. Ela tinha medo de tudo e não queria que ninguém se aproximasse, mas de alguma forma, eu consegui passar por aquela barreira e assim, Tina se tornou a minha primeira amiga.

Ela era para quem eu corria quando tudo ficava demais assim como era pra mim que Tina vinha quando precisava de alguém.

Eu me apaixonei por ela muito antes de entender o que realmente era paixão.

Aaron surgiu, colocando a mão em meu ombro e se sentando no banco ao meu lado, já que Derek havia desaparecido.

— Como está a garota?

— Sem notícias.

Passei as mãos pelo rosto, querendo chorar.

— Tina vai sobreviver — murmurou — o tiro não foi em um lugar tão ruim, apenas causou o susto do sangue. Ela é forte, quando você perceber, Tina vai estar bem, voltando a nos enlouquecer.

— E se...

Ele apertou a mão que estava em meu ombro.

— Garoto, eu sei que deve está passando muita coisa por essa sua cabeça genial, mas tem que confiar que Tina vai sair dessa.

— Você sabia que ela tem duzentas e quarenta e sete sardas espalhadas pelo corpo?

Aaron arqueou a sobrancelha.

— Não...?

— A cor favorita dela é preto, uma vez Tina teve um porquinho da índia chamado Hades, ela adora tempestades e ficar na varanda desenhando. Gosta do cheiro de terra molhada, gosta de deixar o cabelo preso porque a franja caindo em seus olhos a irrita e eu sei milhares de outras coisas sobre ela, de forma que poderia passar os próximos dois dias falando — murmurei, rápido — ninguém nunca quis ser meu amigo antes dela, ninguém nunca me entendeu como ela e eu realmente a amo, não sei o que aconteceria da minha vida se eu simplesmente a perdesse.

Ele respirou fundo.

— Quando ela estiver bem, a minha dica é você não deixar ela escapar de novo — sussurrou, sério — Nosso trabalho pode ser uma merda às vezes, mas se você encontrou alguém para amar de verdade, se case com ela, se permita ser feliz, de verdade.

Antes que eu pudesse achar uma resposta para aquilo, o médico surgiu, fazendo meu coração disparar pela ansiedade e medo do que ele poderia falar.

— Parentes de Martina Valdez?

Me levantei rapidamente, me aproximando dele.

— Aqui. Como ela está?

Ele me encarou.

— A cirurgia foi um sucesso, Martina já está sendo levada para o quarto, nas próximas horas, já deve acordar.

Respirei aliviado.

— Obrigada.

Peguei as informações sobre o quarto onde ela estava e fui para o mesmo, junto com Hotchner, que parecia um tio preocupado. As palavras dele ainda estavam na minha mente, ele tinha razão e eu sabia disso, me afastar de Tina pela segurança dela não havia ajudado em nada, afinal, é só pensar em onde estávamos.

Havia um anel, há muito esquecido em uma das gavetas do armário do meu apartamento, eu iria o utilizar.

Não deixaria ela escapar novamente, pelo beijo, eu sabia que Martina ainda me amava assim como eu amava ela, ainda havia esperanças, não deixaria nada nos separar novamente.

Eu iria a fazer feliz.

Sentei na poltrona do quarto e segurei sua mão.

O som do monitor cardíaco que provava que ela estava bem, finalmente me fez relaxar, meus olhos se fechando pelo cansaço.

END GAME | Spencer ReidWhere stories live. Discover now