Meu doce pecado

Chapter 23

Alisson

   Estou encostada no carro de Adam com minha humilde calça Jens e uma regata preta enquanto vejo meu hermanito me procurar pelo estacionamento do aeroporto.

  Sorrio de lado  e aceno ,mas o idiota olha para a minha cara e não me vê.

  Penso em gritar ,mas ele também é meio surdo então tenho uma ideia brilhante. Subo no capô do carro e coloco as mãos envolta da boca

- CAVEIRA!!- grito bem alto e ele olha para mim, um sorriso se abrindo no rosto tatuado.

Desço do capô e só tenho tempo para que meus pés encostem no chão,  Caveira me pega em seu colo e nos gira.

- Que saudade de você garota!!!- ele diz me apertando em seus braços.

- Eu também...- digo tentando buscar ar para respirar

- Você também o que?- ele diz com cinismo

- Eu... - digo mostrando que estou sem ar e seus olhos se arregalam

Caveira abre os braços e eu caio em pé imediatamente colocando as mãos nos joelho e respirando. Eu tinha esquecido que ele era tão forte.

- Quase me matou caralho- digo voltando ao normal e ele ri

- Você que é fraquinha-

- Vou te mostrar quem é fraquinha- digo indo para cima dele ,mas ele desvia

- Para , eu não quero morrer nas suas mãos fofas-

Agora eu quero matar ele. Caveira teve  uma certa época na adolescência em que ele me dizia que minhas mãos eram fofas e não causavam dano nenhum a outro oponente. Então eu fui lá e quebrei o nariz dele.

- Fala mesmo, nariz torto- digo me escorando no carro e ele faz cara feia

- Não fala do nariz- ele diz e dou risada

- Mas o seu nariz ainda é bonito mesmo torto- dou risada e sai me mostra seu dedo do meio.

- Rosto torto- ele me mostra a língua e nos dois damos risada

  Termino de dar risada e coloco as malas dele no porta malas.

- De quem é o carro ,já que você só anda de moto?- seus olhos se estreitam e ele sorri ladino- É de algum rolo seu?-

Eu apenas coloco meu óculos escuro e entro no carro fechando a porta com um baque

- Vai ,me diz quem é!!- Caveira entra e bate a porta

- Você me acha interesseira nesse nível?- digo e ele parece pensar- Não responde- ele sorri- É de um conhecido nosso -

- Conhecido?! Os caras nem a pau teriam um carro desse , eles são pobres em questão de cultura de motor- ele diz pensando- Sei não, fala aí- ele me sacode pelo ombro

- Ei ,me solta - tiro as mãos deles de mim- Esse carro é do Adam- digo e seu sorriso se alarga

- Meu Muchacho está aqui?- eu sinalizo que sim- Ahhh, agora a coisa vai ficar boa. Vamos fazer as estruturas desse país tremer!- ele grita pulando ao meu lado