- Eu estava bêbada! Vi cenas nojentas que fizeram meu corpo se arrepiar - Estremeci quando lembrei da imagem do homem.- Eu corri para fora no intuito de soltar tudo oque bebi

Ela se remexeu na cadeira e  perguntou mais coisas, tornando aquele café em um interrogatório

- Oque você viu? - Estava desconfiada. - você disse que caso algo acontecesse iria correr para me avisar!

- Eu não iria atrapalhar sua transa para que você segurasse meu cabelo enquanto eu vomito!

Ela suspirou e cruzou os braço, mordendo oa lábios em seguida. Ela era igual a minha mãe em vários aspectos

- O segurança veio ao meu encontro logo depois - A colher girava dentro do copo de forma lenta, me deixando agoniada. - Disse que você desmaiou e te levaram para a casa

- Oque?

- Eu achei estranho no começo, mas você tinha a senha da porta, então estava tranquilo. - Deu de ombros. - Mas logo depois de receber informações do seu paradeiro, eu vim direto para a casa e você estava no décimo sono, até roncava

- Eu dormi?

- Pesado!

- Oque eu não sei, é como conseguiu essa coisa na perna - Apontou para mim. - Que eu saiba você não tem muitas cicatrizes

- Bom, eu...hum - Foi a minha vez de remexer na cadeira. - Quando sai para fora, eu deslizei no asfalto e queimei a maldita coxa

O café estava quente e amargo. Não estava de fato, mas aquela conversa o deixava amargo.

- Você sabe quem me trouxe?

Ela negou.

- Eu perguntei, mas ele não disse. Garantiu que você estava mais segura que a Rainha Elizabeth - riu fraco.

- Ele?

- O segurança.

A conversa se encerrou por ali, e agora, eu teria que ir trabalhar sabendo que matei alguem, que há alguém extremamente maluco e doente vigiando cada passo meu.
Contar isso para qualquer pessoa era frustrante e assustador, porque eu sabia que pioraria as coisas, e também odeio deixar Luiza de fora da minha vida.

Perde-la seria semelhante com a perda de minha mãe, porque ela era a única coisa de valiosa que eu tinha - que tinha me restato -  sua preocupação, seu amor, seu carisma, seu humor. Cada ponto valia ouro, e eu era grata a Deus por isso.

- Eu sonhei com ela - Soltei rapido enquanto  pegava o salgado na estufa.

- Oque?

- Eu sonhei com a stalker!

Meu rosto estava quente, não tinha dúvidas que estava corada. Me apressei em levar o prato com salgado até o jovem loiro que acabará de sair do colégio.
Luiza estava pasma e com a sobrancelha arqueada, confusa. Talvez estivesse pensando em como eu sabia da sua aparência sendo que nunca a vi.

- Você tem algo para me dizer!

- Tenho.

Olhei em volta em busca de algo, com medo de vê-la ali. Não havia como ela ouvir nossa conversa, meu celular estava longe e era impossível ela hackear o microfone.

- Na noite em que fui para a sua casa - Respirei fundo. - Ela apareceu no meu quarto. Entrou pela janela mostrando que não importa onde eu estiver, ela vai me achar

- Porque não me contou?

- Você surtaria! E esta surtando neste exato momento!

Ela estava parada, mas sabia que lutava contra seus demônios

Quando As Estrelas Se AlinhamOnde histórias criam vida. Descubra agora