capítulo 02

241 33 7
                                    

Três dias havia se passado desde que o NuNew foi até o meu consultório, e confesso que são três dias que ele não sai da minha cabeça, estou bem curioso sobre ele, e especialmente animado para cuidar do seu caso, eu  vou encontrar uma solução, mesmo que ele não aceitasse fazer parte da minha pesquisa, eu irei ajudá-lo de alguma forma, eu prometi isso a mim mesmo, e porque fiz isso? Nem eu mesmo sei responder, mas algo nele me chamou atenção desde o primeiro momento que ele entrou na sala do meu consultório, e aquele cheiro, eu sei que senti o cheiro dele, mas como isso é possível? Se só as pessoas destinadas conseguem sentir o cheiro uma da outra, a não ser que estejam em seus períodos de cio, o que não era o caso dele, será que foi coisa da minha cabeça? Ou realmente aquele cheiro frutado, era o odor corporal dele?

Confesso que esperei um telefonema dele, o que até o momento não aconteceu, talvez ele se adaptou bem às novas medicações, ou talvez ele por algum motivo não quis me incomodar, estou ansioso para vê-lo e saber que decisão ele tomou, espero que ele realmente aceite a minha proposta.

Há 7 anos atrás eu de alguma forma me senti na obrigação de começar essa pesquisa, eu queria ajudar as pessoas que tinham essa condição rara, mas algo dentro de mim, me dava a certeza de que alguém precisaria especificamente da minha ajuda, e não me perguntem o porquê, eu apenas senti, e quando o NuNew chegou ao meu consultório, eu tinha certeza que esse alguém era ele, como eu sei disso? Simplesmente não sei, mas a verdade é que senti, eu senti ele por todos os meus sentidos, tudo em mim ficou em alerta, era como se eu o estivesse reconhecendo de alguma forma que não sei explicar, eu apenas o senti.

Mais alguns dias e ele irá novamente ao meu consultório, e isso está me deixando completamente ansioso, talvez eu devesse ligar para ele, mas isso seria contra o protocolo médico/paciente, eu não posso o incomodar e pressioná-lo a tomar uma decisão, mas agora eu sou seu médico caramba, eu só iria perguntar se ele teve alguma reação a nova medicação, só isso, que droga, chega Pruk, se controla e espera ele ligar, é isso que vou fazer, se algo estivesse acontecendo ele me ligaria.

Não sei porque estou me sentindo tão responsável e protetor por ele, nunca fui de importar tanto com alguém dessa forma, pacientes são só pacientes, eles vem e se vão, eu os trato e seguimos nossas vidas, mas porque com ele estava sendo diferente? Talvez fosse só por conta da minha pesquisa, mas algo dentro de mim se agitava toda vez que eu pensava nele, era como se meu alfa o estivesse reconhecendo como seu, que loucura isso, eu nunca fui ligado com ninguém, nem mesmo com minha ex esposa, pelo contrário, foi só um casamento por conveniência, e até agora nunca tive meu alfa tão agitado dentro de mim, eu só poderia está ficando louco, como assim meu alfa o estava reconhecendo como seu, ele é só seu paciente Zee Pruk Panich.

***

4 dias tomando a nova medicação e não estava sendo nada fácil, eu estava sentindo muitas reações adversas, primeiro fiquei muito enjoado, ao ponto de passar mal na faculdade e no trabalho, tremores percorriam o meu corpo, tonturas, e agora uma dor de cabeça tremenda, eu já estava no meu limite, eu precisa falar com o Dr. Zee urgente, eu precisava da sua ajuda, eu não queria ligar para o incomodar, mas eu não estava mais suportando, e essa noite não estava sendo nada fácil.

"Alô, doutor, aqui é o NuNew, eu preciso da sua ajuda, eu não estou muito bem, e acho que estou a ponto de desmaiar de tanta dor"

Deixei mensagem em sua caixa postal, e já fui  disparando tudo de uma vez, eu sei que já era tarde, e talvez ele estivesse descansando, mas ele falou que eu poderia ligar a qualquer hora, meu coração parecia que ia sair pela boca, não sei explicar, mas algo dentro de mim se agitou desde o primeiro momento que o vi, senti de imediato que poderia confiar nele, era algo como se já nos conhecêssemos, meu ômega sempre ficava agitado quando eu pensava nele e lembrava do seu cheiro, talvez eu estivesse ficando louco, talvez fosse coisa da minha cabeça, mas a verdade era que eu sabia que ele era o único que poderia me ajudar, e que naquele momento eu precisava só dele, não muito tempo depois meu celular recebeu sua ligação, no segundo que identifiquei quem era, meu ômega praticamente uivou dentro de mim, eu precisava me acalmar, aquilo era loucura, eu não deveria me sentir assim em relação ao meu médico, ele era apenas o meu médico, respirei fundo e atendi o celular.

Destinados Onde as histórias ganham vida. Descobre agora