Destinados

Capítulo 01

"Filho, conseguimos marcar uma consulta para você com o especialista, para a próxima semana"

"Que bom Pa"

"Mais ânimo filho, eu sei que você está cansado de ir a tantos médicos e nenhum deles dar uma solução para sua condição, mas esse é diferente filho, ele é um especialista renomado, vai dar certo"

"Isso mesmo filho, eu e seu pai iremos com você"

"Tá bom Ma, me deixem saber o dia e estarei lá"

"Tudo bem filho, se cuide e se precisar de alguma coisa, é só nos ligar"

"Eu vou indo, até mais Ma, Pa, eu amo vocês"

Meu pai me puxou para um abraço,  e me  confortou.

"Vai dar tudo certo filho, vamos confiar nesse médico,  ele é muito competente no que faz, e nós também te amamos"

Me despedi dos seus pais, e segui para o meu apartamento, eu já não morava mais com meus pais, eu me mudei para ficar mais perto da minha faculdade,  mas sempre que o meu período de Heat estava se aproximando,  eu voltava para a casa dos meus pais, pois lá eu teria o apoio e o cuidado deles e do meu irmão.

Pois ficar sozinho nesse período era realmente muito complicado e doloroso, certa vez eu passei por algo bem traumático, meu cio  desencadeou precocemente,  quando eu estava na faculdade, eu estava sem meus supressores e acabei sendo socorrido por meu amigo Nat até o hospital,  onde eu fiquei internado por mais de uma semana.

Mas agora existia uma possível esperança de uma cura, ou talvez uma melhora, não é que eu estava triste, ou desanimado,  mas é que já eram anos de muita dor, remédios e visitas a médicos e hospitais,  eu não queria me apegar a mais uma possível cura, e depois não dá em nada, mas o que eu perderia em tentar? Não custava nada, a não ser alguns milhões de baht, e isso me deixava triste e ao mesmo tempo irritado, eu me sentia como um fardo pesado que meus pais carregavam, mesmo meus pais deixando claro que eu não era nada disso.

Uma semana se passou, e lá estávamos eu e meus pais na sala de espera do consultório do médico geneticista Zee Pruk Panich, eu confesso que estava bastante agitado.

"Filho, se acalme por favor, você vai acabar passando mal" falou minha mãe.

"Eu não consigo mãe, não consigo ficar calmo, não consigo me controlar, e se tudo isso não der certo?"

"Vamos primeiro ouvir o que o médico tem a nos dizer, e aí veremos o que poderemos fazer, então você poderá tomar uma decisão, não sofra por antecipação filho" respondeu meu pai.

"Paciente NuNew Chawarin Perdpiriyawong?"

"Sou eu"

"Me acompanhe por favor, o Doutor Panich já vai te atender"

Assim que ouvi a assistente do médico chamar meu nome, eu confesso que congelei por dentro, eu estava a um passo de descobrir se existia uma solução para o meu problema, e caso houvesse, eu finalmente voltaria a ter uma vida normal, mas ao mesmo tempo que eu tinha esperança, eu tinha medo, e se fosse mais um tratamento inútil que só iria me deixar ainda pior?

Senti minha mãe colocando as mãos em meu ombros e me incentivando a andar.

"Vamos filho, vamos ver o médico"

Eu dei um passo desajeitado,  parecia que minhas pernas não queriam me obedecer,  mas amparado pela minha mãe e meu pai, eu segui até a sala do médico.

"Por favor, entrem e fiquem à vontade" falou a assistente do médico.

"Bom dia, sejam bem vindos, eu sou o doutor Zee Pruk Panich,  e estou aqui para ajudar vocês"