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— Finn, vou conversar com ela lá em cima, tudo bem? — Millie avisou, entrelaçando seus dedos com os de Sadie antes de ver seu amigo acenar positivamente com a cabeça. — Vem cá, amor... — chamou subindo as escadas com Sadie em seu encalço.

Elas entraram no quarto e Millie mal teve tempo de fechar a porta, pois Sadie se jogou em seus braços, enterrando a cabeça em seu pescoço.

— O que houve, vida? — a morena perguntou, levando uma mão até o cabelo de Sadie e acariciando.

— Ela não é minha amiga! Você tinha razão... — disse, apertando ainda mais forte os braços ao redor de Millie.

— Por que diz isso?

— Ela me beijou. Mills, desculpe. Eu quebrei nossa promessa de dedinho. Eu sou horrível. — Brown sentiu seu peito se comprimir e sentiu uma mistura de dor e desespero, porém tratou de manter a calma.

— Você... você retribuiu? — Millie perguntou, prendendo a respiração.

Não sabia que poderia sentir tanto medo de uma resposta até aquele dia, mas precisava perguntar.

— Não. Eu empurrei ela. — Sadie disse e Millie soltou o ar de seus pulmões. — Por favor, por favor, me desculpa? Eu fui uma boba.

— Você não tem culpa da maldade que há no coração dos outros, amor. — a maior disse, depositando um beijo na testa da ruiva. — Você não descumpriu nossa promessa, teria descumprido se você tivesse beijado ela de volta.

— Eu deveria ter te ouvido quando disse que ela me olhava diferente. — Sadie disse e Millie a puxou, sem sair do abraço delas, até a cama, colocando Sadie para se sentar sobre seu colo. — Eu prometo nunca mais ter amigas para não correr o risco de quebrar nossa promessa. — Millie riu e negou com a cabeça.

— Não quero que não tenha amigas. — a morena disse. — Eu ficaria muito triste se fizesse isso, na verdade. — Millie falou e sua namorada a abraçou forte, sentindo Brown depositar um beijo em sua clavícula.

— Eu fui boba.

— Vou te contar uma história, real dessa vez. — Millie disse e Sadie a fitou esperando para ouvi-lá. — Às vezes a gente cresce quebrando a cara. Eu já quebrei muito a minha e vou continuar quebrando. Você também. — ela disse. — Você é ingênua em muita coisa e ainda tem muita coisa para desenvolver, foram muitos anos em coma. — Millie removeu o cabelo do rosto de Sadie antes de prosseguir. — Essa é a primeira vez que você se magoa com alguém. Sabe essa dorzinha que está fazendo suas florzinhas morrerem?

— Como sabe que está doendo?

— Porque todos passamos por isso. A gente se ofende por termos sido idiotas ao ponto de acreditar em alguém, mas a verdade é que idiota foi a pessoa que nos magoou.

— Jura?

— Sim. — Millie disse. — E com o tempo a gente vai perdendo a ingenuidade e ficamos mais espertos em algumas coisas, porque infelizmente é comum na natureza humana errar e, bem, nós nos adaptamos. Sabe a Let? Ela não vai ser a última pessoa a te magoar, mas cada dorzinha dessa nos ensina algo. — ela suspirou. — Só quero que me prometa algo.

— O quê? — a ruiva questionou.

— Nunca se sinta alguém ruim, alguém boba por ter dado sua confiança a alguém. Isso só mostra o quão puro seu coração ainda é. — Sadie esboçou um princípio de sorriso ao ouvir aquilo. — Nem se acontecer muitas e muitas vezes. Há corações que mesmo apanhando preferem acreditar que alguém nesse mundo pode ser melhor.

— Como você. — Sadie disse, encostando sua testa na de Millie. — Você é o que os contos de amor narram, Mills. Você existe aqui na vida real e é meu amor.

— E você é o meu. — Millie disse, sentindo os lábios de Sink esbarrarem sutilmente sobre os seus.

— Eu te amo muito.

— Eu também te amo. Agora me conte o que aconteceu lá. — a maior pediu e a ruiva assentiu.

— No primeiro dia ela só me ofereceu vinho e pela insistência eu acabei aceitando uma taça. Ela bebeu muito e eu iria voltar andando porque não tinha levado dinheiro e meu celular tinha descarregado. — Sadie disse e Millie assentiu. — O telefone dela estava quebrado, de acordo com ela, então não deu para chamar você ou minha mãe. Ela queria me trazer, mas não deixei porque ela tinha bebido, aí ela pagou meu táxi.

— Hum. — Millie disse em um murmúrio para Sadie dar continuidade.

— E hoje ela começou a fumar maconha e me ofereceu. Disse que eu ficaria com tesão e você iria gostar disso. Eu fiquei confusa, mas aí lembrei que você disse que gosta de mim do jeitinho que eu sou, então eu vi que não precisava daquilo e disse "não".

— Ela aceitou sua decisão?

— Não. Insistiu mais e mais, e eu quis ir embora, mas ela pediu desculpas e começou a falar dos livros. — a menor disse. — Quando ela já estava bem chapada ela acabou confessando que foi afastada do serviço por ser viciada em bebidas e em drogas.

— Eu não acredito que te deixei com essa mulher. — Brown exclamou irritada.

— Aí ela começou a cheirar e eu saí de lá, dando um "tchau" e dizendo que tinha que sair com minha mãe. Ela correu atrás de mim e me beijou, eu empurrei ela e liguei para a minha mãe, mas menti que era para a polícia, ela pediu desculpas e entrou.

— E sua mãe te trouxe aqui. — Millie deduziu e a Sink assentiu.

— É sua folga e a idiota aqui foi passar com outra pessoa. — Sadie disse chateada consigo mesma.

— O que eu disse sobre não falar assim de você?

— Mas isso não foi porque ela foi uma idiota. — Sadie retrucou. — Foi porque o fato de ela ter sido uma idiota me abriu os olhos, eu também fui, mas com você.

— Já está perdoada e sabe de uma coisa? — a morena disse e Sadie negou com a cabeça. — Ainda é minha folga e podemos passar abraçadinhas assistindo séries. Que tal?

— Deus está me recompensando por todos os anos que fiquei em coma, juro! — a ruiva disse, distribuindo beijos por todo rosto de Millie. — Nunca mais trocaria de passar uma folga com você, por nada nessa vida. — a maior riu pelo jeito eufórico de sua namorada e a fitou.

— Acho bom mesmo. — Millie disse semi cerrando os olhos antes de se inclinar e encaixar seus lábios com os de Sadie em um beijo um pouco mais apaixonado.

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Sentiram saudades? Voltei com o casal Sillie intacto e cheio de amorzinho, espero que tenham gostado, comentem e votem. Beijinhos!

𝗘𝗠 𝗨𝗠 𝗣𝗜𝗦𝗖𝗔𝗥 𝗗𝗘 𝗢𝗟𝗛𝗢𝗦  ∫  sillieOnde as histórias ganham vida. Descobre agora