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No final da tarde do dia seguinte, o jato fretado pousou no aeroporto de Gimhae. Jeongguk, nervoso e assustado, desativou o modo avião do celular assim que chegou, recebendo logo uma enxurrada de 39 ligações perdidas e mais de 200 mensagens, todas de um único remetente: Min Yoongi.


Seu empresário, Minho, não poupou esforços: todas as suas coisas foram enviadas pelo motorista da empresa para a casa enquanto um táxi foi encarregado de levá-los ao hospital que Yoongi mencionou em uma das mensagens. Pagaram o dobro, quase o triplo, para que o motorista não se importasse com as leis de trânsito naquele momento, não havia tempo para calma. Jeongguk sequer percebeu quando o empresário passou um cartão ao motorista, informando que entrasse em contato para que pagassem as multas provenientes daquela corrida.


Correram até a recepção quando chegaram ao Hospital Jilsae. O coração do cantor parecia que sairia pela boca, sentia que uma parte de si estava distante demais de onde deveria estar, um vazio em sua alma que não estava acostumado há anos a perceber. Não conseguia sequer pensar no que poderia ter acontecido ao mais novo, a marca que os ligava parecia ter parado de transmitir qualquer sentimento do ômega desde o dia anterior.


"Paciente Kim Taehyung, por favor," Minho tomou a frente, vendo que o alfa estava agitado demais tentando sentir o namorado para falar algo coerente.


A moça, sem levantar o olhar, respondeu: "Parentesco e nome?"


"Primo, Choi Minho, e namorado, Jeon Jeongguk."


Finalmente parando para observar os dois, ela deixou sua surpresa transparecer ao ver o ídolo ali, em sua frente, ansioso e nervoso, pálido como a morte. Com certa pressa, ela pesquisou, anotando o resultado em um pequeno papel e o entregando ao empresário.


Quarto 506, 5º andar, UTI pós-operatória.


O mais novo não conteve esforços enquanto corria até os elevadores e, vendo que ambos se encontravam longe demais do térreo, voou pelas escadas em direção ao andar indicado. Seus instintos estavam em pane, a falta que seu companheiro fazia em seu peito lhe deixava mais desesperado a cada instante.


Já no andar, o alfa saiu das escadarias sem parar de correr, indo até o posto de enfermagem mais próximo.


"UTI pós-operatória, onde fica?", perguntou à primeira enfermeira que viu ali, uma ômega loira que segurava uma bandeja, cujo conteúdo Jeongguk não deu a mínima.


A moça engoliu em seco, assustada. "Desculpe, senhor, mas não podemos autorizar a entrada de qualquer um..."


Isso deixou o alfa, que já estava bem puto à vista de todos, completamente irado. Seus olhos já refletiam avermelhados, o desespero era evidente à vista de qualquer um que olhasse para si de mero relance. Céus, ele necessitava do seu ômega e estavam negando-o a si.


"Cadê meu ômega, porra?!", bradou, surpreendendo tanto a enfermeira quanto os outros ao seu redor. "Eu não o sinto e, se algo tiver acontecido a ele, alguém vai morrer aqui e agora. Você me entendeu? Cadê o Taehyung?!"

Losses • kth*jjkWhere stories live. Discover now