O carro

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Deixei o link da playlist dessa fic na minha bio, caso tenham interesse, beijos e até o próximo capítulo.

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Finalmente voltando do hospital para casa, Harry para o carro no sinal vermelho. Ele mantém as mãos em torno do volante e respira fundo. O trânsito está tranquilo. Um alívio, visto que sempre fica preso em algum engarrafamento. Ajeita o espelho retrovisor e ajeita seus cabelos.

— Preciso cortar um pouco. — comenta, passando os dedos pelos cachos que deslizam por sua nuca.

Quando o sinal fica verde, Harry arranca o carro, porém o veículo para de abrupto. Uma batida forte na traseira do carro faz o seu corpo ser jogado para frente e retorna batendo as costas no banco.

— Droga! — Mesmo estando com seu corpo tenso e travado, o cacheado tira o cinto de segurança e sai do carro. Caminha lentamente até seus olhos encontrarem uma SUV Toyota RAV4 preta com o capô e o para-choque amassados.

A porta do outro carro se abre, e o que sai dele não agrada o cacheado. Os olhos azuis avaliam Harry assim como os verdes ferventes como brasa. Louis solta uma risadinha e maneia a cabeça.

Eu nunca odiei tanto uma pessoa como odeio ele. Eu sei que ódio é algo profundo e não
deveria sentir isso, mas estou nervoso demais para discutir.

— Harry, Harry... Olha o que você fez. — ele aponta para o estrago. Styles franze o cenho.

― O que eu fiz? ― dispara nervoso. ― Você não viu um carro parado à sua frente?

― A culpa é sua por parar de repente. ― rebateu, cruzando os braços na altura do peito. Seus músculos se contraindo contra a camiseta branca.

— Meu carro deu problema, eu acho. — pisca desconcentrado, olhando toda à sua volta - aquilo não podia estar acontecendo. Harry só conseguia pensar no prejuízo. Ele não tinha dinheiro para o conserto do seu carro. Como teria para um Toyota RAV4? — Olha, eu... — suas mãos tremem e sua voz vacila.

Louis pareceu notar a aflição nos olhos verdes, visto que sua postura séria desmoronou um pouco. Ele respirou fundo, coçou a barba e se aproximou do enfermeiro.

—Você está bem? — sussurra com certa preocupação, até mesmo um pouco ofegante, o seu hálito é doce. Ele se aproxima ainda mais.

— Sim, eu... — o encara sem saber o que dizer. Aqueles olhos azuis intensos lhe causam certa mágoa — Estou bem! — disse firme, desviando o olhar — Eu preciso ir, mas depois pode estar me mandando a conta. — aponta para o carro de Tomlinson. O mais velho contrai as sobrancelhas — Me desculpe.

—Ei! — Louis segura Harry pelo braço, antes que ele entre no carro — Não precisa pagar. — o cacheado balança a cabeça e pisca os olhos desacreditado — Tenho seguro. E não foi culpa sua.

— Tudo bem, obrigado! — diz sem jeito. Odeia demonstrar vulnerabilidade nas frente das pessoas — Preciso ir. — Harry se desfaz do toque de Tomlinson e entra no carro.

— Espera! — Louis segura a porta, a mantendo aberta. Harry o encara confuso — Você não disse que seu carro parou? Não é melhor chamar um guincho?

Harry pareceu se lembrar. Respirou fundo e girou a chave na ignição, tentando ligar o veículo. Sem sucesso. Saiu do carro e com a ajuda de Louis, o empurrou para um canto, tirando-o do meio da rua. Em seguida ligou para o guincho.

— Quando penso que finalmente irei descansar... — murmura, sentado no meio fio. De pé, Louis o observa com certa culpa.

— Olha, vamos fazer assim... — Harry ergue a cabeça no mesmo instante em que o advogado se pronuncia — Eu pago pelo conserto do seu carro. Até porque também foi culpa minha. Eu deveria estar prestando mais atenção. — Sua boca rosada se abre com surpresa — Te dou uma carona, o deixando em casa e resolvo tudo na oficina.

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