Amber

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Amber estava na frente do hospital as 06h30min da manha, não tinha entrado, era chique demais, grande demais, e parecia um prédio futurístico os quais se via em filmes, isso a intimidava, claro que tinha frequentado bons hospitais, e havia entrado ali algumas vezes, não porque queria, mas porque seu pai tinha sido tratado ali, por isso amber precisava de cada centavo que seu bom nome e talento lhe rendiam, porque ela sabia na pele que apenas respirar naquele hospital poderia resultar em uma conta que não podia pagar, não era atoa que haviam precisado de toda a família trabalhando duro, ela sentiu as pernas tremerem, bebeu o ultimo gole de café e sentiu a brisa fria no rosto, logo seria inverno e amber tentava se concentrar em qualquer coisa que não fosse entrar para fazer a fisioterapia, estava com roupa de ginastica e cabelo preso em rabo de cavalo, uma bolsa enorme de esportes no qual guardava tudo que precisava para ir ao trabalho, e seu peso começava a doer.

"vai ficar ai parada por uma hora?" a voz do seu chefe perguntou e ela deu um pulo para frente com o susto que tomou, segurando o coração com as mãos, amber precisou respirar fundo e abrir e fechar os olhos umas mil vezes para de fato acreditar que seu chefe estava ali as seis da manha, queria estar vendo coisas, ela limpou a garganta antes de falar.

"não" balançou a cabeça e endireitou a postura "eu já ia entrar, cheguei agora e só estava terminando o café"

"odeio mentirosos" ele lhe respondeu com um rosto serio, sem um pingo de humor e aquilo a deixou envergonhada ao extremo, precisou olhar para os próprios pés, e fingiu não reparar que ele usava calça jeans de lavagem clara, tênis comum e uma jaqueta simples de cor areia, precisou de um tempo para o responder

"não tenho boas recordações desse hospital" ela fingiu sorrir

"por que você precisa sempre estar fingindo ter emoções normais?" ele questionou com as sobrancelhas franzidas.

"eu não sei do que o senhor esta falando e realmente não faço ideia do que esta fazendo aqui sr Santibãnes" ela o respondeu com rispidez

"Eu preciso entrar no hospital, então vamos juntos"

Ela o olhou sem acreditar, ate mesmo cruzou os braços e não olhou para ele quando começou a atravessar a rua, indignada com a petulância do homem, ele achava que podia a comprar com isso? O que de fato queria? Por que ele se importava com o que ela fazia ou deixava de fazer? Por que não precisava fazer fisioterapia? Isso não era nem da conta dele, amber nem se quer gostava de fazer fisioterapia, já tinha passado anos fazendo e não era nada do que ela queria as seis da manha, amber podia sentir o cheiro de perfume caro no ar, sabendo que ele estava em seu encalço, parou de frente para a porta azul espelhada e notou o quanto era enorme, engoliu em seco, não era fácil de se deslumbrar mas tinha certeza que o hospital rendia um bom dinheiro para Peeta, a porta se abriu e ele passou a sua frente a guiando para o interior e um corredor e depois outro, todos pareciam acostumados de o ver, embora as mulheres o olhassem como se ele fosse uma roupa muito desejada na vitrine da loja mais cara, ou um pedaço de carne, isso foi estranho, amber deu alguns passos mais rápidos para ficar lado a lado com ele viu um quando os lábios dele se curvaram levemente para cima, ela não estava com ciúmes, só não queria ser deixada para trás, chegaram no lugar, não tinha ninguém mas era enorme, com todo tipo de aparelhos para pessoas em recuperação, o lugar era tão grande quanto uma quadra de futebol, ela viu um homem vestido de branco vindo em sua direção, tinha um porte atlético, o homem e o s.r. Santibãnes se cumprimentaram sem delongas, pareciam ter um tipo de familiaridade, amber ouviu quando ele disse

"Essa é a sua paciente" ele disse com desdém e o fisioterapeuta a olhou de cima a abaixo, mas não de uma forma sexual, ele parecia estar a analisando.

VolúpiaWhere stories live. Discover now