amber

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Amber estava contente por ser fim de semana quando saiu no sábado à noite do escritório do seu chefe e por algumas horas realmente acreditou que poderia ficar em casa no domingo, ate descobrir que era uma assistente pessoal e só ganhava folga um domingo do mês, já que ele precisava de serviços diários, acabou passando o fim de semana inteiro respondendo e-mails, ouvindo gritos e ate mesmo limpou todo o chão do escritório, porque no domingo os funcionários da empresa tinham folga, por isso era dever dela limpar, e acabou descobrindo o pior, seu chefe tinha toc, cada coisa no escritório tinha o seu devido lugar, uma cadeira dois centímetros diferente da posição anterior, ele saberia, quando terminou estava tão cansada que dormira no metro, acordou duas estações depois, com preguiça de andar esperou outro trem e desceu na estação certa, se jogou na cama e dormiu, acordou de madrugada com os braços quentes de Troy a puxando para um abraço. Abriu os olhos o suficiente para ver a janela aberta, se envolveu em braços quentes e enormes, e quase chorou com o conforto que o abraço lhe causava, ele cheirou seu pescoço. " esta cheirando a desinfetante" disse dando beijinhos em seu pescoço "eu não vou tomar banho" ela conseguiu balbuciar enquanto se alinhava entre ele e os cobertores " só durma, só isso" o ouviu dizer, pegou no sono em seguida.

""Bom dia" ele disse com um sorriso largo, amber sabia que devia ter marcas do travesseiro e remela nos olhos, tentou cobrir o rosto, mas ele não deixou " vai tomar banho agora?" troy debochou enquanto levava os dedos ao nariz

"sinto o meu corpo totalmente quebrado, como se uma casa tivesse caído em cima de mim"

"acho que uma casa cair em cima de alguém seria estranho"

"me sinto estranha"

"mas a casa te esmagou ou você ficou soterrada?"

"os dois, eu estou em baixo da casa ainda, esmagada e viva, sem um feixe de luz para me dar esperanças e estou atrasada" ela respirou fundo, dando um pulo da cama, correu para o banheiro onde iniciou seu banho, se despediu de troy, trocou de roupa e correu ate o metro.

Quando chegou, encontrou um envelope preto com detalhes em prata em cima da sua mesa, tinha o nome da empresa, era fino, como se não tivesse nada dentro, o pegou e olhou o pepel, se estava endereçado a alguém, não tinha nada escrito, então olhou para todos os lados do escritório, não viu ninguém, sentou-se na cadeira confortável e balançou o envelope na mao, deveria o abrir? Era dela? Era dele? Da empresa? Como saberia? Por fim achou que não teria nada demais o abrir, se não fosse dela, iria levar no departamento de relações publicas e la saberiam o que fazer, ou no RH, abriu com cuidado, para não danificar o papel, embora tivesse milhares de envelopes como aquele na gaveta de sua mesa, era um cheque, com seu nome nele, assinado pelo seu chefe, no valor de três mil dólares, ela ficou encarando o pequeno pedaço de papel, seu pagamento semanal seriam três mil dólares, isso era o suficiente para sustentar a família e as contas da casa e da criança que viria, por isso ela venderia alma a ele, seria cuidadora nas horas vagas, faxineira, secretaria, e assistente pessoal, buscaria café, ficaria horas em pé no frio em restaurantes, dormiria fora de casa por semanas, por esse dinheiro que faria sua família dormir tranquila a noite, era por isso que estava ali, pensou como seria a vida de Melanie se ela pudesse gastar o que ganhava, amber sabia que era muito mais do que recebia, mas também sabia que o carro adaptado tinha sido caro, que a escola das crianças, as roupas, o material, os medicamentos que ela tinha que comprar pra sua mãe, a cadeira de rodas tecnológica, o salario do cuidador, a casa que tinha conseguido resgatar da hipoteca, o plano de saúde de todos, as contas dos hospitais, e a reforma da casa para a tornar adaptável as necessidades da família, por isso que via aquela mulher trabalhar como louca, para dar o melhor para as pessoas que tinha, e as vezes se sentia mal por a julgar, e brigarem tanto, mas amber não sabia ser diferente, e nos últimos meses vivia em uma luta interna, esse era um dos maiores desejos de seu pai, que elas pudessem ser como irmãs, se ajudasse, mas amber não conseguia por mais que tentasse, era como se tivesse um bloqueio, algo ruim dentro de si, que começava a ser quebrado, e quebrar velhos hábitos doía, assim que descontasse o cheque iria mandar reforma seu quarto, sua casa não era grande, mas o porão era bonito e estava recém reformado, tinha um banheiro, por isso iria se mudar para o porão, e deixar seu quarto para o bebe, já era que o mais próximo do quarto da mãe, não mexeria no quarto de Theodore, não conseguiria, preferia se mudar para o porão ou ate mesmo morar na garagem, na rua, mas ali ela não tocaria, guardou o envelope na bolsa e fechou o olhos, orou agradecendo a Deus, por ter um emprego honesto, por ter como sustentar a família, e pela força que ele havia lhe dado em superar tantos obstáculos, depois pegou o celular mandou uma mensagem para Louise

VolúpiaWhere stories live. Discover now