— Eyder —Finalmente era hora de ir, eu estava um tanto ansioso para começar a viagem de volta, tinha curiosidade para saber o que Ayra estava fazendo, apesar de ter uma boa ideia do que poderia ser. E queria saber se ela tinha avançado mais alguma coisa, ela era forte e eu tinha certeza que uma hora chegaria a uma conclusão.
Olhei para o relógio, bateu exatamente o tempo que eu achava ideal e disse para eles:
— Está na hora, estão prontos?
Eles foram conferir mais algumas coisas e em 5 minutos estávamos todos prontos na porta para ir a nossa jornada à ilha.
Como eu precisava ser cuidadoso, tomei mais cuidado do que o normal, resolvi não agir exatamente como um protetor sempre age, resolvi agir diferente. Tentei parecer mais com o que eles queriam, com o que o governo acreditava que pessoas com habilidades especiais devessem ser associadas ao governo.
A minha sensação ruim ainda não tinha passado, era melhor tomar todos os cuidados por precaução, nunca se sabe. E minha sensação de inquietude não passava.
— Vamos — eu os chamei e começou nossa jornada clandestina para a ilha. Eles me seguiram sem reclamar, o que me surpreendeu e eu não sei se foi de um jeito bom.
Sem a barreira de Ayra tive que voltar ao modo normal, mas resolvi ir pela cidade, mesmo sabendo do risco. Eu estava basicamente seguindo a minha intuição, não era a melhor ideia, mas eu continuei mesmo assim. Porém não pudemos evitar de acampar na floresta já que tínhamos saído da cidade. A mulher perguntou estranhando:
— Vocês costumam a ir a pé? E acampar?
— Não, só estamos fazendo isso porque mandaram alguém que está sendo procurado, e não é uma boa ideia brincar com a sorte, no meu caso. Eu já estive no domo, e não desejo isso para ninguém, isso que fiquei pouco tempo.
— Por que você ficou pouco tempo? — perguntou o menino.
— Porque logo que eu cheguei uma garota que estava bem trancafiada e não ficava com o resto, planejou algo para fugirmos e chamou todos nós para irmos com ela. Eu me lembro de todos se levantando e seguindo ela imediatamente, afinal ela deu a chance que ninguém esperava ter, ela nos deu a chance de fugir.
— Você fala dela com brilho nos olhos — disse o garotinho com um sorriso. Até ele percebia o quanto eu gostava dela.
— Ele tem razão, você fala dela com gosto, até parece que gosta dela mais do que uma simples amiga — disse a mulher.
— Eu me entreguei — dei uma risada como se estivesse nervoso, mas eu só estava um pouco envergonhado, quantas pessoas sabiam que eu gostava dela se estava tão óbvio assim.
— Então você gosta mesmo dela, moço? — perguntou o menino com os olhos brilhantes.
— Bem óbvio, não é garoto? — disse o homem.
— Gosto — eu respondi mesmo assim, sorrindo para ele. Foi aí que eu percebi que eu não tinha vergonha do meu sentimento, como se isso fosse algo para ter vergonha.
— E vocês estão namorando? — perguntou o menino ainda mais animado.
— Ainda não, eu ainda não pedi — eu respondi.
— Não teve coragem, né garoto? — o homem falou para mim agora.
— Não é isso, no dia que me declarei me mandaram na missão, e basicamente fui obrigado a vir imediatamente, normalmente não sou do tipo que lida com famílias — eu disse apesar de não saber se eu deveria ter dado essas informações.
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Olhos Brancos
Fantasy"Sou mais do que a minha habilidade" Uma garota com uma habilidade jamais vista; Um garoto com algo a mais do que se sabe; Um governo que quer todas as pessoas que possuam habilidades especiais e fariam de tudo por isso; Uma ilha que quer proteger t...