Casando-se com um Bilionário

31_ Apaixonado pela Roxy.

ㅡ Eu... Eu sinto muito. ㅡ Gaguejei um pouco, vendo a expressão de tristeza vindo do semblante da Roxy.

Roxy suspirou pesadamente, abaixando sua mão lentamente e erguendo seus olhos até a mim. Olhos que já tinham perdido o brilho e dado brecha para as lágrimas de tristeza.

ㅡ Eu também sinto. ㅡ Murmurou, encolhendo os ombros. ㅡ Mas, não é isso que tá me deixando triste, mas sim confusa. Tem dois atestados? Com diferentes resultados?

ㅡ Isso sim é bem confuso ㅡ Afirmei, balançando minha cabeça. ㅡ E o que mais me deixava confuso é que estava bem aqui, no meio das pilhas de documentos do meu pai.

Mordi meu lábio inferior, com medo do meu próprio pensando.

Um dos mistérios da parceria de Jhonson e Lincoln era como tinha se formado a atual hierarquia. Antes do pai da Roxy, Eliot Jhonson, tinha o irmão dele que tinha tomado posse da empresa Jhonson após a morte do pai deles. No entanto, a misteriosa morte do Elijah aconteceu e quem teve que tomar a frente da empresa foi o Eliot.

E agora ele era parceiro do meu pai. Que antes era sócio do Elijah, antes da sua morte.

ㅡ Existe dois atestados, Damon ㅡ Roxy chamou minha atenção, com seu tom frio. ㅡ E um deles, tenho absoluta certeza, que é falso.

Um silêncio surgiu depois que ela falou, deixando os pensamentos confusos tomarem conta do lugar.

Seguindo a linha de raciocínio da Roxy, ela tinha razão. Dois atestados de óbito em lugares diferentes eram completamente estranho e, consequentemente, suspeito demais.

Muito, muito suspeito.

ㅡ Eu preciso entender o que aconteceu para ter dois atestados da morte do meu tio. ㅡ O tom dela me assustou, o que resultou no meu coração acelerado. ㅡ Conhece alguém que possa examinar os atestados? Para saber se é verdadeiro ou falso?

Ela ergueu a sobrancelha, me olhando com uma certeza esperança.

Engoli em seco, balançando a cabeça em concordância.

Uma das coisas que eu aprendi no ramo de negócios é que sempre temos que ter uma carta na manga. Assim como temos pessoas boas, temos pessoas ruins que podem fazer de tudo para passar por cima de tudo.

Inclusive, falsificar papéis.

ㅡ Ótimo! ㅡ Ela abriu um sorriso na mesma hora. ㅡ Pode fazer esse favor para mim?

ㅡ Claro. ㅡ Assenti, balançando a cabeça. ㅡ Mas, ainda tem o outro. Onde será que tá?

Ela comprimiu os lábios um pouco pensativa, mas seu rosto se iluminou no seguindo seguinte.

ㅡ Eu tenho uma ideia de onde pode estar tá. ㅡ Ela afirmou, com um sorriso travesso curvado nos seus lábios. ㅡ Para isso, precisamos ir na casa dos meus pais.

ㅡ É o que? Tá maluca, Roxy? ㅡ Encarei ela, vendo ela soltar uma risada sarcástica. ㅡ Não podemos ir na casa dos seus pais assim... aleatoriamente. Eles podem estranhar.

ㅡ O que é que tem? Eu posso querer fazer uma visita aos meus pais. ㅡ Deu de ombros,  fingindo a maior naturalidade. ㅡ Na verdade, não ligo para eles. E sim para Anthony, é uma ótima desculpa para organizar visitá-los sem levantar suspeita.

Aquilo me fez temer pelo futuro. Se tudo o que estávamos especulando fosse, de alguma maneira, verdade iria acabar com todo o equilíbrio que teríamos. Seja qual for o atestado falso, iria levantar outro questionamento que seria bem pior.

Quem falsificou o atestado? Por que? Se o do infarto fosse falso, quem envenenou o Elijah? Quais foram os motivos?

Seriam muitas perguntas em uma só e tudo aquilo, com certeza, acabaria com a Roxy. Eu sabia disso. Porém, eu estaria do lado dela e disposto a protegê-la de qualquer coisa que possa respingar nela de uma maneira.

ㅡ Você vai comigo? ㅡ Roxy se aproximou e tocou na minha mão, entrelaçando nossos dedos. ㅡ Assim você conhece meu irmão. Ele vai adorar você.

Sorri quase que instantaneamente, me perguntando se era realmente aquilo que estava acontecendo. Roxy me deixava confortável e, ao mesmo tempo, nervoso.

O que tínhamos era um mistério, mas intenso demais para ficar em apenas entre beijos ou desejos carnais que nossos hormônios a flor da pele evidenciava. Era mais... profundo.

E eu tive a certeza quando ela me olhou com aquele brilho no olhar que só ela, apenas ela, tinha.

ㅡ Claro que vou, Roxy. ㅡ Sussurrei, erguendo minha mão livre e tocando em sua bochecha. Ela deu um passo na minha direção abrindo um sorriso, fazendo meu coração acelerar. ㅡ Eu vou estar do seu lado. Mas, tem certeza disso? Se o que aconteceu com o seu tio, de acordo um dos atestados, te atingir eu não vou saber como reagir. Não quero que fique mal. Não quero que isso te atinja de uma maneira ruim, porque se você se machucar eu vou acabar extrapolando.

Seu corpo tremeu quando eu a puxei mais para mim, erguendo os poucos seu rosto cruzando nossas respirações ofegantes. Como eu disse, o que tínhamos era tão intenso e nossos corpos reagiam na mesma hora. Na mesma intensidade.

ㅡ Eu tenho certeza, Damon. Eu vou investigar isso, porque eu quero saber o que realmente aconteceu e como ocorreu a morte do meu tio. ㅡ Explicou, enrolando os braços em volta do meu pescoço. ㅡ Se mataram ele, eu quero que essa pessoa pague. E quero ter a certeza disso.

Balancei a cabeça concordando, retribuindo o abraço dela notando ela encostar sua cabeça em meu peitoral. Meu coração acelerou mais, gostando da sensação de tê-la envolvida em meus braços sem qualquer malícia.

Claro que eu desejava ela, mas tê-la daquela forma tão inocente e tão boa era diferente de tudo o que eu já senti.

Merda.

Eu estava apaixonado. Apaixonado pela Roxy.

•••