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LOITSCHE 19 DE SETEMBRO 2007

Bill caminhava ao meu lado enquanto saíamos de dentro da sala. Ele e Andreas conversavam algo que eu nem sequer fazia questão de saber. Algumas pessoas me cumprimentavam no corredor enquanto eu apenas ignorava, estava com um puta mal humor e não queria ver nenhum ser na minha frente.  

Caminhei com as mãos no bolso de minha calça e o olhar caído olhando para o chão. Até que sentir alguém me agarrar como um maldito macaco e esfregar a cabeça nas minhas costas. Revirei os olhos impaciente e me vire.

── Saia, Teresia. ── Empurrei a mesma para trás para se soltar de mim. 

── Oque houve, Tom? ── Ela perguntou com uma voz irritante.

── Não te interessa, sai do meu pé. ── A encarei estressado e dei as costas saindo com Bill ao meu lado, Andreas se despediu e seguiu para o outro lado do corredor.

Desci as escadas ainda quieto e olhando para o chão. Até que esbarrei em alguém e apenas vi que uma garrafinha de água foi ao chão e molhou minha calça.

── Caralho! ── Reclamei recuando. 

── Olha por onde anda! ── A voz de Margot preencheu meus ouvidos.

Um sorriso se formou em meu rosto, eu ainda não tinha feito nenhuma piada idiota com ela.

── Depois diz que não fica bamba quando me vê. ── Falei e ela se agachou pegando a garrafa de água.

── E você fica bem molhadinho, né? Putinha ── A mesma olhou para minha calça e sorriu debochada. 

── Apenas estou te imitando quando me beijou. ── Gargalhei e ela ficou rígida.

Era óbvio que isso virou fofoca. E fofoca distorcida. Margot odiou ter que ouvir as pessoas o dia inteiro falando que ela me beijou, ou que deu pra mim ou que nós fizemos qualquer outra coisa. Durante o intervalo vi algumas meninas a encarando torto ou perguntando para ela como era meu beijo. Mas minha felicidade logo acabou quando aquele Luka se aproximou dela.

Meus nervos ferveram de raiva e ranço deste moleque. Uma vez a ouvi reclamando com Karina de como ela era feia, de como odiava seu corpo por nenhum menino nunca ir falar com ela. A meu amor, sou eu. 

Desde de muito pequeno eu gostei de deixar bem claro oque era meu e oque não era. E uma coisa que eu deixei ESCLARECIDA foi que Margot era minha e de mais ninguém, e que se alguém ousasse olhar para ela com segundas intenções, teria que se resolver comigo. E isso é desde do quinto ano, depois que ela me deu um fora. Mas eu não sou de desistir ou de entregar as coisas que são minhas para alguém.

ᴅɪᴇʙ   |    Tom KaulitzWhere stories live. Discover now