ON THE JAIL - l.s

Bohemian Rhapsody

As horas se passaram lentamente, Louis ficou deitado naquela cela esperando ansiosamente o tempo passar, pois a única coisa que queria era falar com seus pais, não conseguia fazer absolutamente nada mais, e nem queria. O bloco B continuou vazio, e o único movimento que conseguia captar do lado de fora da cela, era dos carcereiros. Louis eventualmente descobriu que a cada hora que se passava, era dito em uma caixa de som a hora e alguma "notificação", às 15h ouviu "15h05 minutos, o banho de sol está, agora, disponível. Aquele que não se comportar, terá o direito de banho de sol revogado por tempo definido por nós." , Louis não se importou em saber que poderia ir ver o sol, ele não queria, nem seu corpo parecia querer levantar e se movimentar, tudo doía, emocionalmente e fisicamente. Em poucos minutos, todo o barulho de vozes, conversas e gritos cessou, e tudo ficou em completo silêncio, até a próxima hora que notificaram novamente o horário, e o próximo também... às 17h ouviu "17h03 minutos, todos devem estar do lado de dentro em cinco minutos, o horário de banho de sol acabou" e quase em instantes, o barulho voltou e parecia bem pior que antes. O horário que Louis tanto queria que chegasse, estava perto e ele já estava sentado na cama, pronto para levantar assim que ouvisse a voz na caixa de som... "18h07 minutos, horário de visita está disponível, os telefones agora estão funcionando. Lembrem-se que todas as ligações estão sendo supervisionadas a todo segundo."

Louis se levantou quase que instantaneamente quando ouviu o horário, e então saiu da cela, sua perna doía muito para dizer que estava correndo porém ele estava andando o mais rápido que conseguia, quando um dos carcereiros presentes no bloco se aproximou, entrou em sua frente e cruzou os braços.

— Sem... tentar correr nos corredores, detento... — O homem tinha um bigode quase que engraçado no rosto, e uma barba por fazer, era bem mais alto que Louis e um pouco gordinho, em seu uniforme tinha escrito "M. Jefferson". Ele olhou para o uniforme de Tomlinson, parecia procurar algo que estava faltando — Onde está o seu crachá, detento?

— C-crachá? Eu não recebi um... — Louis olhou nos bolsos do macacão laranja e deu de ombros, se encolhendo levemente.

— Qual o seu nome, detento? — Jefferson parecia gostar muito de pronunciar essa palavra, talvez porque fizesse ele se sentir mil vezes superior ao ser humano em sua frente.

— Louis Tomlinson, senhor...

— Detento Tomlinson, não corra nos corredores. Vou verificar o paradeiro do seu crachá, é expressamente proibido circular pelo presidio sem o crachá de identificação, de volta para a cela. — O homem arqueou a sobrancelha quando viu o desespero tomar conta do rosto do garoto em sua frente.

— Não, por favor! Eu- eu preciso fazer uma ligação urgente... eu acabei de chegar aqui, meus pais não sabem onde eu estou e eu não vejo eles há dias... — Uma lágrima desceu pelo rosto de Louis, seguida por várias outras — Eu preciso fazer essa ligação, eu volto correndo pra minha cela depois, por favor!!!

— Ai caralho, para de chorar, Tomlinson, se recomponha — O homem revirou os olhos, e olhou em volta — Vai logo para a sala de visitas, e assim que terminar sua ligação, quero que venha tão rápido de volta que qualquer um que olhar vai pensar que você se teletransportou, você está me entendendo, detento?

— Si- Sim, senhor, obrigado!! — Louis sorriu e limpou o rosto, antes de desviar do corpo em sua frente e andar em direção às escadas.

Chegando ao pátio, Louis olhou em volta a procura da tal sala de visitas, e tudo que encontrou foi uma porta grande, com uma fila imensa de homens uniformizados, em cima da porta estava escrito "VISITAS". O estômago de Louis vibrou de maneira incomoda ao pensar que teria que talvez enfrentar aquela fila imensa com mais de cinquenta homens, para simplesmente fazer uma ligação, considerando que ainda tinha cinquenta minutos disponíveis para isso... O garoto resolveu não perder mais tempo parado olhando, pois a cada segundo chegava outro homem pra aumentar a fila, ele seguiu até o lugar e ficou atrás de um dos homens na fila, quando olhou para trás tinha mais uns cinco atrás dele.