O Amor Simplesmente Acontece (Romance Gay) - Mpreg.

O Amor Simplesmente Acontece 10

Ranny o olhou e ele estava sorrindo. O sorriso mais perfeito que Ranny já tinha visto, e que com certeza nunca mais esqueceria. Ficaram em silêncio por alguns míseros minutos, um observando o outro.

Eric quebrou o silêncio: Que foi?

Ranny sorriu: Nada... É que, seu sorriso é muito lindo!

Eric sorriu mais ainda: Obrigado, não mais que o seu. Aliás, você é muito lindo. Aposto que você ouve isso por onde passa, então eu falando é muito comum, né?

Ranny: Não que isso! Você falando soa diferente dos outros, não sei... Mas obrigado!

Eric sorriu: Por nada!

Ficaram em um silêncio constrangedor novamente. Ranny sentiu que agora era a vez dele puxar assunto, já que ele já tinha feito isso.

Ranny: Eric, você tem 25 anos né? - - ok, pergunta inútil, mas foi só pra puxar assunto.

Eric: Isso, 25!

Ranny: Quando entrou na polícia?

Eric: Fui pro exército com 18 anos, fiquei lá até os 21. Com 23 anos virei Capitão.

Ranny: Com 23? Nunca vi um Capitão tão novinho! - - riu.

Eric sorriu: É verdade. Na história da polícia militar eu sou o Capitão mais novo. Eles me elegeram pela minha "capacidade fora do normal" como disse o antigo Capitão.

Ranny: Uau! Parabéns!

Eric riu: Obrigado..., mas é você com apenas 24 aninhos já se tornou um excelente médico!

Ranny: Pois é... Com 21 anos terminei a faculdade, aí entrei nesse hospital e estou aí até hoje.

Eric: Você sempre morou aqui?

Ranny: Não na capital... Eu morava na área rural aqui do México. Vim pra DF pra fazer a faculdade.

Eric: Nossa, com 18 anos veio morar sozinho?

Ranny: Pois é... Digamos que eu meio que "fugi" de casa!

Eric: Wow... Problemas?

Ranny assentiu mudando totalmente a feição, que antes exibia um sorriso, agora estava sério.

Eric: Se não quiser falar eu respeito! - - tocou o braço dele.

Ranny deu um sorriso triste: Não... Não me importo, é que esses assuntos sempre mexem comigo!

Eric: Então, vamos falar de outra coisa!

Ranny o olhou, sentiu confiança em Eric. Estava com vontade de contar do seu passado horroroso a ele e assim fez...

Ranny: Eu morava com meus pais lá na zona rural... Minha mãe sempre foi uma boa pessoa, mas muito influenciada pelo meu pai... Pai... - - maneou a cabeça negativamente. – Eu nunca tive um pai realmente... - - olhou para Eric com os olhos marejados. – Ele me batia! Muitas vezes chegou em casa bêbado e batia em mim e na minha mãe..., mas batia mesmo, de chegar a me espancar, arrancar sangue! - - Eric o olhava nitidamente abalado! – Quando eu estava pra completar 18 anos ele... Ele queria me vender, entende? - - o olhou e Eric apenas assentiu pasmo. – Foi aí que eu resolvi fugir... Com toda a certeza, eu não iria me prostituir para velhos nojentos, então eu fugi, apenas deixei uma carta para minha mãe, fiz uma mala com minhas roupas e vim pra cidade, e cá estou agora! - - Ranny contou tudo sem deixar cair uma lágrima, já havia prometido a si mesmo esquecer esse assunto.

Eric estava abalado: Nossa! Eu... Eu nem sei... Ranny... - - pegou nas mãos dele e acariciou de leve. –Como... Como fizeram isso com você?! - - Eric via Ranny tão frágil que tinha vontade de abraçá-lo e protegê-lo.