Capítulo 1: Nickolas Keity (P1)

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Capítulo 1 (Dimensão 02: Realidade)

Nickolas Keity. esse é o meu nome, Aquele sonho foi incrível, mas também, estranho... quem era aquele cara? Por que justo eu estava lutando com ele? Não sei porque eu ainda tentava descobrir o motivo desses meus pesadelos, ou visões? queria que aquilo simplesmente acabasse.

Era de manhã e o dia estava calmo. Meu pai tinha acabado de chegar em casa após sair para o trabalho, eu ouvia ele subindo as escadas de nossa casa se aproximando do meu quarto. Tínhamos algo peculiar, nossa vida era diferente das demais pessoas. Por volta das sete horas da manhã, eu acordava com os gritos de meu pai, Darwin, no meu quarto.

— Filhão, acorda! Vamos sair novamente — ele comentou, todo atrapalhado, enquanto deixava cair uma caixa de papelão.

Ele com pouco tempo, tentava me acordar com pressa e desespero. Ainda se apressando ele pega minhas últimas malas, e guarda tudo em nossa caminhonete. Mais tarde, já com tudo arrumado, meu pai acabou se enfurecendo e decidiu me colocar em uma mochila para que eu tomasse um susto quando acordasse.

— Não quer acordar? Então, vai assim mesmo.

Como era de se esperar, eu logo acordei tomando um susto e caindo no chão.

— Acordei, acordei...

— Como vai a bela adormecida Jr? Dormiu bem?

— Desde quando você tem essa força para me carregar?

— Desde que eu tive que te pegar no colo quando você fazia birra para não ir à escola — disse, enquanto procurava a chave da caminhonete.

— Mas falando sério, temos que ir agora.

— Certo, deixa eu pegar minhas roupas e tomar um banho, pode ser?

— Rápido, filho, e que seja um banho rápido, não fique demorando mais de duas horas no banheiro como ontem à noite...

Enquanto eu iniciava meu banho, meu pai Darwin voltava para minha caminhonete e esperava, completamente nervoso, como se estivesse esperando algo ruim acontecer.

— Está tudo bem, Darwin. Você precisa relaxar, nada vai acontecer agora — dizia ele mesmo, cruzando os braços e batendo o pé, completamente ansioso.

Para amenizar o nervosismo, ele começou a pensar em outras coisas, principalmente em mim, seu filho.

— Faz um tempo que esse garoto está dormindo demais. Será que devo me preocupar com isso? E se ele estiver usando algo?!

Darwin era uma pessoa alegre e engraçada... Não é todo dia que eu via ele triste ou sério por causa de alguma situação. Eu sempre me lembro dele procurando ver o lado positivo das coisas...

Depois de um tempo

— Ótimo! Essa foi a última caixa de roupas. Acho que peguei tudo — eu havia comentado, colocando minha última caixa no porta-malas da caminhonete.

— Beleza, tudo pronto?

— Não está se esquecendo de nada, pai?

— O que foi, filho?

— Você não me engana, pai...

— O que, filhão?

— A caixa.

— A encaixada que eu dei na sua bunda? — Ele sempre brincava com a minha cara quando podia.

— Não, eu me refiro à caixa que você deixa escondida nos fundos da casa.

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