Entrelaçados

Inimigo Oculto

-Srta. Megan, boa tarde. Um senhor passou aqui e deixou essa carta para a senhorita. -disse o porteiro.

Oliver me olha tão confuso quanto eu.

Uma carta sem remetente...

-Amor! Abra por favor. - peço à Oliver.

"Que meus inimigos sejam fortes e bravos para que eu não sinta remorsos ao derrotá-los.."

-Só isso que está escrito? -pergunto à ele.

-Sim, mas pra mim isso quer dizer muita coisa! Temos um inimigo oculto e, agora declarado, Meg! Vamos para minha casa e de lá, vou resolver isso. Só preciso falar com o porteiro antes.

Oliver se apressa e vai até o porteiro.

-Boa tarde, o senhor conhece a pessoa que deixou esta carta aqui?

-Não, Sr. Oliver. Mas posso lhe mostrar as imagens das câmeras, se quiser. Pode ser?

-Por favor, eu quero vê-las.

Olhamos e não identificamos o homem que deixou a carta.

Fomos até meu apartamento, peguei o que tinha para pegar e Oliver permaneceu em silêncio.

-Seu silêncio vai me enlouquecer! -digo.

-Desculpe, querida. Eu só estou tentando saber quem pode ter deixado isso aqui. Jacob e Lauren estão presos. Andy disse que Marie está em Nova York. É tudo confuso.

-Sim, meu amor. É confuso e confesso que estou com medo. -digo me aproximando dele e recebendo seu abraço.

-Meg, eu sempre estarei aqui para lhe proteger! Assim que chegarmos em casa, irei providenciar seguranças para nós dois. Principalmente para você. Eu não posso e não quero deixar minha filha e você sem proteção.

Respiro fundo e apoio minha cabeça no ombro de Oliver.

-Imagina quem possa estar por trás disso? - pergunto, no momento em que chegamos em seu apartamento.

-Tenho uma idéia, mas prefiro não falar por dois motivos: para não preocupá-la e porque quero ter certeza. Mas a única coisa que eu quero que saiba, é que não precisa se preocupar, eu estou aqui. - diz, enquanto coloca uma mecha de meu cabelo para trás. - Eu a amo muito, Meg e quem ousar fazer algo com vocês duas -diz, colocando a mão em minha barriga - conhecerá meu lado completamente impiedoso, irracional e implacável! -diz isso e posso ver a raiva e a angústia em seu olhar.

Mesmo com medo do que possa estar por vir, suas palavras me confortam.

-Eu te amo e confio em você, meu amor!

Beija minha boca e posso sentir que, além de angustiado, está nervoso. Mas não quer mostrar.

Ao chegarmos em seu apartamento, subo e tomo um banho, na tentativa de dissipar esse medo que me assola.
Oliver fica na sala e diz que irá fazer umas ligações.

Desço e ele continua lá, ao telefone.
Vou até a bancada da cozinha e pego uma barra de chocolate que está lá em cima.

Fico olhando Oliver ao telefone que nem percebo o tempo passar e como toda a barra sozinha.

-Meg! Você comeu essa barra de chocolate toda e não me deu um só pedaço? - diz, fingindo estar bravo.

-Ah... Nem vem! Você sempre diz que essas barras tem muito açúcar e blá blá blá. E, além do mais, quem comeu não fui eu, foi sua filha!

-Que ardilosa, Meg! Colocando a culpa na minha filha, tadinha...

Sinto algo em minha barriga e, de imediato olho para Oliver.