Viver sem se esconder. (POEMAS).

Resumidos em meses

Janeiro foi o mês em que estivemos separados,
mas esse janeiro também fomos tentados.
Em fevereiro já estávamos acostumados,
mas foi setembro que foi o mês dos atentados.
Creio que já em dezembro éramos desequilibrados,
desde aquele dezembro... Cuidados redobrados.
Março. Mês da pessoa travessa,
mas foi em junho que veio a surpresa.
Estando em agosto ainda me lembro de seu rosto,
porém, de seu amor já não me lembro do gosto.
Novembro foi tão singelo,
e honestamente, você nunca esteve mais belo.
Junho e julho foram legalmente iguais,
bem parecidos com os gêmeos radicais.
Em outubro a surpresa me atravessa,
mas é amanhã que setembro começa.
Talvez seu amor eu não tenha nunca mais,
mas deixar de escrever e superar sou incapaz,
isso é tudo apenas o amor adolescente de um rapaz,
que demonstra tudo aquilo que é capaz.

Em abril não houve certo ou errado,
só houve aquele que foi enganado.
Houve apenas eu,
cegado pela época do breu.
Uma época que até você mesmo percebeu.

Em julho já estávamos cientes
de que na vida do outro não seríamos presentes.
Infelizmente, não posso dizer que fiquei contente.
Minha reação não foi das mais sorridentes.

E agora, dessa forma separada,
minha vida nunca foi tão parada,
meu coração nunca foi tão desesperado
por estar calado,
graças a um evento inesperado.
Mas tudo bem...
Já que é tudo pelo bem de seu amado.

Ao menos agora você sabe
que aqui tudo a você cabe,
mesmo que seu relacionamento nunca acabe.
E ao menos você soube
que em meu coração você sempre coube.

Só eu sei aquilo que vivi,
mas ainda mais,
só eu sei aquilo que sobrevivi.