HEARTLESS

15) Chamas de Desafio

Faith desde quando se sentou em mim, ficou imóvel no início, mas a posição desconfortável a fez remexer. Ela se esforça para encontrar conforto, mantendo as costas retas e afastadas do meu peito.

Então, uma freada brusca de Lucca joga Faith contra meu peito com força. Feer solta um palavrão para o casal de idosos atravessando a rua. Lucca resmunga, mas continua dirigindo.

As costas de Faith pressionam meu peito e ela tenta escapar do encosto com urgência. Eu a seguro firmemente pela cintura, mantendo-a junto a mim.

Nossos rostos estão próximos, quase se tocando. Sinto a respiração acelerada dela devido ao movimento repentino. Seu peito sobe e desce ritmadamente.

Uma de minhas mãos se espalma na sua barriga. Faith solta uma respiração pesada, sendo seguida por suspiros. Minha respiração passa por seu pescoço, causando arrepios repentinos.

Com um gesto audacioso, mordo o módulo de sua orelha, provocando um arrepio de surpresa e incerteza. Mesmo diante do meu toque ousado, ela não consegue esconder o medo e vira a cabeça para a direção de Lucca.

Faith vira seu rosto para mim, me fazendo soltar a sua orelha. A determinação em seus olhos é visível, mas minhas mãos mantêm firme o elo entre nós. Em um momento intenso, nossos olhares se encontram, chamas de desafio dançando entre as íris, um convite mudo para enfrentar o que flui no ar.

As palavras escapam de seus lábios em um sussurro trêmulo, carregado de emoções à flor da pele.

— Por que está fazendo isso? — ela indaga, a voz trêmula ecoando a confusão que se desenrola em seu interior. Cada sílaba ressoa com uma mistura hipnotizante de vulnerabilidade e coragem. Pela barulheira atrás, é impossível deles escutar as nossas vozes.

Em meio ao silêncio carregado de expectativa, um sorriso suave toma conta dos meus lábios, ecoando a intensidade do momento. Mantendo meu olhar fixo no dela.

— Você quer que eu repita o que eu disse no armário do zelador, coitadinha? — com um leve suspiro, sussurro as palavras. Minha voz carrega uma mistura de determinação e exasperação. — Eu pensei que deixei claro o suficiente.

Seus olhos sustentam um vínculo profundo com os meus, como se nossas almas se comunicassem além das palavras.

Percebo sua determinação, seu desejo de mostrar força, mesmo que as fissuras de vulnerabilidade brilhem em seus olhos. Faith é um enigma de emoções contidas, um silêncio que fala volumes.

A minha mão que envolve sua cintura desliza ousadamente, agarrando sua coxa, um gesto que transcende barreiras invisíveis. O vestido dela subiu pela movimentação, revelando a intimidade de sua pele.

Seus olhos se fecham, testemunhas silenciosas da sensação elétrica que percorre seu corpo enquanto minha mão explora com uma intensidade carregada de promessa.

E então, em meio a essa dança emocional, surge a confissão de um desejo queima em cada palavra: um anseio avassalador por entender cada pensamento que circunda sua mente. É um desejo que se entrelaça com a luxúria, mas também com o anseio de decifrar os enigmas que ela guarda.

Minha mente me sabota com pensamentos impuros com Faith, me fazendo ficar ereto. Mantenho o controle facial, não demonstrando que estou com um tesão absurdo agora. A batalha interna é travada, controlar as marés da excitação que ameaçam eclodir.

Lentamente, Faith deixa escapar suspiros suaves, como notas de uma melodia secreta que só nós dois conhecemos. Meus dedos traçam um caminho pela sua intimidade, uma coreografia íntima que desperta sensações profundas. O movimento a faz se contorcer, uma dança silenciosa em resposta ao meu toque. Um sorriso de satisfação surge nos meus lábios, como um eco das emoções que fluem entre nós.