Prologo:

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Uma guerra sem fim


Desde os primórdios do tempo, existe um grande ser detentor de um poder imensurável; considerando-se uma divindade, se auto intitulou de O Grande Deus. Como seu primeiro grande feito, criou três seres de beleza e poder equiparável ao seu próprio. O Grande Deus chamou as tais criaturas de Dragões Primordiais. A cada uma dessas criações foi dado uma dádiva, um poder especial e específico de seu criador:

Ao primeiro foi dado a dádiva da vida, que detinha o poder de tomar e dar uma alma a qualquer coisa, de transferi-la de um receptáculo a outro; a esse Dragão foi dado o nome de Yazark, O Túmulo de Deus.

O segundo recebeu a dádiva da criação, podendo criar, alterar ou destruir toda e qualquer paisagem de acordo com seus desejos, podendo transformar mares em desertos e florestas em vulcões; este recebeu o nome de Nefir, O Pincel de Deus.

Ao último, porém não menos importante, foi entregue a dádiva da essência, podendo trazer luz ou trevas a qualquer ser, podendo assim tornar o bom em mau e o mau em bom e reconhecê-las com apenas um olhar; foi batizado de Azuria, O julgamento de Deus.

A essa tríade foi dado o dever de zelar pelo novo mundo e de todas as novas criações d'O Grande Deus. Separado do plano celestial e chamado de Terrarium, o novo mundo era vasto e rico em beleza, magia e perigos, um lugar onde você poderia encontrar sossego e aventura, beleza e horror, tudo em perfeita harmonia. Para desfrutar de todas essas maravilhas, O Grande Deus criou várias espécies, animais irracionais como cães, cavalos, servos; e também seres racionais como elfos, inteligentes e com longevidade; os anões, fortes e resistentes; e os humanos, tendo apenas a numerosidade ao seu favor; estes dominava a maior parte de Terrarium. O Grande Deus ordenou que os Primordiais ensinassem essas criaturas a adorar seu poderoso criador e que as vigiasse, e controlasse para que não destruíssem umas às outras.

Sabendo que os Primordiais cuidariam desse novo mundo, O Grande Deus empenhou-se em criar e monitorar uma outra raça, superior às espécies de Terrarium, porém inferior aos Dragões Primordiais: os anjos, cuja função era servir ao seu criador no Reino Celestial.

Uma era de paz e coexistência prosperou, porém, com o tempo a dúvida e o medo instalou-se na mente do criador de todas as coisas. O Grande Deus, vendo que suas criações em Terrarium se devotando mais aos Dragões Primordiais que em seu verdadeiro criador, temia suas primeiras criações, duvidando de sua fidelidade. O criador sentia que os três Dragões Primordiais poderiam usurpar sua posição como O Grande Deus. Movido pela desconfiança, uma guerra começou entre os anjos e os dragões descendentes da tríade suprema. Esta guerra, que perdurou por muitos anos, ficou conhecida como "Grande Guerra Primordial", que levou a quase destruição do mundo e a quase extinção dos dragões descendentes, restando menos de uma centena que se espalharam por toda Terrarium.

O Grande Deus não estava satisfeito, os Dragões Primordiais permaneciam vivos. Incapaz de matá-los, os amaldiçoou, tomando grande parte de seus poderes e dando a eles e seus descendentes uma aparência assustadora e bestial, com escamas ásperas, uma cauda longa sinuosa, asas com membranas, presas e garras grandes e afiadas. Isso para que eles se lembrassem de quem era o verdadeiro Grande Deus.

Porém, mesmo com tais medidas tomadas, o criador continuou apreensivo e sem que percebesse, os novos anjos que nasciam por sua criação, carregavam os mesmos sentimentos de inveja, medo e raiva. Houve um anjo dentre eles, que nasceu mais corrompido e poderoso que os demais, seu nome era Moriun, ele influenciou seus irmãos e sob seu comando incitou uma revolta. Furioso, o Grande Deus os expulsou do Reino Celestial, chamando-os de demônios, ordenou que fossem exterminados. Iniciando assim, uma batalha sem fim entre os puros anjos e os corrompidos demônios.

A Última  Esperança - Os RenegadosWhere stories live. Discover now