QUARENTA E SEIS

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Eu estou literalmente surtando

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Eu estou literalmente surtando.

Apesar de adorar em todos os sentidos a ideia de conhecer a mãe de Aidan, queria ter tido pelo menos alguns dias para me preparar. Mas tudo que eu tenho são exatos 45 minutos, que é o tempo da viagem de carro até a fazenda onde ela mora.

Estou usando as mesmas roupas da noite passada, o que me faz perguntar a Aidan se elas são mesmo apropriadas para a ocasião umas cinco vezes.

Checo meu reflexo no espelho, me amaldiçoando por não trazer na bolsa nem mesmo um corretivo. Estou de cara completamente limpa, sem absolutamente nada para disfarçar os indícios da noite "agitada" que tive.

Faço um milhão de questionamentos durante todo o caminho, mas Aidan parece achar o meu nervosismo adorável. Ele insiste que não há nada que eu possa fazer que levaria a mãe dele não gostar de mim ou desaprovar nosso namoro, mas minha ansiedade não me deixa acreditar que isso seja verdade.

Por outro lado, me sinto grata que ele insista tanto para que eu a conheça. Isso é mais uma das provas que está fazendo exatamente o que eu lhe pedi: me deixando conhecer um pouco mais da sua vida, me deixando participar mais.

A fazenda na qual a matriarca da família vive é bastante parecida com aquela onde Aidan e eu organizamos a sua festa, porém muito maior e muito mais impressionante.

Nos portões, fomos recebidos por seguranças que só nos deixaram entrar depois de verificar a identidade de Aidan. Algo me diz que essa vigilância mais rigorosa tenha a ver com Abraão Rael.

Não acredito que ele seja bem-vindo ali.

A estrada de cascalho além dos portões segue adentro por uma floresta que logo se abre em um campo aberto.

E lá está a linda mansão na base da colina, pintada de branco exatamente como a outra mansão dos Rael que visitei. Porém, diferente daquela, essa foi melhor preservada e parece recém reformada. De longe, acredito que muitos dos detalhes originais tenham sido mantidos.

Aidan estaciona o carro a alguns metros da porta e olha para mim, analisando meu rosto.

— E aí? Pronta?

— Hã... Eu acho que sim — Digo não soando nada confiante.

Ele abre um sorriso tranquilizador.

— É impossível ela não gostar de você, anjo. Vai por mim.

Antes que eu possa responder, avisto uma figura na varanda da casa e minha atenção se volta para ela.

Sinto meu coração gelar por meio segundo.

A mulher, na casa dos cinquenta anos, está usando um longo vestido rosa e nada mais. Completamente descalça, cabelos loiros esbranquiçados, presos para cima com um adereço dourado.

MORDE E ASSOPRAWhere stories live. Discover now